MENTIRAS e SEGREDOS | romanogers
Separados no parto, irmãos gêmeos foram condenados a viverem separados. Ethan, ficou com o pai; Steve, continuou com a mãe, achando ser filho único.
Eles cresceram sem saber da existência de uma pessoa idêntica ao s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
━━━ Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ 27 ━━━━━━━━━━
A nova rotina que Steve aderiu após a sua mudança para Manhattan ainda era algo estranho de associar. A cama king size parecia grande demais, os edifícios através da enorme janela eram uma paisagem desconhecida, e o café da manhã pronto antes que ele pudesse ter a oportunidade de ligar a cafeteira ainda era lá algo incomum.
Sua mãe não era mais a primeira pessoa a se movimentar em casa, e sim Jemma, a enfermeira, invadindo o quarto de sua mãe para entregar os primeiros medicamentos do dia. O som suave de suas conversas era a primeira indicação de que a casa estava acordando.
Enquanto isso, a cozinheira, uma moça chamada Valkerye, já fazia os primeiros preparativos no andar inferior, o cheiro de pão fresco e café filtrado começando a se espalhar pela casa.
Na sala de estar, os móveis modernos e elegantes ainda pareciam frios e impessoais para Steve, que estava acostumado com a mobília aconchegante e familiar da antiga casa. Cada detalhe, desde os tapetes luxuosos até a iluminação embutida, ressaltava a distância entre sua vida antiga e a nova.
Ainda não havia muitos detalhes dele e de Sarah pela residência – detalhes importantes para aceitarem aquela casa como um lar. As caixas ainda estavam estocadas pelos cantos, necessitando de um tempo extra para serem desfeitas. Quadros e fotos, que costumavam adornar as paredes de seu antigo lar, permaneciam guardados, esperando o momento certo para serem pendurados.
Seguindo o rastro do cheiro de café, Steve desceu as escadas e deparou-se com uma mesa simplória, sem nenhum luxo exorbitante comparado aos cafés da manhã no apartamento de Ethan.
Ele sabia que havia dedo de sua mãe, provavelmente orientando que pretendia estender a simplicidade do Brooklyn para o novo lar. A mesa estava posta com pratos e xícaras comuns, o pão caseiro recém-saído do forno, a geleia feita em casa, as frutas dispostas em bowls de porcelana, e o café fresco lembravam-no de manhãs mais simples e acolhedoras.
A cozinha, com seus eletrodomésticos de última geração e bancadas de mármore, contrastava com a simplicidade da refeição. Steve sentou-se à mesa, observando a luz do sol entrar pelas janelas enormes, iluminando o espaço de forma quase irreal.
— Bom dia — ele ofereceu ao encontrar Valkerye, ainda empenhada diante do fogão.
— Bom dia, Steve — ela sorriu. — Ovos?
— Eu posso fazê-los — Steve mencionou, ganhando um olhar desconfiado.
— Ninguém toca no meu fogão — Val o alertou, ganhando um meio sorriso.
— Pode ser três ovos, então — ele respondeu ao se servir de café.
Alguns minutos foram o suficiente para que ela pudesse servi-lo.
