章13

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Hinata estava em busca de Kiritsu, pelo pouco que sabia dele, naquele horário ele provavelmente estaria no refeitório, matando o tempo, apostando coisas...
Ela só não esperava, na entrada do refeitório, dar de cara com uma das poucas pessoas que ela considerava desagradável... Yante.

A garota havia esbarrado com ela, propositalmente, ao que parecia. E agora estava a encarando com um certo desprezo que Hinata não acreditou. Ela era uma garota bonita, forte, mas por gostar de Kallum, não parecia ser tão inteligente.

- Então, a ratinha resolveu sair da toca e andar pelos corredores do castelo?

- Yante. - Hinata disse, a cumprimentando casualmente, evitando o desgosto ao máximo que pôde.

- Você mal chegou, e já está tentando me desprezar dessa forma? - ela olhou a Hyuuga de baixo para cima, seus olhos brilhavam em diversão - Eu sou do alto escalão desse lugar. Se quiser ficar, vai ter que aprender a respeitar seus superiores.

Hinata observou Kiritsu ao longe,

- Meu superior é Kallum, Yante. - ela respondeu, e continuou com um rosto cínico - Por hora. Quem sabe, ele não acabe sendo algo mais em algumas semanas?

Um prisioneiro, talvez - Hinata pensou. - Ou um cadáver.
Ela não desevaja a morte de ninguém, mas não, não deixava de ser uma opção interessante a morte de Kallum.

Yante abriu a boca para retrucar, pronta para discutir, mas atrás de Hinata surgiu Kallum. Que, sem a mesma perceber, encostou em suas costas.
Com o susto, Hinata se virou abruptamente, e Yante não perdeu a oportunidade ao tentar fazer Hinata cair colocando o pé entre as pernas da garota.

E deu certo, Hinata estava caindo, mas Kallum agarrou seu pulso e a puxou para si, segurando sua cintura. Ela sentiu nojo, mas tentou ao máximo esconder. Ele ainda segurava seu pulso com força, de forma possessiva. Na frente de Yante, que parecia estar colapsando.

- Fico feliz com seu pensamento. Admiro a ambição mais que todas as qualidades.

Apesar da repulsa, Hinata tocou o pescoço de Kallum. Pôs os dedos no lugar certo, gentilmente, com o conhecimento que ela tinha do punho suave e sua precisão em aplicá-lo, parou um dos fluxos principais de chakra de Kallum. Ele não sentiria agora, era o que ela esperava, e se sentisse, apenas se sentiria cansado... É o que acontece quando seu chakra diminui.

Ela não sorriu, não conseguiu, ele estava tão perto, e com as mãos nela, a repulsa era tanta que ela olhou para Yante, e conseguiu sorrir, minimamente. Era um golpe baixo, e não foi intencional, mas feriu a garota. E apesar de não simpatizar com ela, Hinata sabia o quão difícil era amar alguém e ver ele buscando outra pessoa.

- Está errado Kallum. Não sou ambiciosa... Eu apenas sou leal a quem me é leal. - E Kallum não era leal a ninguém, a não ser ele próprio. Hinata se desvencilhou dos braços dele tão rápido quanto pôde, olhou para os dois, cumprimentou com a cabeça e saiu, quase correndo, direção a mesa de Kiritsu.

- Eu tô faturando o café da manhã de todos vocês. Já vi que vou poder repetir a refeição por pelo menos uma semana. - A Hyuuga ouviu o garoto dizer - Não sei porquê insistem em jogar comigo. 5 contra 1, e ainda assim, perdem.

- Bom, então talvez eu aposte os meus jantares, Kiritsu-kun. - Ela disse, por trás do garoto.

Ele olhou para trás, e já estava sorrindo. Com um gesto dele, os jogadores na mesa se levantaram, olhando surpresos para ela, pela intimidade que parecia ter com ele.

- Tem certeza? E o que quer em troca?

- Na verdade, Kiritsu... - Hinata sentou na mesa e apoiou um pé na cadeira ao lado do garoto. Ela nunca faria isso em casa, mas se sentia a vontade para ser outra pessoa alí, não a perfeita princesa que tinha que ser. Não que não gostasse de ser quem ela era, mas às vezes cansava daquela vida. Ela voltou o pensamento no foco daquelas semanas, a missão. - Eu quero fazer algumas perguntas...

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