Não acredito que David é esse babaca que paga de galã no meio da escola.- lá se foi minhas expectativas de ter encontrado um cara verdadeiramente legal. Vejo-o passando e ignorando várias das meninas que babam por ele, ao decorrer que ele passa.
- Vocês viram o grupinho de meninas comentando enquanto ele passava ? Poxa não sabia que ele era tão popular a esse ponto. -sussurra Mariah.
- Não, nem notei que ele estava passando. - minto. E admito que de fato eu devia ter consumido muito daquela bebida para poder acreditar que ele seria diferente disso. Que maravilha !
- Eu ainda tenho uma pulga na orelha, sabe Lanna em relação a essa Maya que vive andando com ele. Será que eles dois tem um caso ? Sei lá uma amizade colorida, algo a mais talvez ? - diz Mariah.
- Não sei de nada Mah, mais quem sabe se eu procurar saber um pouquinho não descubro se é verd...- não lhe dou tempo para finalizar a frase e lhe digo, mais grossa que quase sempre consigo ser . -Achava que vocês tivessem coisas mais interessantes para fazer do que ficarem fofocando.
As duas me olham com reprovação, mais parecem não se abalar com minha grosseria, e continuam falando. Deixo as duas ali, não quero escutar mais nada sobre esse menino, vou para a sala me sento no lugar de costume entre a janela e a porta. A professora Clawd chega, coloca suas coisas no birô e dá início a sua aula sobre As Grandes Navegações mas em momentos, por mais que eu tente não consigo me concentrar na aula, pensamento inundam minha cabeça e
minha imaginação começa a entrar em ação, paro e me recuso a continuar pensando sobre David, a festa e Maya.No refeitório volto a encontrar as meninas, que se sentam na mesa que fica ao lado do pilar, me aproximo e me sento, Mariah continua com a sua maninha de tentar emagrecer e lancha apenas Borshch (Борщ) uma sopa de beterraba cheia de legumes e carne acompanhado de creme de leite fresco, Sophy fica na salada mesmo já que ela é vegetariana e abomina tudo que não seja orgânico, eu escolho umas panquecas e tomo um suco. Largamos ao meio dia e vou para o trabalho dos meus país, eles hoje não vão poder almoçar em casa e minha tarefa é levar umas pizzas, passo no centro compro uma de quatro-queijos e especial de frango que eu sei que minha mãe ama e uma Coca-Cola bem geladinha para acompanhar.
Compro meu bilhete na ferroviária em direção ao norte de Moscou.
Aqui na Rússia o transporte ferroviário é o principal meio de deslocamento de pessoas e cargas. É um dos mais rápido por sinal.Depois de 10 minutos já estou na frente da Roscosmos um edifício gigantesco branco e cinza, com grades e portas de vidro, várias pessoas passando de um lado para o outro entre técnicos, acionistas, astronautas, pesquisadores e físicos, falo com o segurança que me conhece desde que brincava entre as essas passarelas e avisto ao fundo também imensas torres de controles, foguetes e alguns projetos sendo testados com a ajuda de operários. Entro na área de atendimento onde há várias cabines dividida em setores, com pessoas pesquisando, teclando, telefonando e rabiscando tudo ao mesmo tempo, falo com a repcionista que me indica a área de gerenciamento de comandos, entro no elevador e aperto o botão 35 que é o andar onde meu pai trabalha, encontro ele a um meio de pessoas sentadas em suas cabines concentrada em seus receptores tecnológicos, noto que alguns analisam a bolsa de valores, outras que veem o clima e meu pai que vê, as questões técnicas dos foguetes mais diretamente a questão do funcionamento das turbinas.
- Filha que supresa pensei que almoçaria em casa mesmo. - diz meu pai olhando através de um de seu assistentes.
- Achei que vocês deveriam almoçar também, trouxe pizza onde está a mamãe ? - pergunto olhando ao redor em busca dela.
- Ela está no centro de pesquisa no andar 57 vá lá dar um oi para ela.- fala voltando seu olhar para o monitor.- Lembre-se ela está no laboratório 657.
- Como assim? Ela foi transferida do 325 foi?
- Sim. - diz ele se virando para um homem.- Henrique leve-a para o 657, por favor.- o homem faz sinal de obediência e me dirige ao elevador. Me apresso e deixo em cima de sua bancada uma caixa de pizza, com copos e guaraná e sigo o assistente. Subimos em silêncio quando o elevador apita e se abre.
- Pronto é aqui . A porta do 657 é essa. - me aponta uma porta branca com faixas pretas. Digo: - Obrigada.- leio no seu uniforme seu nome e falo.- Senhor Winer.
Crio coragem e abro a porta ao mesmo momento que o ar condicionado me petrifica de tanto frio, busco as feições da minha mãe e há acho junto com mais outros três pesquisadores. A sala é totalmente branca cor gelo e é dividida em duas uma áreas uma cheia de ferramentas químicas como beque, provetas de diferentes tamanhos e microscópios já a outra tem uma capa plástica usada como divisória, as únicas coisas que consigo ver através do plástico são máquinas enormes que ficam bem ao longe.
- Mãe sabia que você e o papai não poderiam ir almoçar em casa e resolvi trazer então uma pizza de especial de frango para a senhora, já que é sua preferida. Onde eu deixo? - falo olhando para ela.
Ela me olha por um tempo, como se estivessem escolhendo as melhores palavras e diz. - Alanna você parece que não raciocina não é?! - franzi a testa.-Como que você me traz uma pizza bem para o lugar onde eu estou, é proibido comer aqui não parece claro isso, traz bactérias indesejadas. Não ver que estou enrolada estudando bactérias vivas que possam sobreviver sem a necessidade do oxigênio, saia mais tarde a encontre no refeitório!- ordena sem que me deixe explicar. E manda seu ajudante me retirar da sala e ainda escuto ela ao longe resmungar.- Não sei quem deixou ela entrar aqui!
Que saco! Droga ! Não sei como ainda tento manter relações com essa mulher que é denominada minha mãe, ela não me escuta um só minuto! Saio revoltada, ou melhor sou enxotada do laboratório e desço para o refeitório, encontrando lá meu amigo gato da área de teste de animais.
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Alanna ⭐️
FantasyAlanna Walker é uma menina ruiva que tem 17 anos e que mora em Moscou-Russia, com seus pais que trabalham na Agência Espacial Federal Russa que é mais conhecida como Roscosmos. Revoltada pela ausência de atenção de sua mãe torna-se uma menina exp...