Tom estava muito confuso.
A apenas um momento atrás, ele estava desaparecendo depois que o diário foi perfurado por Potter com uma das presas do basilisco. Ao mesmo tempo, lembrava-se vividamente do momento em que, com uma sensação de raiva e uma pontada de traição, ele matou seu pai e avós na mansão Riddle, utilizando o assassinato para criar a horcrux do anel Gaunt.
A confusão aumentava quando se lembrava de envenenar Hepzibah Smith, após passar horas ouvindo-a se gabar de como sua família descendia da própria fundadora da casa Lufa-Lufa e de como colocou suas mãos ganânciosas na honravel relíquia de Salazar depois que uma mulher estúpida o vendeu por algumas poucas moedas, como se ela tivesse o direito de rir das poucas moedas que garantiram que a vida de Tom prosperasse até o final da gestação. Foi inesperadamente gratificante para ele observando-a morrer lentamente enquanto usava sua morte para infundir sua alma na taça da Lufa-Lufa.
Simultaneamente, ele sentia como se tivesse acabado de matar um mendigo que tentou roubá-lo em um beco sombrio e imundo, para criar a Horcrux no medalhão de Salazar Sonserina, foi indigno se levado em consideração o valor da relíquia de um dos fundadores, mas Tom sempre acreditou que mortes deviam ter propósitos, caso contrário seriam apenas derramamento de sangue desnecessário.
Sua mente girava enquanto se lembrava do diadema de Rowena Corvinal, oculto por séculos, finalmente encontrado e transformado em uma Horcrux.
E ele também tinha a impressão de viver sua existência movido por raiva e ódio efervescente e sem sentido.
Cada uma dessas lembranças fragmentadas e sobrepostas eram claras e distintas, mas sua sequência lógica estava perdida, como peças de um quebra-cabeça misturadas.
O desconforto inicial com essa desordem mental começou a transformar-se em uma profunda preocupação. A mente de Tom sempre foi sua grande arma, uma fortaleza de controle e planejamento. Agora, ele se encontrava incapaz de ordenar suas próprias memórias. E além disso, em seu interior ele era capaz de notar uma ausência estranha e dolorosa, como se algo essencial lhe fosse roubado.
Ele tentou focar, puxar a magia que sempre estivera à sua disposição para ajudá-lo a recuperar a compostura, mas tudo que encontrou foi apenas o vazio. Sua magia, que sempre esteve ali, poderosa e implacável, estava ausente. A ausência era total, como se um buraco negro tivesse se formado onde antes havia um núcleo de poder pulsante.
O pavor se instaurou em seu ser, crescendo de uma mera preocupação para terror absoluto. Tom Marvolo Riddle, o Lorde das Trevas, o bruxo mais temido do século, estava agora desprovido de sua maior força. A percepção de sua impotência o envolveu completamente, deixando-o em um estado de vulnerabilidade que ele nunca havia experimentado antes. Ele, que sempre controlava o medo nos outros, agora estava à mercê de seu próprio terror.
O garoto mais velho encarou intensamente Evan, mas devido ao seu estado mental seus olhos entregavam o fato de que ele estava à beira da histeria.
— O que você fez comigo?! — Exigiu saber do menino desconhecido a sua frente, sua voz ecoou pela câmara, carregada de desespero e fúria.
Evan sorriu, seus olhos brilhando com um divertimento sombrio.
— Apenas restaurei você ao que devia ser, eu desfiz o seu trabalho, Tom — Respondeu Evan calmamente — Destruí as suas Horcruxes, uma a uma. Toda a sua busca pela imortalidade, todo o seu esforço para dividir sua alma e se proteger da morte... eu desmanchei tudo — O brilho da satisfação nos olhos de Evan era inconfundível. — Você não é mais imortal, Tom. Agora, você é apenas um homem. Um homem sem poder cuja vida, magia e futuro estão na palma da minha mão.
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Evandrew Peverell
FanfictionHoje é um dia infeliz e doloroso para toda nossa comunidade, nosso salvador, Harry Potter foi achado já sem vida em sua própria residência. Junto do corpo do jovem mago, foi encontrada uma carta. . . . Caro destinatário, Presumo que está a se pergu...