17. Os Tenebris.

29 6 19
                                    

A mansão majestosa se erguia imponente diante de Jungkook.

A construção gótica de pedras escuras e janelas em arco assemelhava-se mais a um castelo medieval do que a um lar. A luz da lua iluminava a fachada grandiosa, realçando os detalhes arquitetônicos que remetiam a uma época passada.

Jungkook mostrou seu convite na entrada e foi deixado pelo seu motorista diante dos portões ornamentados. Dezenas de conversíveis de última geração cercavam o pátio, e os convidados já adentravam os salões da mansão. Todos trajando roupas de gala e máscaras elegantes sobre seus rostos, ocultando suas faces.

Um frio desconhecido e temeroso o penetrou até sua alma corrompida e o fez se arrepiar por inteiro.

Ele usava uma calça de cor marfim, que se ajustava perfeitamente às suas coxas. Usava uma camisa de tecido fino e transparente na parte traseira, deixando suas cicatrizes praticamente à mostra, assim como as tatuagens florais em seu braço. Sob seu rosto, ele amarrou uma máscara dourada ornamentada em detalhes delicados, levemente repuxada nas arestas de uma forma quase felina.

ㅡ Você está deslumbrante, querido. Eu realmente fui uma ótima influência como mentor. ㅡ Namjoon estava deitado em sua cama, com Bam ao seu lado virando de um lado para o outro em busca de chamar sua atenção e fazê-lo voltar a brincar com ele. ㅡ Mas não gosto disso.

ㅡ Eu também não ㅡ suspirou Jungkook, sentado diante do seu espelho. Ele amassou os lábios, passando seu gloss favorito, sabor cereja . ㅡ Mas é minha única forma de obter respostas.

ㅡ Você está caminhando direto para uma armadilha ㅡ disse a assombração do ator morto. ㅡ Nada de bom o aguarda neste endereço.

ㅡ Você não pode me contar nada, então não é como se eu tivesse outra alternativa para saber mais sobre a porra do grimório.

ㅡ Eu não faço isso porque não quero, mas sim porque não consigo. Você sabe muito bem disso.

ㅡ Eu sei ㅡ Jungkook suspirou. ㅡ Mas eu não sou uma presa tão indefesa quanto você acha que eu sou. ㅡ Com isso, ele levantou a barra da calça, revelando o canivete preso em seu sapato.

Namjoon bufou em escárnio.

ㅡ É mais fácil usarem esse canivete enferrujado em você, sabe disso, não é?

ㅡ Por que você não volta para o inferno de onde saiu, hyung?

ㅡ Porque você morreria de saudades de mim, dongsaeng. ㅡ Namjoon mostrou a língua para ele.

Jungkook revirou os olhos, mas havia um sorrisinho afetuoso em seu rosto.

Agora, ele seguia os convidados para o interior da mansão.

Jungkook foi recebido por um salão principal deslumbrante, onde o baile de máscaras corria em pleno andamento. A multidão ao redor vestia trajes requintados, cada um com sua própria máscara elaborada, ocultando suas identidades, deixando um ar de mistério sob a atmosfera. Eles se reuniam em círculos pelo salão, conversando entre si e rindo. Ele não podia identificar nenhuma daquelas pessoas. Caso acontecesse qualquer coisa com ele naquela noite, não poderia dizer quem havia o machucado, e isso o aterrorizava mais do que tudo.

Mas não o suficiente para decidir ir embora. Ainda não. Jungkook precisava descobrir quem o queria ali, e quais informações sobre o Liber Tenebrarum o responsável pelo bilhete misterioso possuía.

O som suave de música clássica preenchia o ar. Um homem estava curvado sobre um piano branco de cauda em um dos cantos do salão.

Esculturas meticulosamente esculpidas eram exibidas por todo o espaço.

O Pacto de Jungkook - [Taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora