12 Capítulo

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David chega às pressas na casa da árvore sobe as escadas e entra, me procura em todos os cômodos da casa e não me encontra.
- Ué, Alanna mandou em vim aqui e agora cadê essa menina ? - fala David. O silêncio reina na casa e os únicos sons são dos passarinhos voando pelas copas das árvores, ele para em frente a uma das janelas da casa e começa a observar como esse lugar é lindo e pensa : Cara deve ser aqui que a Lanna vem nos momentos de solidão ou quando está triste, ela também tem seu canto secreto seu mundo partícula, talvez não somos tão diferentes assim.
Ele olha uma luz que bate na borda da janela e percebe que a luz que vem do sol está refletindo em um espelho que está em meio aos entulhos.
Sua curiosidade não deixa escapar e ele se aproxima mais do velho e sujo espelho, ela está todo embaçado e contém imensas teias de aranha. Até que ele resolve estender o braço e tentar admirar a imagem que será refletida do mesmo.

Mas algo imprevisto acontece.

Seu corpo é impulsionado para dentro. Sente uma sensação estranha, como se suas partículas estivessem se subdividindo em trilhões de átomos, sua pulsação acelera até ser escorraçado de um turbilhão de cores.

Abro os olhos e o que eu consigo ver me assusta, não é o que eu esperava estar vendo. Estou deitado, o clima é úmido e seco vejo plantas e copas de árvores imensas que vão além dos meu campo de visão. Onde estou?
Me levanto do chão cheio de folhas alaranjadas e sinto um novo ritmo, a floresta marcando o passo do meu coração.

Raios de luzes vazam dos céus, e para todos os lugares que eu olhe só o que eu consigo ver são mata e mais mata. Será que estou sozinho?
O sol começa a se pôr e logo escuto os pássaros se movimentando, devem estar se preparando para recolher, em suas casas para um novo dia.
Logo o crepúsculo chega e com ele os sons de animais que parecem ser espécies de grilos toma conta do lugar.
Ando em busca de alguém que possa me ajudar quando um vento de flores cintilantes de cor violeta passa por mim em uma velocidade fantástica. Olho para o horizonte e vejo uma coisa incrível as árvores estão tomando cores neons, vejo pequenos pontinho de luz que se espalham por toda parte, o vento balança as árvores como se estivessem tocando uma música só deles. É algo lindo. Pequenas plantas brilham luz e fico fascinado com o lugar onde estou, uma floresta iluminada.
Ao longe escuto o som de água e prevejo que seja um riacho sigo o som e encontro um pequeno braço d'água, me ajoelho e bebo a água que é doce, bebo mais um pouco e olho para o lado e vejo uma linda e incrível lua totalmente diferente da nossa onde refletia sua cor azul no riacho.
Quando ouso um som, me assusto e me viro fico em alerta preciso estar atento, mais relaxo é só um animal.
Porém quando a luz clareia a sombra do animal, me deparo com um ser branco que tem em sua cabeça um cifre prata, ele relincha e segue seu caminho para a floresta. Fico simplesmente ali olhando por um longo tempo sem acreditar que acabei de ver um unicórnio, uma das lendas mais antigas que agora sei que é pura verdade, que ele existe.
Devo ter batido a cabeça só pode.

Ouço mais um barulho ao longe tento me esconder atrás de uma das árvores quando avisto 3 homens armados que usam uma máscara de crânio no rosto montados em um animal de cifres arredondados como o de um javali, suas lanças tinham pontas afiadíssima com adornos de que me parece ser pele de algum animal selvagem.
Ando e deixo que me vejam, me entrego, fico em suas frente corro o risco. Quem sabe eles não me ajudem, mesmo que me arrependa depois nunca saberei se não tiver tentado.

Lanças são apontadas para minha cabeça, minha respiração acelera.
Eles me cercam.
- Estou perdido. Me ajudem. Vocês falam minha língua?!
O homem do centro faz um sinal com a cabeça para o do lado, minuta algumas palavras estranhas para o outro que após isso desce do animal e me acorrenta os braços. Começam a andar e acompanho arrastando a pesadas correntes, por todo o trajeto adentro da mata mágica.

A caminhada é árdua e cansativa, estou com sede, com fome, meus pés doem. Nos aproximamos de um lugar iluminado com paredes de plantas que seguem para os meus dois lados, há uma pequena passagem onde os homens entram, levo um tempo para perceber que estou dentro de um labirinto gigante. Dentro dele há vários corredores e armadilhas. Até que sou encapuzado e não vejo mais nada.

Continuo andando, não vejo nada apenas sigo a direção das correntes. Chegamos em um lugar onde começo a perceber que o chão muda não é mais úmido, é firme e seco. Tiram o capuz e toda a luminosidade invade minha visão e sou obrigado a fechar os olhos.
Quando meus olhos começam a se adaptar com o ambiente eles se abrem, a minha frente está um imensa árvore no centro com várias abajures pendurados nos galhos, há várias pessoas a baixo dançando e cantando, a música é contagiante eles usam vários instrumentos como congas, xylephones, cajóns, bajons, gongos, cítaras e outros instrumentos que são novos para mim. Suas roupas são de um tecido muito justo, quase uma segunda pele, nas cores marrom e verde no modo futurista.
Os homens que me haviam encapuzado tiram suas proteções de pele de animal e algumas pessoas se aproximam deles e me olham com curiosidade, isso me incomoda um pouco, são muitas pessoas de uma vez só.
Os homens entrega suas armas quando entra na multidão uma mulher morena de corpo escultural que usava um crooped laranja com alguns detalhes étnicos e uma breechcloth, uma espécie de tanga longa muito usado pelos índios norte americanos, na cor terra, tinha uma franja no seu cabelo negros e era dono de olhos verdes marcantes.
Todos ao meu redor se calaram com sua presença e a reverenciaram, fiquei sei intender no momento. Por que fizeram isso?
- Vejo que, o que vocês trouxeram hoje não é uma caça.- fala a mulher.- Onde o acharam?
- Estava perdido minha senhora, na floresta.- fala um dos homens que me trouxe.
Ela se aproxima de mim e fala:
- Você fala, meu caro ?
- Sim, perfeitamente. - solto.
- E por acaso qual é o seu nome?
- Meu nome é David Lancarte e o seu?
Todos me olham em repressão. A mulher levanta a sobrancelha, os caçadores me dão um empurrão.
- Deixem ele. - diz a mulher.- Vamos ver onde esse atrevimento vai. - solta um suspiro e começa a dar alguns passos.
- Vamos imaginar que você não me conheça de fato, então seria da minha parte um dever me apresentar. Certo?! Pois bem me chamo Luy sou a rainha e fundadora do Reino Land, dominadora guerreira e criadora das técnicas da terra. E odeio pessoas que queiram ser engraçadinhos.
- Não tentei ser engraçado, me desculpe mais eu nunca ouvi falar de você. Devia?- digo.
- Devia! De onde você veio, qual é o Reino que mandou você aqui me espionar? Fale quem foi?!- diz a rainha.
- Eu não vim de reino nenhum. Eu vim de Moscou, Rússia se é que você quer saber.
- Olhe para as roupas deles, um farrapo deve ser um louco, um inútil jogado por conta própria no nosso planeta, um sem reino. Há claro, como não percebi.- grita a mulher para as pessoas que começam a zombar.
Não devo estar no continente Europeu, o clima é diferente, a fauna então resolvo perguntar. - Que continente estamos?
Ela me olha e fala com desdém. - Não existem mais continentes aqui se você não percebeu, existiram a 3000 anos atrás, mas hoje foram já foram substituídos pela criação dos 5 Reinos. O Fire, a luz! - urram todos. - O Space, o além! - urram.- O Ice, a vida! - urram. - O Land, o início! - urram vigorosamente.- E o Air, o traidor.- todos batem os pés.
E todos nós somos do planeta Cálix! Até você idiota.- riem.

Então calma, preciso pensar. Se o que eles dizem for verdade não estou no planeta terra mais em outro planeta. Como eu vim parar aqui?
Claro! O espelho! Ele deve ter me levado para outra dimensão, vários anos-luz da Via-láctea. Preciso agir se pretendo continuar vivo. Falo:
- Perdoe-me rainha Luy. - reverencio.- Há muitos anos venho vagando pelas florestas sem um rumo, mas quando vi seus caçadores me entreguei na esperança da senhora me aceitar como servo.
Ela me olha. Abaixo a cabeça, preciso passar respeito, descanso o olhar em suas pernas, que a propósito são lindas, torneadas e morenas . Uma junção de cabelos longos com cintura fina, quadris largos e temperamento desafiador. Nada mal para uma rainha.

Alanna ⭐️Onde histórias criam vida. Descubra agora