Alfonso estava sentado no carro, esperando por Any, quando a viu saindo da empresa ao lado de Lucas. Uma onda de ciúmes o atingiu quando os viu conversando animadamente e Any sorrindo para Lucas.
- Por que ela está tão animada com ele? - observando Any e Lucas conversando pelo retrovisor
A insegurança cresceu dentro de Alfonso enquanto observava Any sorrindo para Lucas. Ele apertou o volante com força, tentando conter a irritação que borbulhava dentro dele. Alfonso assistiu, com um nó na garganta, enquanto Any e Lucas se despediam com um abraço caloroso. Ele sentiu um misto de raiva e desamparo enquanto Any se encaminhava em direção ao carro.
Any entra no carro com um sorriso no rosto, Alfonso tenta retribuir o cumprimento, mas sua expressão está tensa e seu sorriso parece forçado.
- Oi amor - depositando um selinho demorado
- Oi....
- Está tudo bem? - notando a tensão na expressão dele
- Só estou cansado
Nenhuma palavra foi dita. O caminho para casa foi silencioso, Alfonso perdido em seus pensamentos, apertando o volante com força, enquanto Any observava cada expressão dele. Menos de quinze minutos depois, eles já estavam em casa.
- O que você quer jantar?
- O que você fizer está bom.
- Poncho, o que está acontecendo? Por que está agindo assim?
- Eu vi você com aquele cara e aquilo me incomodou muito - por fim desabafou
- O Lucas? Ele é apenas um amigo, colega de trabalho.
- Você parecia estar se divertindo com ele.
- Você está com ciúmes?
- Estou... você tem passado muito tempo com ele, fala dele o tempo todo e vive de sorrisinho para ele. Você sorri para ele da mesma forma que sorria para mim.
- Não tem nada a ver, eu e ele estamos trabalhando juntos, somos apenas amigos. Quanto a você, você é o meu amor todinho, não tem nem comparação.
- O que eu vi dizia outra coisa!
- O que você viu?
- Vi você toda linda sorrindo para ele - nervoso
- Alfonso, você está vendo coisas que não existem. Eu te amo e sou sua namorada, não dele!
- É difícil acreditar nisso quando vejo vocês tão próximos, rindo e se divertindo.
- Você sabe que esse ciúmes não tem cabimento, né? Eu posso ter amigos, Alfonso! Não vou parar de falar com ele só porque você está inseguro!
- Não é só insegurança, Any. É sobre respeito! - alterando a voz
- Respeito? Eu nunca te desrespeitei! Eu não fiz nada de errado!
- Então por que você sempre fala dele? Por que ele está sempre na nossa vida?
- Porque ele é meu amigo e meu colega de trabalho! Eu passo mais tempo com ele do que com você porque eu estou trabalhando! Você não entende isso?
- Eu não entendo por que você parece mais feliz com ele do que comigo. Eu não entendo por que você sorri para ele como se ele fosse o centro do seu mundo!
- Eu não posso acreditar que você realmente pensa isso! Eu estou com você, Alfonso. Não com ele. Mas se você não consegue ver isso, então talvez o problema não seja eu!
- Talvez o problema seja você não perceber o quanto isso me machuca!
- E talvez você não perceba o quanto me dói que você não confia em mim!
A tensão no ar era palpável. Ambos respiravam pesadamente, as emoções à flor da pele. Alfonso observou Any se afastar, a dor evidente em seu rosto. Ele se sentiu um peso no peito, uma mistura de culpa e arrependimento. As palavras ditas em raiva agora ecoavam em sua mente, e ele percebia que talvez tenha ido longe demais.
Ele respirou fundo, tentando acalmar os ânimos, mas o peso da situação parecia esmagador. Ele sabia que precisava consertar as coisas.
Com um suspiro pesado, Alfonso se aproximou de Any, segurando-a suavemente pelos ombros. Seu olhar era cheio de remorso, enquanto ele buscava as palavras certas para expressar seu arrependimento.
- Any, eu... sinto muito. Eu não deveria ter deixado minhas inseguranças controlarem minhas palavras e minhas ações - disse Alfonso, sua voz carregada de sinceridade - Você é a pessoa mais importante para mim, e eu não quero perder você por causa de algo tão tolo como ciúmes.
Any olhou nos olhos de Alfonso, vendo a sinceridade em seu olhar. Ela sentiu uma mistura de emoções - mágoa, mas também esperança de que eles pudessem superar isso juntos.
- Eu também sinto muito, Poncho - respondeu ela, sua voz embargada pelas lágrimas - Eu não queria que chegasse a isso, mas eu me senti tão magoada...
Alfonso a abraçou com força, sentindo o calor de seu corpo contra o seu. Ele estava determinado a fazer o que fosse preciso para consertar as coisas.
- Me perdoe, tudo isso é novo pra mim, nunca senti isso antes, eu sei que exagerei, mas quando vi você sorrindo pra ele fiquei morrendo de ciúmes, eu sei que nada justifica - disse ele, segurando-a ainda mais perto - Eu te amo.
Any soltou um suspiro de alívio, sentindo um peso sendo retirado de seus ombros.
- Eu também te amo, Poncho - murmurou ela, sentindo-se grata por ter alguém como Alfonso ao seu lado - Ele é apenas um amigo, quando conhecê-lo melhor vai perceber que não há motivos para ciúmes
- Desculpe por agir como um idiota, não quero brigar com você nunca mais, me sinto um bobo. Não quero te perder
- Você não vai me perder
- Eu te amo tanto
- Eu também te amo
Com o coração batendo forte e a respiração entrecortada pela emoção, Alfonso e Any se aproximaram um do outro. Seus olhares se encontraram, cheios de amor e perdão mútuo. Em um momento de pura entrega e conexão, eles se beijaram apaixonadamente.
Os lábios de Alfonso encontraram os de Any em um gesto cheio de ternura e desejo. Era um beijo carregado de todas as emoções que haviam sido expressas naquela intensa discussão: amor, arrependimento, perdão e esperança.
Eles se entregaram ao momento, deixando para trás as mágoas do passado e focando no presente. Era como se aquele beijo fosse o símbolo da sua determinação em superar os obstáculos juntos, lado a lado.
O beijo se prolongou, como se quisessem selar o compromisso de ficarem juntos, não importa o que acontecesse. Era um momento de pura magia, onde o amor prevalecia sobre tudo.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam com os olhos brilhando e os corações cheios de esperança. Com um sorriso nos lábios e as mãos entrelaçadas, Alfonso e Any seguiram adiante, determinados a fazer o seu amor florescer ainda mais forte após aquela discussão.
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A filha da Empregada AyA (CANCELADA)
RomanceEles disseram que este era o tipo de amor impossível Mas éramos fortes o suficiente para lutar por esta vida Eu não posso parar este amor Não importa o que dizem, eu te amo.