Mais um dia chato e entediante na escola, ainda pensava sobre a conversa com a minha mãe, então desenhei um rascunho do que poderia ser " O sol nasce na madrugada" .
Na saída da escola, meu braço foi agarrado.
-A madame vai fazer algo da tarde?
-Se me chamar assim irei me sentir importante!
-Você não é?
-Isso não vem ao caso mocinho! É respondendo sua pergunta plebeu, não planejei nada além de arrumar meu quarto e dormir por 3 horas.
-Você tem o sono tão regulado assim?
-Se eu não passar madrugadas conversando com você...
-Me chamou de praga?
-Pior que é uma coisa boa, se sinta grato por eu madrugar falando contigo.
-Agora quem se sente importante sou eu.
Subi na sua moto e seguimos para algum lugar.
-Você quer passar em sua casa?
-Não precisa, vamos logo.
Ele parou num restaurante e saiu com uma marmita.
-Você não tem frescura para comer, estou certo?
-Acredito que tenha acertado.
Ainda bem que ele pensou em comermos, a fome que estou não está escrita.
Quando chegamos próximo ao prédio, ele parou a moto.
-Vamos entrar?
-Sim, não se preocupe. Qualquer coisa eu assumo a culpa. - ele disse rindo.
Subimos em direção a sacada mas estava muito sol, então decidimos ir a um andar que tinha um pouco abaixo da sacada, lá tinha uma espécie de varanda, e o sol não estava presente ali.
-Você está bem? Esses dias anda diferente.
Nos estavamos um ao lado do outro, então não vi seu rosto.
-Nada tão importante, meus pais provavelmente vão se separar.
-Se separar?! Você está levando numa boa pelo visto.
-Estou, até porque a vida e deles...
-Mas você lembra que isso pode mudar sua vida não é? Você está certa quando diz que a vida e deles, mas enquanto tu for de menor, estará sob a guarda deles.
-Verdade, bom ponto. Mas eu acharia bom me livrar da gritaria.
Dylan sorriu e disse:
-Lá em casa só não é assim porque eles já estão separados.
Fiquei em silêncio por um instante.
-Quando eles se separaram eu era novinho, e fiquei mal com a situação, meu pai passou a só mandar os presentes no natal e em meu aniversário.
-Puxa, uma pena!
-Sim, pensei que você ia dizer que se sente assim.
-Eu fico confusa pois cresci vendo eles dessa forma, já fomos a família perfeita.
-Nunca tivemos família perfeita, nos só já fomos crianças inocentes que não enxergavamos os erros da nossa família.
-Parando pra pensar, é isso mesmo. Mas calma ai, bateu a tristeza.
-Ohh Lua, vamos falar sobre coisas boas, deseja começar?
-É uma honra.
-Já assistiu Jogos Vorazes?
Assim que nossa tarde foi preenchida.
Com o tempo foi ficando tarde, e eu precisava ir para casa.
- O papo está muito bom, mas agora é hora da mocinha voltar para casa.
-Tudo bem, já que diz.
Nos descemos as escadas e subimos na moto.
Ele me entregou um dos pares dos fones de ouvido e ouvi suas músicas, e digamos que ele tem um gosto musical um tanto peculiar.
Tipo um rap, acredito que era Hip-Hop. Pra mim que escuto um indie foi uma experiência diferente, até que gostei.
Ele me deixou em casa (de novo), eu me despedi (de novo), só que algo de diferente aconteceu.
No automático, eu dei um beijinho na bochecha dele, ele deu uma risadinha e me puxou mais perto. O que isso significa?
Entrei em casa e me preparei para dormir, mas agora e a única coisa que eu consigo pensar.
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Sweater Weather
RomanceNa Califórnia, Lua passa por um momento incerto, até conhecer Dylan: O carismático da escola. Será que é o momento certo? Será que eles foram feitos um para o outro? Se fazem companheiros de confidencias, aventuras e silêncios; que dizem mais do...