Fallen Star

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Harry desceu as escadas de madrugada em sua fazenda, seus passos leves e cautelosos. O silêncio da noite era interrompido apenas pelo ocasional ranger dos degraus de madeira.

Ele estava tendo uma de suas usuais noites de insônia, incapaz de encontrar descanso.

Ao chegar na cozinha, Styles foi surpreendido por uma figura familiar. Vovó Mary estava sentada à mesa, uma xícara de chá quente em suas mãos enrugadas.

O olhar dela encontrou o do fazendeiro.

— Veio me fazer companhia, querido? — ela perguntou com uma voz suave.

Harry deu um pequeno sorriso, puxou uma cadeira e se sentou ao seu lado, apreciando o calor da presença de sua avó e do chá recém-preparado que ela ofereceu.

— Sim, não estava conseguindo dormir e não queria incomodar Louis revirando na cama a noite toda. — Ele disse ao que se servia do chá, parecia ser camomila.

— Parece que essa maldita genética nunca falha mesmo, hm? — A velhota disse rindo, se referindo ao fato de ambos estarem impossibilitados de dormir. — E eu não quero saber de você atrapalhando o sono de Louis, sim? Ele tem se esforçado muito na fazenda.

Styles negou com a cabeça enquanto ria. Era correto dizer que Tomlinson estava se esforçando para encontrar algo que gostasse de fazer na fazenda, mesmo que, ainda assim, o trabalho do fazendeiro fosse muito mais intenso. Ele entendia o que sua avó queria dizer.

— Ele estará bem, vovó, eu prometo. — Disse após tomar um gole de seu chá. — Ele me contou que vocês tiveram uma conversa... — Tentou introduzir o assunto, estava mortalmente curioso.

— Oh, sim, ele está preocupado com algumas coisas em relação a vocês e eu o disse que é bobeira. — A idosa disse como se tratasse de algo muito banal.

— É mesmo? A senhora acha uma bobeira? — Harry perguntou, apenas queria ouvi-la dizer.

— Claro! O que os outros têm a ver se sua esposa é uma menina ou um menino!?

Styles precisou tapar sua boca para segurar uma gargalhada que acordaria a casa inteira. Sua avó realmente era o amor de sua vida.

— Louis não é minha esposa, vovó...

— Bom, ainda não vi como ele cozinha, mas tenho certeza de que Louis seria ótimo. Devia considerar isso... — Ela disse ainda um tanto aborrecida com a reação de seu neto.

O fazendeiro apenas assentiu enquanto segurava a caneca com a mão oposta.

— Acredite, eu tenho considerado, vovó...

. . .

Tomlinson caminhava pelos campos da fazenda, os pés afundando levemente na terra macia. Uma sensação de paz o envolvia, mas ao mesmo tempo, um sentimento de inquietação o perturbava.

Ele pensava em como poderia ajudar Harry na fazenda, quais habilidades poderia oferecer. Queria mostrar que não estava ali apenas como um peso, mas como alguém disposto a colaborar e a fazer parte daquela vida. Mesmo que, efetivamente, não estivesse fazendo muito.

Louis observou com curiosidade um grupo de três homens colhendo laranjas na pequena plantação. Os homens trabalhavam com eficiência, conversando animadamente enquanto enchiam sacos com as frutas maduras.

Ele se aproximou silenciosamente e, enquanto observava, começou a formular um plano em sua mente. Talvez ele pudesse se juntar à equipe de colheita e ajudar de alguma forma.

Tomlinson se aproximou do grupo, pronto para oferecer sua ajuda.

— Hm, olá, com licença... Eu sou Louis, sou novo na fazenda e, bem... Eu queria saber se posso ajudá-los na colheita.

Cabaret - l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora