Evandrew Peverell

Capítulo 12 - Confronto

Inesperadamente, Evan abriu um sorriso frio, e seus olhos adquiriram um brilho verde maldição de morte cruel, e a sensação térmica da sala pareceu cair alguns graus. Ele encarou Voldemort desafiadoramente sem um único sinal de insegurança ou intimidação, o que desagradou profundamente o mago mais velho.

— Também ouvi muito sobre você, o grande e mal Lorde das Trevas, Voldemort. Nunca pensei que nos conheceríamos dessa forma, veja só como o destino pode ser surpreendente 

Mesmo sem marca negra queimando em sua carne, o corpo de Elijah estremeceu por força do hábito devido a longos anos de dor que condicionaram a esse comportamento em seu ser. Assim como Lucius e os Lestrange estremeceram de dor, Bella por outro lado riu da queimação em seu braço.

Narcissa e Draco também estremeceram diante da impetuosidade imprudente do jovem moreno.

— Devo acrescentar que os rumores que eu acreditava serem exagerados realmente fazem jus a sua aparência — Ele bufou desdenhoso — É medonha e nojenta, se me permite dizer — Evan franziu seu rosto em uma careta enjoada.

Todos na sala prenderam a respiração e engoliram em seco com esse comentário.

Elijah trêmulo e paralisado pelo terror estendeu discretamente a mão para alcançar o menino, na tentativa de adverti-lo e fazê-lo retornar ao juízo, antes que acabasse causando a morte precoce de ambos uma segunda vez. 

Porém ao trocarem olhares o antigo Comensal percebeu que não era imprudência que o movia, Evan estava plenamente ciente do que estava fazendo e estava confiante do que quer que estivesse planejando realizar com seu ato de insubordinação. 

Essa revelação, no entanto, não fez muito pelo coração inquieto do homem mais velho, que se sentia à beira de uma crise sem precedentes.

O olhar furioso de Bellatrix Lestrange se fixou em Evan, sua irritação mal contida. 

As unhas dela cravaram na madeira da mesa com força arranhando o móvel e fazendo com que lascas penetrassem por debaixo delas. Seus dentes rangeram ao serem serrados com força. Ela foi a primeira a quebrar o silêncio, se erguendo em sobressalto, ardendo em raiva.

— Como você ousa!?

O Lorde das trevas com uma rapidez realmente impressionante ergueu sua varinha na direção do jovem audacioso. Como uma cobra dando o bote com precisão letal. 

Nagini que até então estava tranquila enrolada aos pés de Voldemort, se interessou pela discussão. Ela foi capaz de captar o cheiro de seu Tom vindo do menino moreno, o que a deixou curiosa. Seu Tom não era mais o mesmo a anos, ele se irritava fácil e sempre fedia a uma mistura de medo e raiva como se essas fossem as únicas emoções que lhe sobraram, ela odiou ter de assistir a queda dele há loucura sem poder impedir ou salvá-lo. Seu Tom não voltaria mais, ela aceitou isso, seu garoto sonhador se perdeu onde ela não poderia recuperá-lo. Mas agora havia um filhote que cheirava como ele, mas também cheirava confuso como várias coisas, mas também cheirava sombrio e a morte.

— Crucio — Proferiu e uma luz vermelha saltou de sua varinha, rápida e cruel como o bote de uma víbora.

Elijah tentou se interpor entre o feitiço e o adolescente. Mas foi impedido pelo mais novo.

O feitiço foi bloqueado por um escudo translúcido a poucos centímetros do alvo, fazendo todos os observadores suspirarem audivelmente surpresos.

— Vai ter que fazer melhor — Provocou com os olhos se curvando em meias luas risonhas — Mas eu pensaria melhor se fosse você antes de ser precipitado e me deixar levar pela raiva, nunca se sabe que tipo de item valioso e delicado a pessoa do outro lado está carregando — Ele ergue uma corrente com um cordão simples com um frasco na ponta com o que parecia ser um tipo de lodo viscoso e nojento.