O clima estava quente naquela manhã, os tripulantes trabalhavam no convés e Raven se mantinha ao lado de Noah no convés, enquanto o garoto navegava. Um vento leve batia, fazendo o Black Crow pegar um pouco de velocidade.
— Capitão! — Samuel sai da cozinha, acompanhado por Brisa. — Temos um pequeno problema…
— O que houve? — Ray questiona.
— Estamos sem ingredientes, porque certa pessoa… — Sam desvia seu olhar a Brisa. — acordou de madrugada e foi para a cozinha…
— Vai me dizer que nunca acordou de madrugada com fome? — Brisa questiona de braços cruzados.
— Não tem problema! — Ray responde. — De qualquer forma, iremos fazer uma pausa em Calamity!
— EM CALAMITY?? — A ruiva grita animada. — Está falando sério???
— Sim, nosso trajeto passa por lá, então decidimos fazer uma surpresa pra você! — Raven diz rindo.
— Muito obrigada, capitão!! — A ruiva diz emocionada, com seus olhos brilhando.
— Espera…Calamity? — Annie questiona, fazendo com que os olhares se voltem para ela. — Não, não, não…esse é um dos locais mais perigosos para se ir! Tem criaturas horríveis lá, por que está tão feliz para ir?
— É de onde eu vim. — Brisa resonde seca, encarando a princesa com desaprovação.
— Mas…você é uma elfa! — Uma expressão confusa se forma no rosto da princesa e Brisa esconde suas orelhas atrás do cabelo. — Não veio de Naelem?
— Eu sou metade elfa! — Brisa corrige a princesa. — Meu pai era um elfo e minha mãe uma humana, mas eu fui uma gravidez indesejada. Então eles me largaram em Calamity. Felizmente, uma família de goblins me adotou e cuidaram de mim!
— Eles…adotaram você? — Annie fica sem graça por ter feito os comentários maldosos. — Desculpe…eu…eu não sabia.
— Ela…se desculpou? — Samuel cochicha para Brisa.
— Achei que só eu estava alucinando… — Brisa responde. — Que bicho mordeu ela?
— Você poderia me ensinar mais sobre o lugar de onde veio? — Annie pergunta à ruiva.
— Hã… — Brisa diz com certo receio. — Claro, posso sim! Quando chegarmos lá eu faço um tour com você!
— Aí, o que fez com a princesa? — Samuel pergunta a Ray sussurrando, enquanto ri. — Lavagem cerebral?
— Não… — Raven responde, sem tirar os olhos da princesa. — Ela apenas está tentando se enturmar!
— Que pena…mal sabe que… — Samuel sussurra, mas é interrompido pelo imediato.
— Sam, não é hora de falar disso!
— Certo…desculpe! — Sam diz, confuso com a situação.
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Após mais algum tempo de viagem, os tripulantes finalmente chegam a Calamity. Brisa desce animada do navio, acompanhada da princesa, que ouvia atentamente a elfa falar sobre o local, enquanto mantinha um sorriso no rosto.
Ao adentrarem a cidade, os piratas se deparam com todo o tipo de criatura, haviam goblins pequenos, com olhos esbugalhados e orelhas grandes, andando de um jeito desajeitado e roubando discretamente algumas criaturas. Também haviam trolls e orcs, altos e fortes, fazendo barulhos ao andar com passos pesados. Alguns carregavam armas grandes, como machados. Também haviam pessoas mascaradas que carregavam cestas cheias de poções e bugigangas. Fadas voavam pelo local, deixando um pouco de pó mágico cair por onde passavam, fazendo com que provocasse espirros em algumas criaturas.
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Manual para piratas e princesas rebeldes
FantasyQuando o mulherengo Raven Monroe, capitão pirata do "Black Crow", é amaldiçoado por um tesouro antigo, ele se vê obrigado a correr contra o tempo para quebrar o feitiço ou perecer. Ao saber que a única maneira de salvar sua vida é sacrificando a de...