Uma Piada Chamada Izuku Midoriya

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O dia seguinte despontou com os raios do sol se infiltrando em meu quarto. Eu, deitado e adormecido em meu sono profundo, me via tendo um sonho, ou melhor dizendo… um pesadelo que mais parecia uma realidade distorcida.

Estava em um lugar escurecido, com uma escada atrás de mim, estendendo-se até onde os meus olhos não podiam alcançar. Olhar para ela desencadeou um pavor visceral, fazendo meu estômago revirar. Como poderia sentir medo de uma escada…?

Um líquido estranho e sanguinolento começou a escorrer debaixo de meus pés calçados, descendo os degraus em direção ao desconhecido. Minha respiração acelerou, mal conseguia articular qualquer palavra enquanto sentia o desespero me consumindo. De modo repentino, um som distante de uma voz chamou meu nome, a primeira vez não atendi, na segunda vez também não.

Na terceira chamada, meus olhos se abriram abruptamente, acordando de uma só vez, mas a sensação de pavor ainda estava fresca. O suor frio banhava minha testa, e por um instante, questionei se havia realmente despertado daquele pesadelo ou se ainda estava perdido em sua influência.

— Midoriya? — Olhei para o lado e me deparei com Todoroki.

— H-Hã? — Respirei ofegante, me tranquilizando aos poucos. Tudo não passou de um pesadelo. — A-Ah… b-bom dia, Todoroki... — Me sentei na cama, coçando minha cabeça. — Que horas são...?

— Bom dia. Já vai dar oito horas da manhã. — Respondeu-me. — Você está bem? Parece assustado.

— Sim, sim… Eu estou bem, só tive um pesadelo… Calma, oito horas?! — Arregalando os olhos em desespero, eu pulei da cama. — Vou me atrasar para o trabalho! Preciso tomar um banho!

— M-Midoriya?! Espere um momento! — Me gritou.

Bakugo definitivamente fez isso outra vez! Com certeza desligou o despertador por se incomodar tanto com o barulho do alarme… Eu tinha um trabalho importante para chegar e precisava bolar uma estratégia para não chegar atrasado!

A ideia começou a se formar enquanto eu tentava fazer várias coisas ao mesmo tempo. Escovar os dentes no banho, vestir-me enquanto tomo café da manhã... Parecia loucura, mas era uma aposta que estava disposto a fazer para chegar a tempo! Então, ao abrir a porta do banheiro brutalmente, peguei minha escova de dentes de dentro do armário com espelho e apliquei o creme dental, fechei a porta e o espelho refletiu minha expressão em pânico.

O tempo estava correndo contra mim, então comecei a escovar os dentes com movimentos rápidos e desajeitados, me aproximando da banheira. Entretanto fiquei paralisado ao perceber que Bakugo estava dentro da banheira, tomando banho. Meus olhos se alargaram e permaneci estático e sem reação.

— Quer entrar? — Sorriu com malícia.

— H-Hum?! — Corado e surpreso, me engasguei com o creme dental em minha boca.

— Vamos, venha! Há espaço para mais um.

Bakugo se levantou e, num impulso, fechei os olhos e me virei na direção oposta. Meu coração batia descontroladamente; eu simplesmente não queria enfrentar aquela situação constrangedora. Com muita vergonha, corri para fora do banheiro e fechei a porta atrás de mim, sentando-me no chão, totalmente envergonhado após o acontecido. Aquilo foi demais para processar em tão pouco tempo…

🐾🐾🐾


Depois de um começo tão caótico pela manhã, fiz o melhor que pude para me aprontar e saí de casa com a esperança de chegar a tempo no trabalho. Deixei a casa aos cuidados de Todoroki, ele havia prometido que nada de ruim ocorreria com minha residência, protegeria tudo com suas garras e dentes felinos. Com passos apressados, corri em direção à lanchonete onde trabalhava.

Meus Bichinhos de EstimaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora