O confronto

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Clary respirou fundo e entrou em um carro,foi seguida pelos 3 garotos,acelerou e desceu a rua em direção a um galpão velho,empurrou a grande porta de ferro e começou a descer as escadas:

- Peguem armas !! - Disse,e sumiu na escuridão.
- Façam o que ela diz. - Dom agarrou uma metralhadora.
- Mas isso não vai nos machucar? Não é apenas para caçadores?
- Não esse tipo de arma. - Dom jogou um revólver em direção a Mat, ele o pegou no ar.
- Dan? Não vai pegar uma?
- Para machucar a Lucy? Não, obrigado. - Disse,com indignação.
- Não vamos machucar ela.
- Não? E o que vão fazer? Chegar pra ela,dar um sorrisinho amigável e perguntar "olá ruivinha,será que você poderia parar de destruir a cidade e de tentar nos matar? Obrigado. "
- A Clary deve saber o que fazer.
- E o que vamos fazer? - Mat encarou a silhueta que estava surgindo das sombras.
- Vamos fazer o que a Lucy faria.
- O quê?
- Lutar.

Após parar o carro um tanto longe do centro os três andaram altamente equipados (Dan se recusou a pegar qualquer arma) em direção ao demônio gigante,ou Lucy nesse caso. Clary tinha a respiração ofegante e paralisou ao ver aqueles olhos macabros a encarando.

- Clary? - Dom disse nervoso. - O que fazemos?
- Ficamos vivos!! - Gritou Mat apontando para o enorme poste que Lucy estava prese a arremessar neles. Deu tempo apenas de pular.
- Tentem derrubar ela,vou enfiar a porção perto do coração quando ela estiver no chão.
- E se isso matá - la? - Dan levantou mancando.
- Não temos escolha.
- Sempre temos escolha.
- E o que pretende fazer espertinho?

Dois carros foram arrestados contra eles.

- Mat, tem que conversar com ela,é o escolhido,não é? - Dan encarou esperançoso para o irmão. - Não podemos machucá - lo !!
- Ok,se ela não me matar antes deu abrir a boca.
- Temos que levar ela para longe do centro,tem pessoas aqui. - Clary apontou para a multidão correndo em pânico.
- Claro que tem pessoas,é Nova York !!
- As motos.

Clary apontou para três motos estacionadas, os quatro correram para lá enquanto Lucy arremessava coisas neles,estava apenas se divertindo em assustá - lo portanto eles tinham que ser rápidos,ou ela os mataria em segundos. Aceleraram em direção ao velho estádio, ao sul da cidade, Lucy logo atrás.
No caminho um tanque atirou em direção a Lucy mas ela o pegou e o destroçou facilmente,voltou a correr atrás das mortos. Chegaram no estádio abandonado e entraram com tudo.

- Tentem atirar nos pés, talvez ela caia.

Começaram a atirar nos pés mas as balas mal pareciam fazer efeitos e isso só deixava Lucy irritada,muuuito irritada,tudo ao redor entrou em chamas.

- Não está dando certo!!
- E o que fazemos agora?
- Não sei eu tenho um pla ... - Dom mal terminou antes de ser puxado e arremessado em uma parede do estádio. Tentou levantar mas foi chutado.
- Dom !! - Clary correu para o amigo,foi puxada também e arremessada duas vezes contra a outra parede. Apagou.
- Clary !! - Mat gritou e atirou em Lucy, ela deu uma espécie de riso macabro e andou em direção a ele,abriu a mão e o jogou contra a parede,ele gritou e se contorceu de dor. Só restava um.
- Lu,para com isso,você está machucando as pessoas que você ama !!
- Humano tolo,eu não sou a sua amiga,sou dubledoor,o demônio guardião dos portais do inferno,eu apenas usei o corpo da sua amiguinha como,huuum,casa. Uma bela casa,repleta de ódio para ser cincero. Do jeito que eu gosto!! - A sua voz macabra dava arrepios em Dan. - Agora que me cansei da brincadeira irei matar você e depois escravisarei os outros humanos,torturarei alguns e será um mundo macabro e sombrio. Maravilhoso !!
- Não pode fazer isso,deixe a Lucy em paz !!
- Você me dá tédio !!

O demônio arremessou Dan pra cima e o chutou o fazendo cair com força no chão, ele gritou e se contorceu,o demônio sorria de prazer.
Mat estava se esforçando para ficar em pé, aproveitava a distração do demônio para mirar a flecha envenenada em seu coração, puxou,mirou e ... Lembranças de Lucy vinheram a sua mente como facadas,seu sorriso, o jeito que ela olhou para Dan pela primeira vez,tentando disfarçar o encanto,o jeito marrento,os ótimos conselhos,o jeito que lutava. Era a sua Lucy, não podia matá - la,era como matar um irmão ... Largou a arma,fazendo um bagulho ensurdecedor.

Minha namorada é um demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora