Sweater Weather

Capítulo 4

Amava de paixão um fim de semana, agora não amo taanto assim, porque fico trancada em casa, nesses dias meus parentes também. Ou seja, mais chances de discussões.

Pelo menos agora participo menos, me cansei disso. 

As vezes tenho raiva da minha irmã, ela saiu de casa do nada e sem dar um contexto claro! Só sabemos sua cidade, seu endereço e o telefone que ela nunca atende.

Não consigo culpa-lá pois sinto falta dela mesmo ela não estando dando a mínima, isso me magoa bastante.

Passei o dia no quarto explorando o catálogo de filmes da Netflix até que cansei, minha vista doeu de tanto que assistir.

Aproveitei que eles estavam tranquilos (Dormindo) e fui preparar um lanche, enquanto também lavava a louça que estava suja.

Voltei pro quarto e finalizei uns textos, e slides da escola, mas não era algo que tinha o poder de me ocupar por muito tempo.

Quando finalmente fui para o celular, recebi a seguinte mensagem de texto:

 "Lua, estais fazendo o que do fds?"

Ri da mensagem e logo respondi.

 "Nada, você tem planos?"

 "Planos eu nunca tenho, mas se você quiser fazer um agora... pois bem, mande."

 "Sou uma pessoa que normalmente planeja, mas não programei nada para o fim de semana"

 "Você consegue sair agora?"

Agora tipo agora?

Nunca fui das rebeldes que saia de casa a todo tempo, mas sempre sai quando queria.

Será que esse é o dia que eu quero e vou?

 "Acredito que sim, vou ver aqui e te respondo logo"

"👍"

Me arrumei rapidamente, e deixei um recado para minha mãe em seu telefone.

 "Estou saindo."

Liguei a voice call e disse: 

-Vou para a praça perto da escola, lá podemos decidir para onde ir de verdade.

-Acredita que estou aqui? Pode vir que estou a sua espera. 

Eu desliguei e apressei o passo até chegar.

Estava lotada, não sei se é por eu não andar muito por aqui ( Principalmente nos fins de semana) mas eu achei bastante cheia.

Encontrei Dylan e me perguntou:

-Alugou um avião?

-Não, só tenho o passo rápido mesmo.

Caminhamos meio tímidos por ali e logo pensei em ir a sorveteria.

-Vamos para a sorveteria!

-Boa! só se deixarmos de lado o frio que está fazendo...

-Então vamos ao churros, é meio longe mas caminhar faz bem.

-Okay.

Seguimos caminho e ele puxou assunto:

-Quem são aquelas garotas que vão e voltam da escola com você?

-São tipo minhas vizinhas, elas moram perto da minha casa, nossos pais se conhecem... essas coisas.

-Eu acho que moro perto de você, te vejo com uma boa frequência fazendo o caminho. Tem irmãos?

-Tenho a Stella, mas ela foi morar fora.

-Que massa! eu também tenho uma irmã mais velha, ela faz universidade de medicina perto da nosso colégio, ela vive pegando no meu pé pra tentar entrar lá igual a ela. 

-Você sabe o que quer?

-Eu queria estar em todas as salas da universidades, mas gosto de montar sabe? Penso em algo com automação ou robótica, programação seria legal.

-Eu nem sei pra onde vai!

-É você tem interesse em que área?

-Artes visuais, eu gosto e já me dou bem sabe? 

-Ah você desenha! Realmente você leva jeito.

-Obrigada, tem algum afazer?

-Além de lavar roupa e arrumar a casa, não

-Aiai, eu digo tipo hooby.

-Ah sim, não que eu lembre... Bem, não sei se conta mas eu lia a um tempo atrás.

-Agora uma coisa que eu não tenho paciência! Principalmente para livros grandes, bate logo a preguiça.

-Eu gosto, o segredo e escolher bons livros! posso te emprestar alguns se você se interresar.

-Eu adoraria!

Chegamos em um carrinho de churros e fizemos o pedido, quando eu ia pagar.

-Pode deixar que eu pago, eu que te convidei. 

-Tem certeza?

-Claro! Pode deixar.

Ele passou a nota para o senhor e resolvemos ficar numa calçada qualquer conversando.

-Está bom?

-Sim, e olhe que eu nem sou tão fã de doce misturado com salgado.

-Se eu te apresentar minha pipoca doce vais passar a amar essa mistura.

Eu ri e disse.

-Agora só falta o filme e o convite.

Ele riu e ficamos lá por um tempo observando a praça, pouco tempo depois já estava ficando tarde, então ele se ofereceu para me deixar em casa.

-Obrigada pela noite, foi divertida!

-Por nada, estou disponível para quando quiser.

Lhe agradeci e fui em direção a porta de casa.

Entrei em casa e estava tudo em silêncio, abri meu celular e a mensagem que eu tinha enviado para minha mãe não tinha sido visualizada.

Pelo visto o sono está bom.

Igual a minha noite.