Capítulo 6 - Basquete

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- A pergunta mais importante Bradoks ou Candelária? - perguntou Alegra.

- Candelária, óbvio que pergunta é essa? - disse Malu.

- Apenas um teste, para saber se devo perder meu precioso tempo levando uma novata ao jogo. - disse Alegra.

- Já tô me arrependendo de ir com você. - disse Malu.

- Sem mim você não seria nada. Agora escolhe uma e experimenta. - disse Alegra alcançando duas camisetas de basquete do Candelária para Malu vestir.

Malu pegou as duas e ficou olhando para Alegra.

- O que? - disse Alegra tirando a blusa que estava e ficando só de sutiã enquanto pegava uma camiseta do Candelária para vestir.

- Você podia me dar licença. - disse Malu.

- Ah fala sério, o que eu mais vi na vida foi peitos, inclusive tenho dois. Além disso você não faz o meu tipo fica relaxada. - disse Alegra ignorando Malu e indo retocar a maquiagem.

- Fala sério, você nem tem um tipo, cada garota que vem aqui é diferente, para homem sim você tem um tipo. - disse Malu tirando a blusa que estava e colocando a de basquete.

- É óbvio que eu tenho um tipo, e todos são diferentes de você. Fica tranquila, sobre os homens eu gosto apenas de variar, principalmente no sexo, paus maiores, paus menores- disse Alegra.

As bochechas de Malu ficaram vermelhas como já era de praxe.

- Estou pronta. - disse Malu.

- Beleza, eu também vamos no meu carro. - disse Alegra.

Alegra abriu o capo do seu carro e deixou o vento tocar o rosto das duas.

- Que sensação de liberdade nessa porra. - gritou Alegra e Malu não disse nada.

Alegra deixou o carro no estacionamento e foi até o ginásio com Malu.

Malu estava fascinada com o lugar ela nunca tinha visto nada assim, era impressionante a quantidade de gente que passava por aquele lugar.

- Antes de entrar vamos pegar algo pra beber e comer. - disse Alegra.

- Tá. - disse Malu olhando o preço das coisas e ficando espantada.

- Eu pago, eu te convidei. - disse Alegra assim que percebeu a cara de espanto de Malu.

- Duas cervejas e dois cachorros-quentes. - disse Alegra.

- Uma cerveja e um refrigerante, eu não bebo. - disse Malu.

- Ah. Beleza. - disse Alegra.

As duas pegaram as bebidas e a comida e foram caminhando.

- Você não bebe nunca ou não quer beber hoje? - perguntou Alegra.

- Eu não bebo nunca. - disse Malu.

Alegra ficou olhando pra ela espantada.

- Você é tipo da igreja ou sei lá o que? - disse Alegra.

- Um sei lá o que é o mais indicado. - disse Malu.

- Só falta você também não fazer sexo, aí sim eu vou acreditar na madre Tereza Maria Lucia. - disse Alegra.

Malu não falou nada, apenas tomou seu refrigerante em silêncio.

- Que, sério? - disse Alegra parando de caminhar e olhando para Malu.

- Eu não gosto de falar disso. - disse Malu.

- Eu nunca tinha notado que cada vez que eu falo a palavra sexo, você fica vermelha igual um tomate. - disse Alegra.

Malu fez cara feia.

- Aí está. - riu Alegra vendo Malu ficar vermelha de novo.

- Vamos antes que comece o jogo. - pediu Malu.

- Você é tipo virgem ou você não faz sexo? Agora fiquei curiosa. - disse Alegra.

- Esse é o problema as pessoas, adoram julgar as escolhas dos outros. - disse Malu.

- Não tá mais aqui quem falou, então você é meio aquela galera eu resolvi esperar, só depois do casamento? - perguntou Alegra.

- Nós resolvemos eu e o Anderson, queremos celebrar nosso amor e fazer você sabe, só depois do casamento. - disse Malu.

- A quanto tempo vocês estão juntos? - quis saber Alegra.

- Desde os 18 anos, temos a mesma idade - disse Malu.

- E agora vocês tem 22, certo? - fez as contas Alegra.

- Sim. - disse Malu.

- Quatro anos, coitado do garoto deve ter calos nas mãos. - disse Alegra.

- A gente não faz essas coisas. - disse Malu.

- O que masturbação? O que tem demais em conhecer o próprio corpo e se dar prazer? - disse Alegra deixando Malu ainda mais vermelha.

- Nada, só que a gente não faz. - disse Malu.

- Se esse garoto não faz, quero conhecer esse herói nacional. - disse Alegra.

- Será que podemos ir pro jogo? Foi pra isso que a gente veio não foi? - disse Malu.

- Tá dona Maria Lucia, vamos. - disse Alegra. Malu virou os olhos e as duas entraram.

Os ingressos eram para o meio da quadra e Malu estava extasiada pelo lugar e pela visão da quadra.

- Meu Deus. - disse Malu ao ver Jackson passar quase na sua frente.

- Quantos pontos ele vai fazer hoje? - perguntou Alegra.

- Eu apostaria no Jake hoje. - disse Malu.

- O novato? Se ele entrar já considere uma vitória. - disse Alegra.

- Ele é o futuro desse time. - disse Malu.

- Daqui a uns 5 anos e olhe lá. - disse Alegra.

As duas vibravam a cada cesta, mas o jogo estava apertado a disputa era por cada bola. Estavam empatados no último quarto e Jackson sentiu uma lesão na panturilha.

- Fodeu. - disse Alegra

- Ou não, Jake vem aí. - disse Malu.

- Exatamente por isso que fodeu. - disse Alegra.

Jake entrou e o jogo continou empatado, iriam para a prorrogação, mas faltando 10 segundos para acabar, Jake roubou a bola e iniciou o ataque, tocou a bola e ficou livre para o arremeso de 3 pontos. Pediu e recebeu a bola.

- Ele não vai fazer isso vai? Com uma bola simples a gente ganha. - disse Alegra.

- Ele é o futuro. - disse Malu na expectativa.

Jake lançou a bola, fez os três pontos e o time venceu. O ginásio veio a baixo, nascia uma joia do Candelária.

- Porraaaaaaaa. - gritou Alegra e as duas se abraçaram assim como todo o ginásio.

- Eu não acredito nisso. Sensacional. - comemorou Malu.

As duas comemoraram muito, até saírem do ginásio em direção ao carro.

- Você sabia que a família do Jake durante muito tempo morou em um abrigo? Foi um achado ele ter ido pra universidade e agora drafitado. - disse Malu.

- Serio? Eu não fazia ideia, não li matéria nenhuma sobre ele. - disse Alegra.

- É por que não tem, eu fiz minha pesquisa. - disse Malu.

- Deveria ter matéria, você tem o feeling o garoto é bom. - disse Alegra.

Malu ficou pensativa, Alegra tinha razão precisava ter matéria sobre ele e sua família.

Quando o amor bate à portaOnde histórias criam vida. Descubra agora