Quando o amor bate à porta

Capitulo 14 - Primeira briga

Malu tinha recebido uma notícia boa, era sexta, a matéria já tinha ido ao ar no site e a supervisora havia lhe informado que pretendiam fazer uma reportagem sobre o futebol americano e sobre o trabalho social que Tom realizava. Todas as matérias seriam escritas por ela.

Malu estava muito feliz, finalmente as coisas estavam dando certo na sua vida profissional. Queria comemorar com Alegra, mas a semana toda que havia passada tinha um integrante novo do seu harém e elas mal tiveram tempo de conversar quando Malu estava em casa.

Queria comemorar, mas não queria aguentar aquelas garotas que estavam sempre na casa de Alegra.

Resolveu convidar Charlote, elas podiam sair para comer, mas Charlote disse que não podia, ia sair com uma pessoa que ela estava saindo.

Se Malu quisesse comemorar teria que ser sozinha. Lembrou do restaurante italiano que Alegra a tinha apresentado e ela tinha amado. Procurou no Google onde ele ficava queria ir até lá. Viu a localização e começou a procurar os preços. Se assustou quando viu os valores.

- Meu Deus, um prato custa R$ 300? Que mundo é esse. - disse ela olhando os valores.

Desistiu do restaurante e resolveu comemorar da maneira como ela e Giovanna costumavam fazer quando eram crianças. Comprando doces.

Foi até o mercado antes de ir para casa e comprou M&m e uma barra de chocolate. Assistiria um filme comendo e essa seria a comemoração dela.

Chegou em casa e assim que entrou já escutou risadinhas, era mais um dia do harém de Alegra. Alegra e uma menina morena estavam se agarrando na cozinha enquanto procuravam comida.

Malu bufou. Na semana anterior, quase não se via nenhuma garota naquela casa, mas ultimamente elas tinham voltado com tudo.

Malu foi direto tomar um banho, precisava descansar, mas dessa vez não ia se trancar no quarto, era o seu momento e ela ia comemorar do seu jeito.

Tomou banho colocou um pijama e foi para sala assistir a um filme. Nessa altura já estava um silêncio, provavelmente Alegra e a garota tinham ido pro quarto.

Fez pipoca e se sentou a assistir ao filme, escolheu uma linda mulher. Deitou no sofá e ficou assistindo. Acordou com Alegra a chamando.

- O que foi? - disse Malu acordando.

- Vai pra cama ou amanhã você não vai ter coluna. - disse Alegra.

- Que horas são? - perguntou Malu.

- Quase 4 da manhã. - disse Alegra desligando a TV.

- Eu apaguei. - disse Malu.

- Assistindo filme sem me convidar? - disse Alegra.

- Você tava ocupada com o seu harém. - disse Malu.

- Por que o meu harém como você mesma fala te afeta tanto? - perguntou Alegra.

- Não me afeta em nada, mas você não pode me cobrar sobre eu não ter te convidado. - disse Malu.

- Até onde eu sei tínhamos combinado de pelo menos uma vez na semana assistir a um filme. - disse Alegra.

- Então quando eu estiver querendo comemorar alguma coisa assistindo alguma coisa eu não posso porque tenho que esperar você ter tempo na agenda com esse harém? Me poupe, Alegra. - disse Malu.

- Comemorar exatamente o que? É só você me avisar, mas parece que é difícil demais fazer uma ligação e dizer de fato o que você quer. - disse Alegra.

- Vão fazer uma reportagem sobre o futebol americano e eu vou escrever as matérias. E não Alegra eu não vou ficar ligando, eu não vou ficar mendigando atenção, eu não sou essa pessoa. - disse Malu.

- Claro que não, você é a pessoa que os outros devem ficar correndo atrás e lambendo você ou dizendo como você é especial. Aliás parabéns pela reportagem - disse Alegra.

- Segue com a sua vida perfeita e fútil, fazendo o que você bem faz no quarto e deixa eu viver a minha vida do jeito que eu acho melhor. - disse Malu.

- Ótimo, pois pode viver a sua vida, a partir de hoje eu não me meto em mais nada, nem falo mais nada. - disse Alegra.

- Ótimo, cada uma vivendo a sua vida no seu próprio canto. Só espero que você respeite o tempo que eu tiver em casa. - disse Malu.

- E quando que eu deixei de te respeitar desde que você veio morar aqui? Olha o que você tá falando garota. - disse Alegra.

- Só vive a sua vida e me deixa em paz, tem como você fazer isso? Que vá para o inferno você e essas garotas e esses caras e esse harém que você construiu. - bufou Malu.

- Eu te deixo em paz, eu vivo a minha vida como eu quero fazendo sexo, transando sem me importar com a sociedade ou o que os outros esperam de mim. Eu simplesmente vivo. - disse Alegra.

Aquelas palavras afetaram Malu, Alegra não sabia de nada sobre a vida dela e não tinha direito de fazer qualquer juízo de valor.

- Você não sabe NADA, da minha vida, NADA. Você não tem o direito de julgar nem de supor coisas que você não faz a menor ideia, só me deixa em paz. - disse Malu quase gritando.

- E por que você tá gritando? Não sabe dialogar em tom de voz normal? O que eu falei te afetou? Por quê? É a verdade? - disse Alegra.

- Inacreditável, me deixa em paz Alegra, se você teve em algum momento qualquer simpatia por mim, só me deixa em paz. - disse Malu se levantando e subindo as escadas com pressa.

- Que bela forma de terminar um diálogo fugindo. - reclamou Alegra.

- Me deixa em paz. - disse Malu indo para o seu quarto e batendo a porta.

Alegra estava irritada. Subiu as escadas e foi até o seu quarto tentar dormir. Malu tinha o poder de tira-la do sério.