6 Capítulo

59 5 0
                                    

Nick é alto, loiro, de olhos claros, forte, e gay. Ele cuida da área de teste com animais da Roscosmo, onde é realizado análises de inteligência com animaizinhos, como chimpanzé, gatos, e outros e é lá também que testam técnicas baseadas nas estruturas animais como instrumentos que imitam os radares dos golfinhos ou então a estrutura fisiológica das aves. Ao me ver , acena para mim me convidando a sentar. Ele vendo minha cara pede uma água e pergunta o que aconteceu e acabo desabafo toda a cena que rolou lá em cima com minha mãe e é ele que me acalma e me faz voltar a raciocinar, glórias, já estava a ponto de explodir, penso em contar o que houve na casa de campo, mais prefiro ficar calada acho que quantas menos pessoas saber será melhor, resolvo então almoçar a pizza que eu trouxe lá mesmo, não estou com o mínimo de vontade de ser caridosa e deixar para minha mãe, ela que depois almoce por aqui mesmo, após acabar me despeço de Nick e vou para casa , já está quase na hora da minha aula de dança e preciso me arrumar depressa.

Faço ballet há 3 anos e realmente é uma coisa que amo de paixão já que junta duas coisas que me encanta que a música clássica e a dança. Ás tarde a escola fornece essa aulas como uma forma de relaxamento para os alunos de outras áreas como é meu caso, que curso arqueologia lá, e também como uma forma pratica para as pessoas que cursão teatro e arte cênica. Chego em casa quando já são 3:30 da tarde pego uma maçã e vou para a Academia. Chegando lá entro no salão e começo a me aquecer, faço um pouco de borboleta me levanto e faço alguns exercício na barra de metal. O salão é todo de madeira juntamente com marfim trazendo um aspecto de refinamento ao ambiente, no teto há uma enorme pintura renascentista com cores que vai do azul bebê para o laranja, é um espetáculo para os olhos, há um enorme espelho que vai de uma parede a outra e um banheiro mais ao longe. A professora chega e logo a música invade toda a sala e preenche meu coração, me equalizo e sinto as batidas chegar em pontos nunca antes alcançados do meu coração, os olhos se fecham e danço... Danço como nunca dancei e sinto a liberdade saindo do meu corpo dando lugar a minha alma que pulsa ao som de Elements (Orchestral version), faço com que meus pés cheguem nas alturas ,rodopio, graça, leveza tendo meu braços como pássaros que voão em busca da felicidade.
Me acalmo e a aula acaba, de volta à realidade saio da sala em direção a saída quando passo por um corredor e noto que vem um som de piano de algum lugar ,aguço meu ouvido. De onde será que esse som sai? É tão bonito, passo por cada porta o mais devagar que consigo e vou em busca do som. Não está aqui, nem nesta, e naquela? Não não vem daqui. - fala meu cérebro. Corro, deve vim de algum lugar passo de uma sala e o som se amplifica dou uma pausa e lentamente volto a porta que passei, abro-a um pouco e tomo um susto quando vejo que quem está tocando essa linda música é David.
Fico chocada...
Fico ali olhando é tão lindo...
Vejo seu semblante ao tocar, é expressivo, é comovente, é terno.
Seus dedos dedilham nota por nota, da para perceber que vem de dentro, todo esse sentimento.
Quando ele está completando a última nota ele de repente ele olha para traz. Meu sangue gela, sinto o pesar de seu olhos e gaguejo:
- Des-desculpa eu não queria lhe atrapalhar. - falo morrendo de vergonha. Ele suspira e fala.
- Pode entrar Lanna? - diz fixando seu olho em mim. Entro meio sem jeito.- Posso lhe chamar assim neh? - fala ele. Faço que sim com a cabeça me aproximo e sento do seu lado.
- Não sabia que você tocava piano. - digo olhando seus olhos. - Pensei que você só tocasse violão.
Ele abaixa a cabeça um minuto e diz : - E espero que eles continuem pensando que só toco violão, certos amigos meus não intenderiam o fato de eu tocar outro instrumento, eles acham coisa de homossexual, música erudita. - mais uma vez olho para ele e ele desvia o olhar.
- Que injustiça, você não devia dar ouvidos a isso, é pura mentira tocar piano não tem nada a ver com homosexualidade. - ele me olha.
- Você escutou por muito tempo eu tocando? - pergunta David.
- O suficiente para notar como você é bom, de verdade. - ele sorri, seu sorriso é tão abrasador que não resisto e sorrio também.
- Não sabia também que você fazia ballet. - diz se virando para mim.
- Há muitas coisas que você não sabe de mim. - ele solta um olhar desafiador, me encara por um segundo e sinto seu olhar me queimando, até que resolve falar.
- Mais isso não é por culpa minha, você que foi embora às pressas naquele dia. - levanta a sobrancelha e afirma. - Não é mesmo?!
Olho para o lado e quando tenho mais uma das minhas pimentas prontas para soltar, me viro para sua direção e sou supreendida por um beijo. Me sobressalto, delato os olhos, não esperava por essa, ele desliza a mão para minha nuca. Fecho os olhos, sua pressão contra mim se intensifica, quando estou preste a cair no chão ele me segura pela coxa, me leva em direção à parede. Meu choque é aliviado com mais um beijo, me explodindo de sensações, nunca beijei alguém tão intenso assim e isso me faz arrepiar. Seguro seu cabelo e o puxo para mais próximo de mim, sinto sua pressão apertando cada vez mais minha coxas, e seu beijo vai deslizando para meu pescoço, estou a flor da pele, ardor, calor, ele experimenta cada espacinho de pele minha dando pequenas beijocas no local, depois volta para minha boca que a suga como se a pertencesse, deixo me levar, aproveito a sensação, é maravilhosa. Tento mudar de posição mais seu corpo me impede, enquanto minha epiderme pede mais e mais . O que estou pensando, não posso prosseguir! Não devo! Um mar de insegurança me derruba e sou forçada a desacelerar, mais um pouco peço, mais sei que não devo então prossigo desacelerando.
Quando consigo ficar em pé, falo diante dos seus olhos.

Alanna ⭐️Onde histórias criam vida. Descubra agora