Capítulo 6 - Arquipélago (part I)

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— Segundo — Ele ergueu um segundo dedo —  Oferecemos um estoque de Lágrimas da Lua, que são uma versão melhor de Mata-Cão, sem acônito e outras substâncias prejudiciais a longo prazo, e estamos trabalhando no desenvolvimento de uma poção de uso único que visa corrigir completamente o problema de insanidade licantropa. 

Um terceiro dedo foi erguido.

— Terceiro, temos uma equipe de 5 Medi-magis especializados no tratamento de criaturas, que trabalham  em nossa clínica recém inaugurada. A rede de flu da clínica poderá ser conectada em sua residência, com algumas restrições de uso e seu neto também terá direito a uma chave de portal que o levará direto para nós em caso de emergência.

— Em quarto lugar, as leis do ministério da magia britânico só tem um certo grau de autoridade sobre o jovem Longbottom, enquanto ele permanece em solo britânico, é esperado que ele cumpra suas leis, contudo devido ao meu título mágico nenhuma punição poderá ser concedida pelo ministério a ele, uma vez que será legalmente um cidadão de um reino independente. Em contrapartida ele deve seguir nossas leis — Evan apresentou um livro consideravelmente grosso de leis a dupla.

— Não vou mentir, somos falhos, nossas leis são espelhadas de outras nações, e estão passando por um extenso processo de formulação, além disso pecamos em vários aspectos como nação independente recém fundada, e somo dependentes de alianças como a que possuímos com a nação goblin, devido a nossa instabilidade e constante evolução. Então sim, nós somos uma aposta arriscada, mas posso assegurar a aqueles que vêm até mim em busca de auxílio, encontram estabilidade e proteção superior a oferecida por qualquer uma das outras alternativas. Como regente eleito do arquipélago Peverell luto por meu povo, por cada indivíduo sob minha guarda, não com promessas fantasiosas de um futuro utópico, e não por um conceito como o bem maior.

— Entendo que confiar seu neto a mim é uma decisão dura e difícil, mais definitivamente a melhor escolha disponível, não posso e não vou forçar sua decisão cabe apenas a vocês decidirem o futuro, em específico cabe principalmente a Neville, pois a vida dele é o que está em jogo aqui — Evan terminou seu discurso.

— Posso ter um tempo para averiguar a cópia do livro de leis? Quero ter certeza de que meu neto manterá seus direitos humanos básicos. — Augusta solicitou, com uma expressão em branco.

— Como desejar, aguardamos seu contato em um futuro próximo, podemos até agendar uma visita ao arquipélago se necessário — Evandrew trocou um aperto de mãos com a matriarca.

— Espero que nós nos encontremos em um futuro próximo — Augusta se despediu, escoltando Neville para fora da sala.

— Devo admitir que estou surpreso, jamais esperei que você tivesse jeito com as palavras, mas parece que me enganei — Elijah comentou.

— Se acostume, você se enganou sobre muitas coisas a meu respeito — Evan desdenhou.

Por um momento o clima na sala ficou desconfortável.

O homem mais velho suspirou derrotado.

— Tem razão, me enganei muito, eu presumi por conta própria coisas que não cabiam a mim presumir, e fechei meus olhos para os sinais mais óbvios de que algo estava errado — Reconheceu.

— Não preciso de um pedido de desculpas — Evan desconsiderou.

— Ainda assim eu te devo um, eu falhei com você ao longo de todos esses anos, e pode ser tarde para me redimir, ainda assim gostaria que pudéssemos vir a conseguir uma convivência pacífica, te devo muito, inclusive minha vida, então se puder aceite minhas sinceras desculpas pelo meu comportamento nos últimos cinco anos.

Evandrew PeverellOnde histórias criam vida. Descubra agora