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Ayla: olho para a criança no colo da mãe a minha frente chorando enquanto eu aplico a injeção em seu braço, trabalho como enfermeira fiz um curso e me apaixonei pela área da pediatria, quem sabe algum dia eu possa fazer até uma faculdade de medicina, ponho um algodão no local assim que termino de aplicar a vacina, limpo o sangue e coloco um bandeide, entrego um pirulito para a menina que sorrir pra mim saindo da minha sala com a mãe.

Suspiro olhando meu relógio vendo que deu meu horário já me levanto retiro as luvas de látex jogando no lixo, retiro meu jaleco e a touca da minha cabeça, saio da sala pegando minha bolsa e indo bater meu ponto.

Saio do hospital que infelizmente fica do outro lado da cidade porém foi onde eu consegui um emprego, caminho quase correndo até o ponto de ônibus, coloco meus fones e fico esperando o ônibus que chega lotado entro no ônibus e vou para casa.

Salto no meu ponto e vou andando até o morro, passo pela barreira dando boa noite aos meninos que estão armados ali, e vou até a lanchonete da dona Maria, estou com um pouco de dinheiro sobrando e não tem nada para comer em casa sem falar que estou muito cansada para conzinhar hoje.

Entro na lanchonete sem me importar com a roupa de enfermeira que estou vestindo,  ném o croks nos meus pés, olho para a cantina que está bastante cheia, vou até o balcão e peço um dogão e uma coca em lata, pago e vou até uma mesa vazia esperar, ouço as vozes na mesa ao lado e o cheiro forte de maconha.

Sinto um olhar queimar sobre meu corpo me fazendo arrepiar, não tenho coragem de levantar minha cabeça para ver quem é.

Tomo um susto quando as cadeiras a minha frente são puxadas, olho para as duas meninas que são iguais provavelmente gêmeas, são bem bonitas e os cachos perfeito.

Laura: boa noite, meu nome é Layra e essa é minha irmã Laura.

Laura: oi, boa noite.

Ayla: oi, boa.

Respondo sentindo meu rosto ficar vermelho, elas sorriem para mim, e meu lanche chega, sei que não vou conseguir comer na frente delas, morro de vergonha.

Laura: nunca te vi por aqui, você é linda e seu cabelo é perfeito, vamos sentar na nossa mesa?

Laura: sim, vamos por favor, ninguém merece comer só.

Sinto meu rosto esquentar só quero me enterrar em um buraco, meu Deus estou tão nervosa, nego com a cabeça imediatamente negando o pedido delas.

Layra: vamos por favor.

Pede me olhando, bom não custa nada aceitar, qualquer coisa eu fingo desmaio né?

Ayla: ok.

Elas batem palmas e sorriem animadas me puxando pelo braço, nós aproximamos da mesa e sinto meu corpo se arrepiar mais, tomo coragem procuro o olhar e encontro, nós encaramos intensamente, me perdi completamente naquele olhar, que homem lindo ele sopra a fumaça do baseado que está entre seus dedos e não desvia seu olhar senti o meio de minhas pernas formigar, eu desvio o meu olhar quando chegamos na mesa e as pessoas olha para nós.

Layra: gente essa é Ayla, nossa nova colega.

Bom eu já conhecia o homem branco que se chamava chefão, foi ele que me alugou a casa, as outras duas meninas e os outros meninos eu não conhecia, tenho certeza que a outra menina é irmã delas porque parece muito.

Todos: oi boa noite.

A mulher mais velha se levanta e me comprimenta com um beijo no rosto, a outra menina faz a mesma coisa.

Lara: oi, é um prazer te conhecer, essa é minha mamãe.

Fala apontando para a Maira velha que está ao seu lado, eu sorriso em comprimento.

Laura: essa é a nossa irmã Lara, e esses são o meu pai, e meu irmão.

Ayla: é um prazer.

Eles levantam apertado minha mão.

Coringa: coringa fé aí minha.

Chefão: como vai Ayla.

Ayla: bem, e o senhor?

Chefão: tudo em paz.

Sento na mesa e olho para o coringa que me olha, passa a língua entre os lábios e sorri descretamente para mim, suspiro esfregando minhas pernas, analiso seu corpo repleto de tatuagem, e foco meu olhar na arma em sua cintura, arregalando meus olhos saio dos meus pensamentos quando Lara me faz um pergunta.

Lara: qual a sua idade?

Ayla: 17 anos.

Lara: você é linda, não é Coringa?

Pergunta olhando pra ele que para de conversar com seu pai e me olha.

Coringa: é sim, bastante.

Ayla: obrigada.

Falo sentindo minhas bochechas quentes, olho para o meu relógio vendo que já são quase 22 da noite, levanto me despedindo de todos.

Ayla: foi um prazer conhecer todos vocês mais está na hora de eu ir, está tarde e eu trabalho amanhã cedo.

Todos: foi um prazer.

Laura: passa seu número para agente conversar.

Pego meu celular falando meu número para ela.

Laura: foi um prazer, amei você quero ser sua amiga.

Fala me abraçando, sorrio me despedindo pego meu lanche e saio da lanchonete indo para casa, chego em casa todo banho como e me deito ficando perdida em meus pensamentos até dormir.



Curtam muito.💛

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