Capítulo 3

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Eram 8:00 em ponto quando Mat chegou no shopping, olhou para todas as direções e não viu Clarisse. Será uma brincadeira de mal gosto?

- Pontual !! Ótimo.

Ouviu alguém falar atrás de si,quase que em tom de sussurro. Olhou para trás e viu Clarisse sentada em uma moto vermelha, botas até o joelho,um shortinho preto,uma jaqueta aberta por cima de uma blusa branca,luvas de couro,óculos Ray Ban preto,estilo bem motoqueira.

O tanque da moto era cheio de caveiras pretas com armas encravadas no crânio, o que fez Mat pensar em tropa de elite.

- O que esse símbolo significa? - Perguntou,apontando para camisa.
- É um símbolo de promessa,significa que eu honro o que faço e que daria a minha vida por isso.
- E o que você faz?
- Já já você vai saber. - Deu um sorriso audacioso,e começou a andar em direção a entrada do shopping, Mat a seguiu.
- Vamos ver o que pode fazer. - Brincou,e deu um sorriso.
- Eu já fiz milagre,querido,não vai ser tão difícil assim. - Lhe lançou um olhar sexy depois sorriu.

Óculos, tênis,calças, bermudas,jaquetas,camisas ... Em pouco tempo Clarisse já havia comprado um horror de coisas,tudo que precisava,depois o levou no salão e fez um corte militar.

- Desse jeito até eu caso. - Provocou Clarisse quando viu Mat surgir na porta com o novo cabelo e as novas roupas. Ele se aproximou dela e resolveu provocar também,lábios quase se tocando,sussurrou:

- Diz a hora e o lugar que vou estar esperando com o padre. - Clarisse riu,pela primeira vez com humor,não por charme.
- Vamos bonitinho,vamos comer alguma coisa.

Os dois foram até um McDonalds que havia por alí e sentaram em uma mesa,chamaram o garçom:

- Eu vou querer um X - burger,fritas e um refrigerante com muito gelo,e você Mat? - Lhe olhou por cima dos óculos.
- O mesmo.

O garçom anotou o pedido e se virou,foi até o balcão e entregou a um dos cozinheiros. Enquanto ele não vinha, os dois conversavam.

- Então,posso te chamar de Clary?
- Como queira. - Deu de ombro.
- Onde está morando agora?
- No centro da cidade.
- Com seus pais.
- Não exatamente ...
- Padrastos?
- É uma história bem complicada.
- Sou todo ouvidos.
- De onde eu venho os filhos não moram com os pais como normalmente é,quando eles tem 4 anos de idade são tirados deles e dados a professores. Esses professores os treinam,lhe ensinam o que é ética,moral e bom senso,depois,quando completamos 16,o que é o meu caso,começamos a morar sozinhos.
- Morar sozinho com 16 anos? - Mat franziu a testa. - De que cidade você vem?
- Diamante. Você provavelmente não conhece,pois é muito pequeno e mal aparece no mapa. (É muito grande,mas a magia impede que ela apareça)
- Há, entendo ... E seus pais? Onde estão?
- Mortos. - Clarisse falou em uma naturalidade, como se escolhesse entre coca e refri.
- Sinto muito.
- Tudo bem. - Deu de ombro.
- Como morreram?
- Em uma guerra. Muito morreram,na verdade.
- Que guerra?

O garçom chegou com os pedidos,salvando Clarisse daquela conversa embaraçosa. Ela preocupou - se em manter sua boca ocupada para não ter que responder certas perguntas.
Quando os dois terminaram,Mat pagou a conta,os dois andaram até a moto e ficaram encostados.

- Vamos fazer o segunte ... - Clarisse prosseguiu. - Eu mando um amigo meu levar essas coisas,enquanto nós vamos a um lugar.
- Que lugar?
- Isso,você só vai descobrir se for.
- Não tenho nada a perder. - Deu de ombro.
- Um minuto. - Falou para Mat,pegando o celular e se afastando. Voltou em exatos um minuto,subiu na moto e pós o capacete. - Vamos.
- Vai deixar as compras aqui? No meio da rua?
- Confia em mim.

Mat deu de ombro e subiu na moto,só teve tempo de colocar o capacete antes de Clarisse voar em alta velocidade.

Havia um portão de ferro enorme no que parecia um jardim,Clarisse tirou o capacete e balançou os seus longos cabeloa negros,andou até a porta e sussurrou algo parecido com :

Minha namorada é um demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora