Brincando com fogo

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Mat estava sentado em baixo de uma árvore vendo Lucy treinar,ela tinha uma habilidade impressionante com a espada.

Como ela só havia chegado a um dia (e batido em todas as amigas de latixa mesmo assim) ele não sabia praticamente nada sobre ela,então resolveu puxar assunto.

- Ei ... Lucy.
- Que é? - Lucy mal o olhou.
- É sempre séria assim?
- Eu estou trabalhando. Sabia disso?
- Senta aqui,vamos conversar.
- Dispenso. Não sou de conversa.
- Vai,Lu,senta aqui.
- Tá !! - Resmungou,guardando a espada no cinto. - Que é garoto?
- Ou,calma esquentadinha!! Então, você gosta de fazer o quê?
- Matar demônios. - Sorriu sarcasticamente.
- Fora isso.
- Cavalgar. - Falou com um tom mais doce dessa vez.
- Não sabia que gostava de cavalos.
- Gosto. Eu tinha um - Seus olhos brilhavam ao falar. - Mas um maldito demônio o matou.
- Ótima dona você.

Ela lhe lançou um olhar fuzilante e saiu andando irritada em direção a onde estava antes, voltou a treinar, dessa vez com mais rapidez (e raiva)

- O que fez a ela? - Clary apareceu sorrindo e sentou perto de Mat.
- Nada,só falei que ela é uma ótima dona. - Sorriu,tirando sarro
- iiii ... Mat,melhor não mexer com o furacão não.
- Furacão?
- Sim,era assim que ela o chamava.
- Parem de falar do meu cavalo!! - Lucy gritou.
- Ex cavalo. - Mat deu uma gargalhada.
- Torcendo para um demônio matar você. - Sorriu sarcasticamente e sumiu.
- Isso não foi legal,Mat,ela realmente era apegada ao cavalo.
- Eu só queria fazer ela rir. - Mat entortou a boca. - Desculpa.
- Ela não é do tipo que ri fácil ...
- Percebi ... Ela é beeem diferente de você.
- Sim,é ...
- Por que ela é tão triste e,fria?
- É uma longa história. - Suspirou, triste.
- Gosto de histórias.
- Ela é um demônio.
- Demônio? - Arregalou os olhos.
- Ela não vai te matar,calma !! A menos que a irrite . - Deu uma gargalhada.
- Isso não tem graça. - Mat revirou os olhos.
- Você é bem bipolar,sabia?
- Nhá ...tanto faz. - Resmungou.
- Nosso pai era metade anjo e metade demônio, e por algum motivo nós saímos únicas. Eu sou anjo,ela demônio.
- Nossa !! Por isso ela é tão assim ...
- Eu ouvi isso !! - Gritou Lucy, de lá de cima do telhado.
- Como droga você ouviu? - Mat gritou de volta,mas Lucy não respondeu.
- Ela ouve tudo.
- Tudo?
- É. Tudo. Tipo o super man.
- Vê filmes de heróis?
- Raramente.
- Sinto muito,Lucy. - Gritou.
- Não precisava gritar, um sussurro seria o suficiente.
- Há, é ...
- Lu,desce aqui. Lu ...
- Pode ouvir tudo também?
- Não, mas leio pensamentos.
- No que estou pensando?
- Está pensando se tem uma chance com a minha irmã. - Clary sorriu e Lucy apareceu pendurada em um dos galhos da árvore.
- Nem vem. - O olhou semi serrado e as bochechas de Mat ficaram vermelhas.
- Lucy, para de ser mal.
- Não teve graça, Clary. - Revirou os olhos.
- Não foi uma piada.
- Ha Ha,sei ... Aposto que é uma piadinha sua sobre demônios. - Clary riu,e a irmã apareceu ao seu lado.
- Como faz isso? Aparece onde quer?
- É um dos meus dons. - Deu um levr sorriso.
- E o seu Clary, qual é?
- Levitação.
- Isso parece legal.
- É sim.

Lucy deitou na grama olhando o céu azul,Mat a olhou e começou a rir.

- Levita a Lu.
- Não rola panaca,os poderes dela não funcionam comigo. - Lucy deu língua a Mat.
- Que pena,ela poderia te mandar pro espaço.
- Há ... Me erra.

Sumiu de novo ...

- Gosta um pouquinho dela,não é?
- Não viaja.
- Claro que gosta.
- Nãm ... Só gosto de irritá - la.
- Poderes, lembra?
- Agora ela sabe. - As bochechas voltaram a avermelhar.
- Não, eu só revelo o que eu quero.
- Como assim?
- Ela só pode ouvir de mim o que eu permito,assim como só posso saber o que ela está pensando se ela permitir. Coisa quase impossível.
- Há ... Acho que entendi. Como eu faço para chamar a Lucy de novo?
- Não sei se ela vai querer voltar.
- Ótima guardiã a minha,some assim e não sei quando posso chamá - la. - Fingiu estar com raiva.
- Ela sabe quando está em perigo.
- Lucy? Lucy?
- Ela não vai te escutar assim.
- Você não disse que ela escuta tudo?
- Escuta,quando está na terra.
- Terra? - Mat estava cada vez mais confuso.
- Existe um lugar entre o espaço tempo,tipo um mundo, onde a Lucy sempre vai quando quer ficar sozinha. Não é fácil ouvir as conversas de todos,sabia?
- Mas ela não pode bloquear ou coisas do tipo?
- Pode,mas isso dá uma baita dor de cabeça. A mesma coisa se eu tentar não saber sobre o que as pessoas pensam.
- Isso parece ruim.
- E é ... Além de ser falta de privacidade. Não quero ler a mente de todo mundo.
- E como você a chama?
- Mentalmente.
- Eu estou confuso... Muuuito confuso.

Clary deu uma gargalhada e feixou os olhos,e PUFF!! Lá estava Lucy de novo,parada em frente aos dois com uma cara emburrada.

- Que chatisse em meu !!
- O Mat que mandou eu te chamar. - Clary se livrou da culpa.
- Calma,esquentadinha, eu não quero te irritar.
- Já irritou, fala o que é.
- Nada. Só quero que participe da conversa.
- Ham ... Não, dispenso.
- Há, Lu, para de ser chata. - Clary jogou um bolo de grama na irmã, mas ela foi rápida (como sempre) e desviou. Ela sentou na frente dos dois emburrada,Mat a empurrou e deu uma gargalhada.
- Para de birra,guria.
- Eu vou arrancar a sua cabeça se me empurrar de novo. - Sorriu sarcasticamente.
- Duvido. - Mat a espurrou de novo,ela lhe deu um soco no braço.
- Sorte de ser o escolhido, seu imbecil. Ou estaria morto.
- Nãm ... Cê me ama. - Fez cara de convencido.
- Vocês vão ficar brigando? - Clary franziu a testa.
- Sim. - Responderam os dois juntos. - Ele(a) que começou.
- Parecem duas crianças.
- Seu amiguinho que é chato. - Lucy fez cara de nojo olhando para Mat.
- Você que é chata. - Ele lhe olhou da mesma forma.
- Há, Deus !! Sabiam que pessoas que vivem brigando no fundo se amam?
- Eca !! - Lucy riu. - Você que deve estar caidinha por ele.
- Não briguem meninas,tem Mat pra todo mundo.
- Vamos ao cinema? - Clary sugeriu,empolgada.
- Vamos,melhor que ficar com todo esse mimimi.

E lá foram os três, verem exorcista.

Minha namorada é um demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora