O que eu fiz de errado?

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*RM ON*

Lá se vai mais um tedioso dia. Sempre presto atenção aos pequenos detalhes, não gosto de respostas vagas. Não gosto de conversar, nem de sair de casa. Minha maior preocupação é o trabalho. Não tenho vida amorosa. Não tenho amigos. Acho que minha vida é tediosa. 

Levanto ás 6 horas da manhã, com meu despertador tocando. Aquele barulho estridente me irrita profundamente. Tenho que me segurar para não jogar o objeto na parede. Saio quase me arrastando da cama, e desligo o aparelho, me direciono ao banheiro. Lá faço minhas higienes matinais e troco de roupa. Coloco uma camisa social branca, uma calça de alfaitaria preto, uma meia cinza, e um sapato também preto, depois peguei um colete da mesma cor da calça, e para finalizar, coloquei meus óculos. Saí do cômodo e peguei minha mochila que uso para trabalhar. Fui para a cozinha e comi alguma coisa, só para sobrevivência, então saí de casa. Não demorou para eu chegar na escola. Adentrei no estabelecimento e fui para a sala dos professores, onde eu deixei minhas coisas e tomei um café. Bateu o sinal e eu fui até a sala em que eu daria a primeira aula do dia. 

- Olá turma sou o senhor Kim, não quero bagunça, sem gritaria, eu mando e vocês obedecem, sem duplas, sem pegação em sala de aula, todos quietos, se não fizerem as atividades passadas irão perder ponto, e vocês podem sim ficar com pontos negativos em minha matéria, o que mais? Minhas aulas serão divididas entre teórica e prática, estamos entendidos? 

Alunos- Sim senhor Kim!

- Ah, se alguém me chamar de "tio", vai ir para fora da sala. - olho para os alunos - Ótimo! Vamos começar. Os alunos novos venham aqui na frente e se apresentem. 

Vejo 5 alunas virem. Elas sobem no palquinho que tinha na sala e começam a apresentação tosca. 

4 já tinham ido, só faltava uma garota que não parecia ser coreana. 

- Olá, meu nome é Sn, prazer. - fala com cabeça baixa e volta ao seu assento

Eu senti que aquela garota não gostaria de estar aqui. Seu tom de vóz era baixo, tímido e eu consegui perceber um pouco de tristeza e insegurança. Pela primeira vez em 2 anos de carreira, vejo uma aluna que não se da bem com o resto da turma. Fiquei intrigado com isso, mesmo sendo o segundo dia de aula. Normalmente os alunos novos já são integrados na turma desde o primeiro dia, mas ela, bom, não entrou na turma.

Continuei minha aula normalmente, sempre tirando as dúvidas dos alunos, e sendo bem sincero, que dúvidas bestas! Até parece que eu não tinha explicado a matéria! Fico com ódio dessas pessoas, além de me irritar, atrasa os alunos que realmente estão prestando atenção. 

O sinal bate indicando a troca de aulas, e felizmente eu sairia daquela sala. Fui até a outra classe e comecei a mesma aula que tinha dado antes. E foi assim o dia inteiro, repetindo as mesmas palavras, as mesmas respostas, e as mesmas perguntas. Quando finalmente aquele período infernal tinha acabado, fui para minha casa, que parecia mais um inferno. Moro com meus pais ainda. Eles não me deixam sair de casa até meus 20 anos, ou seja, tem mais 2 anos vivendo com eles! 

Comecei a dar aulas quando eu tinha 16, por eu ser superdotado, eu pulei alguns anos da escola, me permitindo terminar a faculdade antes que todos, consequentemente entrando pro mercado de trabalho mais cedo. Mas nem minha inteligência fez meus pais mudarem de ideia. Eles nunca me deram atenção, carinho, amor ou qualquer fundamento básico, só me atolaram de estudos, que eu não precisava, e saíam para curtir, ou trabalhar. Aprendi a me virar sozinho. Diria que sou um sobrevivente do mundo sem amor. Porém eles dizem que eu sou imaturo, então não daria conta de morar sozinho, isso é, como se eu não tivesse morado "sozinho" a vida inteira. 

Cheguei em casa e abri a porta. Me deparo com as minhas figuras paternais sentadas na sala. Pela cara deles, a coisa não é boa. 

Jihyo- Onde você estava?!- esbraveja se levantando do sofá

- Trabalhando, porque?- respondo seco

San- Você se esqueceu que tinha o café da manhã com uma das maiores CEO's da Coréia?!- praticamente grita- Você sabe a vergonha que eu passei? Como eu tive que fazê-la esperar por você! 

- Não me esqueci, aliás, eu te avisei semana passada que eu não poderia comparecer porque minhas férias iriam acabar. - continuo calmo

San- Como ousa mentir! Você falou que podia!- deu ênfase na última palavra

- Sinto muito pai, mas você teve um equivoco. 

Jihyo- Está chamando seu pai de mentiroso?!- pergunta indignada

- Não tire palavras da minha boca!- aumentei meu tom 

San- Abaixe esse tom para falar com sua mãe! 

- Sinto muito, mas enquanto vocês não me respeitarem, não serei civilizado!- ergo mais minha vóz

San- Se é assim!

Só sinto uma ardência em minha bochecha esquerda, logo, levo minha mão até o local. 

- Quer saber?!- grito - Eu vou embora dessa merda de casa!

Jihyo- Não!

- Eu já sou de maior, posso tomar minhas próprias decisões!- subi para meu quarto e peguei minha mala.

Eu sabia que esse dia chegaria, então já deixei uma mala pronta com tudo que eu precisaria para sair de casa. Eu acho uma boa jogada, assim não perco tempo

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Foi isso amores!!!!!!!!!!!! Bjssss!!!!!!!!!!!!

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Talvez em uma próxima?- Kim Namjoon e SnOnde histórias criam vida. Descubra agora