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Acordar com um presente em sua porta rapidamente virou rotina na vida de Louis. Durante seis dias, ele se deparou com vidros de leite, manteiga, queijos, iogurtes e o seu favorito, os potes de doce de leite. Todos eles eram acompanhados de um bilhete, que sempre dizia para ele aproveitar e contar o que achou, seguidos, claro, do nome de Harry.
No sétimo dia, em vez de um produto da fazenda, Louis encontrou um buquê de flores silvestres na porta. O bilhete, desta vez, era um pouco diferente:
“Gostaria de te ver novamente. Estarei te esperando hoje no final do seu expediente no Cabaret Countryside.
Harry.”Louis sentiu um calor subir por seu rosto. Ele não estava acostumado com esse tipo de atenção, especialmente de alguém tão enigmático.
Depois de passar toda a noite pensando se realmente faria aquilo, ali estava ele, de banho tomado e com a mochila nas costas, esperando em frente ao clube.
A brisa da noite acariciava seu rosto, mas não conseguia acalmar os pensamentos que corriam pela sua mente. Ele olhou para os lados, tentando disfarçar seu nervosismo.
A cada caminhonete velha que se aproximava, Louis se odiava ainda mais por ter se permitido estar ali. Seu coração dava saltos, apenas para desacelerar novamente quando percebia que não era Annabeth.
Ele reconheceu várias caminhonetes que pertenciam aos clientes regulares do cabaré. E se algum deles o reconhecesse ali, sem a maquiagem, sem as roupas extravagantes? Ele estava vulnerável, exposto de uma forma que raramente se permitia estar.
Finalmente, após longos minutos de espera, uma caminhonete familiar virou a esquina. Louis reconheceu a forma desgastada e a cor pálida de Annabeth.
A caminhonete diminuiu a velocidade e parou em frente a ele. Harry apoiou o braço sobre a janela, seus olhos imediatamente encontrando os de Louis.
― Pronto para a nossa aventura? — perguntou com um brilho divertido e acolhedor em seus olhos.
Louis assentiu, sentindo toda a ansiedade se dissipar. Ele caminhou até a caminhonete, colocando a mochila na parte de trás e subindo no banco do passageiro.
— Pronto.
Harry sorriu e deu partida, deixando o local para trás.
— Dessa vez, sou eu quem escolhe o lugar para jantar — declarou Harry, seu tom de voz firme, mas amigável.
Louis arqueou uma sobrancelha, curioso.
— Vamos jantar então? E onde exatamente você pretende me levar?
Harry apenas sorriu, mantendo um ar de mistério enquanto dirigia pela estrada tranquila. A caminhonete balançava levemente, o som do motor preenchendo o silêncio confortável entre eles.
Era irritante a forma com que ele simplesmente escolhia se responderia ou não uma pergunta que lhe foi feita. Como uma cavalo selvagem, primitivo demais para ser domado.
Depois de alguns minutos, a caminhonete virou em uma estrada de cascalho que levava a um lugar que Louis ainda não conhecia. À medida que avançavam, ele começou a ver uma construção rústica, iluminada por luzes amareladas e aconchegantes. Uma placa desgastada, mas ainda legível, pendia sobre a entrada: "Old Red Lion".
Harry estacionou a caminhonete e desligou o motor, virando-se para Louis com um sorriso satisfeito.
— Esse bar é do meu amigo, Sam. Espero que você goste. — anunciou Harry, abrindo a porta e saindo da caminhonete.
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Cabaret - l.s
FanfictionHarold, ou Harry, como preferia ser chamado, sempre foi um bom garoto. Calado e trabalhador eram os adjetivos que seu pai costumava usar ao elogiá-lo para os visitantes da velha Fazenda Céu Azul. Harry levou sua vida de forma simples e feliz por mui...