𝒞𝒶𝓅𝒾́𝓉𝓊𝓁ℴ 9

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Helena não fazia ideia que sentia falta de sua voz falando seu nome até ouvir.

— Boa noite Dylan.

— Como você está?

— Estou bem e você? Como foi a viagem? Thomas me contou.

— Bem, foi tudo bem. Estão acordados?

— Não. Quer dizer... Eles não estão aqui, George os buscou.

— Ah entendi.

Ficaram em silêncio se olhando, até que Helena percebeu que a roupa que estava usando, era um tanto sensual para uma conversa casual na porta de casa.

— Quer entrar? Estava assistindo um filme.

— Não queria atrapalhar, só vim ver como estavam.

— Não atrapalhou, por favor.

Abriu mais a porta fazendo menção para que Dylan entrasse. E assim ele fez.

Se sentou no sofá e Helena se sentou em seguida. Estava nervosa.

— Então, como foi a conversa com eles?

— Bom, Thomas não lidou muito bem. Está distante e irritado, mas espero que isso melhore com o tempo. Olívia até que está bem, na medida do possível.

— Imagino. E você como está com tudo isso?

— Ah estou bem, eu acho. Um dia de cada vez não é?!

— Sim, nada melhor do que isso.

— Quer um pouco de vinho? Vou pegar um taça para você.

— Obrigado.

Saiu da sala e se dirigiu até a cozinha. Pegou a taça e antes de voltar, o analisou por um canto. Dylan estava usando um suéter azul escuro, seu cabelo estava com cada fio em seu devido lugar. Estava mechendo no celular, então não percebeu enquanto ela o observava.

Voltou para a sala e Dylan deixou o celular de lado, dando toda sua atenção à ela. Colocou um pouco de vinho na taça e a entregou para ele.

— Obrigado. Que filme está assistindo?

— A casa de vidro.

— Esse é bom. Antigo, mas é bom.

— Sim, as vezes assisto todos os filmes antigos novamente, parece que as produções atuais não agradam muito meu senso crítico.

Dylan sorriu diante da explicação de Helena. Percebeu que ela estava nervosa e por isso estava falando rápido e sem pausa.

— Também faço isso.

O silêncio retornou novamente. Dylan tomou um gole do vinho, enquanto Helena bebia toda a taça e colocava mais um pouco.

— Da última vez que você bebeu assim, ficamos em uma situação estranha.

Helena engasgou e começou a tossir.

— Sobre isso...

— Calma Helena, eu só estava brincando com você.

— Desculpa por aquele dia, eu não sei onde eu estava com a cabeça.

— Não precisa se desculpar, pelo que eu me lembre você não colocou um arma na minha cabeça e me obrigou a te beijar.

— Não, não fiz isso. Mas eu praticamente te agarrei, foi errado...

— Helena, eu continuei o beijo porque eu quis. Para de se culpar.

Colocou a mão em seu ombro tentando lhe passar conforto, mas percebeu que não funcionou.

— Se for para alguém se sentir culpado, teria que ser eu. George é meu melhor amigo desde que eu nasci, se alguém estava errado, não era você.

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