Capítulo 1

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As vezes tenho a sensação que me falta algo. Que tem algo fora do lugar. Não sei o que mais me enjoa se é a rotina entediante de todos os dias ou essas viagens que meu pai faz nos finais de semana.
- Calma falta pouco filha. - diz meu pai pela milésima vez durante o trajeto. Quem conhece meu pai sabe que o Sr. Christopher Walker, em meio aos seus cabelos ruivos, e seus olhos verdes, faz de tudo pra me agradar. Mesmo que isso seja uma bela de uma mentira.
- Hanram. - falo já que sei que será a única coisa que fará que ele mude de assunto. E volto a olhar pra janela, escutando a música Roundtable Rival da Lindsey Stirling, que é minha violonista preferida.
- Sim, a ponto já ia me esquecendo, sua mãe mandou lhe avisar que não vai vim para Vidnoye , ela está muito concentrada em finalizar seu projeto de pesquisa .- diz meu pai.
Minha mãe Alba Walker é pesquisadora do centro de pesquisas da Agência Espacial Federal Russa que é mais conhecida como Roscosmos, ela tem 37 anos e o fato de ela não ficar conosco esse final de semana não me surpreende em nada, já que ela só vive para as suas pesquisas, passando a maior parte do tempo enfurnada em seu laboratório, produzindo técnicas e produtos para os futuros voos com tripulação .

- Está bem pai, quem sabe a próxima viagem ela resolve dar as caras . - falo, sabendo que isso seria muito improvável de se acontecer.
- Que tal Alanna, nós passarmos no supermercado pra comprarmos algumas coisinhas para o jantar? Já que na nossa casa de campo não tem nada preparado ?
- Pode ser pai, mas só se o senhor me prometer que vai comprar uma torta de maçã.- digo, lembrando-me dos dias que passava na casa de campo com minha avó, uma cozinheira de mão cheia.
- Compro minha linda, mais só se jurar que vai, só dessa vez, desmanchar essa cara.
Tiro os sintos de segurança e desço, quem sabe se eu melhorar de humor as coisas começam a melhorar .

Chego na pequena casa de telhado amarelo toda feita a madeira, que é muito útil principalmente nos dias de frios que a temperatura pode chegar dos -3'C aos -10'C, ajudando a manter a casa bem mais aquecida,junto com a lareira. A casa tem uma porta, que leva para sala de estar e a cozinha, dando acesso a uma imensa escada que dá direto no primeiro andar, onde fica os outros cômodos como o quarto do meu pai, o meu e mais dois outro quartos de hóspedes.
-Pronto chegamos. Quanto tempo não vinhemos aqui , entre e arrume seu quarto preciso ligar para o eletricista vim fazer alguns ajustes nas lâmpadas do terraço.- entra meu pai, junto com uma quantidade enorme de malas e outros utensílios.
Me apreço e pego todas as minhas malas. Ao entrar nessa casa muitas das lembranças de infância transbordam diante dos meu olhos, cada parede parece ter em sua composição momentos que ficaram eternizados, momentos inesquecível onde eu de fato tinha uma família, minha querida avozinha que vivi aqui , meu avô, que faleceu dois anos depois de minha avó, minha mãe e meu pai. Todos reunidos com o único objetivo que era o de aproveitar e desfrutar dessas cenas de felicidade familiar.

Subo, coloco na playlist que contém as melhores musicas do meu celular, o mais alto que posso e começo a ajeitar meu guarda-roupa quando meu pai grita.
- Filhaa! Olha quem esta aqui? Abaixa esse som! Ou vou ficar surdoo!
- Caramba paii, nem está esta tão alto assimm! Manda subir, estou aqui em cima, arrumando minhas roupass !
- Alannaa! Não me faça subir! E como você pode dizer que não está alto se nem conseguimos falar sem ao menos gritar um pro outroo!
Me dou conta que ele está certo, estamos gritando, abaixo o som e ouço passos, quando me viro.

Alanna ⭐️Onde histórias criam vida. Descubra agora