Às seis da tarde bate a saudade
De tudo o que a gente viveu
E tudo o que teríamos para viver
Se eu não fosse dessa maneira
Às seis da tarde ingiro as pílulas
Que eram para mais além
Recorrendo aos fármacos
Porque você não me responde
Às seis da tarde eu me deito
Enrolado em cobertores
E torço fervorosamente
Para que o dia acabe
Às seis da tarde todos me visitam
Fantasmas e demônios
Do passado, presente e futuro
Mas você... bom, você nunca vem
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POEMAS DE UM BORDERLINE
PoesiaPoemas de um borderline escritos enquanto internado em uma clínica psiquiátrica.