A Chegada Hora

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Naquela manhã tão tensa, como uma festa surpresa em um aniversário, minha mãe apareceu em minha casa. Por costume, minha mãe sempre me visitava uma vez ao mês desde minha chegada em Osaka, e normalmente eu recebia um aviso com um dia de antecedência para poder preparar a casa e me organizar para a visita. Contudo, agora sem celular e completamente distraído com os ocorridos do meu dia a dia, fizeram com que a aparição dela fosse uma verdadeira surpresa.

Eu ainda estava mexido com a agitação da manhã, e infelizmente os preparativos que normalmente antecediam a visita da minha mãe estavam ausentes. Enquanto andava com Kazinho e Todoroki totalmente humanos, até a sala, não podia deixar de pensar no quanto essa visita não havia sido planejada… era a primeira vez. Logo, finalmente cruzei a sala de estar e notei a presença de minha mãe, que estava sentada na poltrona.

Inko Midoriya, apesar do tempo, parecia não ter mudado nada. Ela continuava a mesma mulher elegante e graciosa que eu conhecia desde sempre. Seus cabelos, de um verde escuro, eram mantidos com o mesmo cuidado de sempre, caindo suavemente em torno de seu rosto. O brilho dos seus olhos verdes, gentis e calorosos, ainda era o mesmo que eu conhecia, refletindo um amor incondicional.

Além disso, minha mãe estava carregando sua bolsa de couro favorita, um presente que eu lhe havia dado no último aniversário dela. Era uma peça clássica, de cor marrom escura, bem cuidada e polida, que a destacava mais ainda. Quando ela me viu, um sorriso enorme se espalhou pelo seu rosto, iluminando o ambiente com uma expressão de alegria.

— Izuku! — Minha mãe exclamou ao se levantar da poltrona. Seus braços abriram-se automaticamente para um abraço, e eu não pude deixar de me aproximar rapidamente para correspondê-lo.

— Mãe! — Disse eu, envolvendo-a em um abraço apertado. — Não esperava que você viesse me visitar hoje.

— Você não estava atendendo minhas ligações, então fiquei bastante preocupada — Depois de nos soltarmos, ela me olhou com um cenho franzido, o que sempre significava que estava realmente preocupada. — O que houve? Assaltaram você?!

— Ah! Não, mãe! — Repliquei rapidamente, tentando acalmá-la. Ela tinha essa tendência a se preocupar mais do que o necessário. — E-Eu apenas deixei meu celular cair no chão. Não se preocupe! Mas… se não estava conseguindo ligar para mim pelo celular, por que não ligou para o telefone convencional?

— Ah, eu sempre me esqueço que ele existe — ela riu levemente, a expressão de preocupação dando lugar a um sorriso envergonhado. — Além disso, já estou tão acostumada a te ligar pelo celular que já não me recordo do número do seu telefone fixo. Perdão, filho.

— Está tudo bem, mãe — eu disse, tentando tranquilizá-la. — Eu deveria ter atualizado você sobre o número muito antes disso acontecer. Na verdade, nem me lembrei de que isso poderia ser um problema.

— Pois é, às vezes me esqueço de que você tem uma vida cheia de coisas para se preocupar, além de manter todo o seu contato atualizado. — Minha mãe disse, olhando ao redor da casa. Seus olhos então se fixaram em Todoroki e Kazinho, que estavam atrás de mim. — E vocês devem ser os amigos do meu filho, certo? Por um instante imaginei que pudesse ter errado de casa quando fui atendida pelo rapaz loiro.

— Oh, sim. — Disse Todoroki, falando primeiro, dando um leve aceno com a cabeça. — Me chamo Todoroki, e este ao meu lado é Bakugo. É um enorme prazer conhecer a senhora.

— S-Sim, prazer… em conhecê-la. — Kazinho parecia um pouco nervoso.

— Nós estamos morando juntos. — Expliquei, coçando a cabeça e dando um sorriso para suavizar a situação. — Temos dividido a casa há algum tempo.

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⏰ Última atualização: Oct 03 ⏰

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