🌟𝑪𝒐𝒏𝒕𝒂𝒕𝒐 𝑫𝒊𝒔𝒄𝒓𝒆𝒑𝒂𝒏𝒕𝒆.🦇

30 5 0
                                    

- Eu acho que temos que entrar e tomar um café, não acha? - Ele quase segurou nos ombros do tio com os dedos imundos de tinta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Eu acho que temos que entrar e tomar um café, não acha? - Ele quase segurou nos ombros do tio com os dedos imundos de tinta. Estendeu a mão cortês em direção à porta e o mais velho sorriu de bom grado, entrando na casa.

Soobin voltou correndo para ajudar Yeonjun a resgatar as pinturas e potes de tinta. - Você convida esse cramunhão para a sua casa?

- Fale baixo! Ele se convidou sozinho, ok? - Se ergueu equilibrando as coisas nos braços e andando devagar. - Trate ele com boas intenções, me ouviu?

- Ah, claro... - Ele já mirabolava umas trinta formas de aloprar a vida do homem pelo menos uma vez na vida. Entraram na casa e o homem mexia nos amigurumis das princesas na frente da televisão do anjo mais novo.

Ele se virou com uma na mão, a Tiana. - Essa daqui é muito fofa.

- A minha favorita é a Merida! - Soobin cruzou a sala direto para lavar as mãos na cozinha, tirando as cores grossas dos dedos. Yeonjun-o seguiu de cenho franzido para o homem parado na sala, sem se importar se o agradava ou não.

Era de se impressionar como cabia tanto brilho naquele cara que media 1,85cm, escutava osts de filmes e cozinhava como um deus. Gostava da diferença deles dois, pois poderia induzir o mais alto a escutar vocaloid e versões nightcore de qualquer ritmo que lhe agrade, assim como vice versa.

Não ironicamente, eles dois, em sua mente, eram o casal do século. Chegava a se indignar como um charmoso como ele e outro charmoso como Soobin ainda não andavam por aí de mãos dadas. Isso chegava a penetrar nas camadas mais sombrias da mente dele, insistindo-o a se manter pensando sobre, separando possibilidades, até seu cérebro se cansar e ele dormir pelas ensolaradas 8 da manhã.

A ansiedade corria pelas suas extremidades mais rápido que a água na torneira que levava o arco-íris embora de suas mãos e braços, subindo tensa até a garganta, mas nada saía, o silêncio era uma ponte eterna para os sentimentos trancados no profundo de seu âmago.

Mas ele tinha a chave na mão para abrir aquele cadeado. Era apenas dar um último passo, e se livrar daquele peso. - Soobinie, eu tenho algo...

Os olhos se tornaram para ele, e logo se dispersaram dos seus quando seu tio bateu no batente da entrada da cozinha. - Acabei de lembrar que eu trouxe um presente para você.

Minhyuk prendeu o casaco grande no cabideiro da sala, se sentando em uma das cadeiras cor creme. Do bolso da camisa branca tirara um anel prateado, como um pequeno coração azul pastel. Resgatou a jóia com as mãos molhadas, examinando com afinco. - É da sua mãe.

Levantou os olhos e franziu o cenho. Se preveniu de maiores perguntas, sentindo o olhar afiado de Yeonjun nas costas. - Achei que seria mais sério, já que é a cara dela ser mais discreta.

Ela me disse para você nunca tirar. - Incerto, o anjo colocou a peça no dedo fino e longo, vendo o ficar mais vívido. O design lembrava bastante o uniforme da Rei de Evangelion, então ele gostou mais um pouco. - Ela só me disse isso.

O tio abriu um sorriso singelo e um pouco cansado, e ele retribuiu com um fraco. - Fale para ela que eu agradeci, mas eu não preciso de mais presentes.

Minhyuk permaneceu com o sorriso e abaixou a cabeça. Soobin foi até o armário e pescou três xícaras com estampas de gatinhos. Os pires tinham desenhos de almofadinhas, e a alça era como um rabinho felpudo. Dispôs sobre a mesa e pescou sachês de açúcar. - Vamos começar. Venha Yeonjunie!

O diabinho estava apoiado na pia, vendo apenas o líquido preto escorrendo de seus dedos mal limpos e do rosto ainda a escorrer água colorida. Soobin puxou-o pelo braço, vendo-o desequilibrar um pouco, e logo viu um sorriso no rosto do melhor amigo. - Eu não tinha escutado. Desculpa.

- Que isso, não tem problema. - Levou o menor até a cadeira, onde ele amoleceu, olhando para o nada. Virou o café escuro na xícara dos três e logo engatou em uma conversa com seu parente, questionando sobre a família e entre outras coisas que não eram de sua conta.

Mas não iria embora, não daria esse gosto para esse velho.

Coçou o olho direito tentando fazer a visão voltar e a vertigem repentina passar, precisava encher o estômago com qualquer coisa. Não fazia tanto tempo que havia comido algo, mas ao menos isso faria o problema sumir. Soobin adoçava seu café, lendo e tentando enxergar a parte de trás da embalagem.

Misturando o café com uma pitada de açúcar, Yeonjun sacudiu a cabeça, tentando focar em algo. Sua visão se focara em uma das coxas do anjo, que estavam pouco cobertas pela toalha de mesa. Passou a língua sobre os lábios carmesim e aproximou a mão com cautela, deslizando seus dedos na pele cor de arroz.

O loiro se retraiu sem desviar os olhos do mais velho, tomado pelo susto de de repente ter seu amigo alisando sua perna. Apesar de ser angelical, não era ingênuo. A mão desceu para os lados da perna, descendo e subindo, com calma e brandeza. De vez em quando, algumas agarradas faziam o mais alto corar sozinho e até ele mesmo.

- Com licença. - Yeonjun se levantou desengonçado, percebera que sua perna esquerda estava um pouco mais fraca que a outra. - Eu vou trocar de roupa.

Os olhos escuros de ambos se ergueram para si, e começou a parecer incomum para si o fato deles se parecerem tanto. Nada fazia tanto sentido assim. Se distanciou da mesa e adentrou o quarto de Soobin, sendo obrigado a roubar uma das blusas cor de pêssego dele, e depois entrando no banheiro.

Toda vez que sentia seu corpo tombando enquanto tirava os restos de tinta, ele se apoiava no espelho, até que percebeu suas pupilas um pouco mais dilatadas. Se aproximou até seu rosto encostar na superfície fria e decorada, enxergando pequenos brilhos, que pareciam estrelas, dentro de seu globo ocular.

O calor em seu corpo começara a aumentar conforme cada segundo passava, e tinha medo de não saber o que acontecia a tempo antes de algo ruim acontecer, sem ele ter feito nada para reverter. Aguardaria algum tempo para isso passar.

Artimanha Endiabrada! • Yeonbin.Onde histórias criam vida. Descubra agora