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Yelena Belova

Lá estava ele, amarrando minha boca com um pano pra eu não conseguir gritar por ajuda, quanto mais eu tento gritar, mais eu falho. Só queria parar de sentir aquelas mãos nojenta em mim, queria me sentir limpa de volta!

- Yelena... vem cá minha criança, vem, vamos brincar... - sua voz carregada de maldade me assusta.

- Meu pai não deixa. - Respondo chorosa.

- É só você não contar pra ele e tudo fica bem. - Responde passando as suas mãos podre por mim.

Acordo num pulo, estava suada e chorando, droga! De novo não, de novo não, ele de novo não.

Me levanto chorando desesperada, sempre que eu sonho com isso fico o dia inteiro em casa com medo de sair. Meus pais não tava em casa, estava viajando a negócios, Natasha não para em casa, só fica em festa bebendo e comendo um monte de puta. Kate está na casa do pai dela, resumindo estou sozinha.

Sempre estive, até porque eu não contei pra ninguém além da Kate, sobre o que aconteceu comigo. Prefiro continuar sem contar, por conhecer a minha irmã, Natasha iria matar ele com a própria mão. E eu não quero minha irmã na cadeia.

Vou pro banheiro e passo um longo tempo lá até criar coragem pra sair, escovo meus dentes e vou pro meu closet. Iria faltar hoje no treino, então opto por um short jeans curto e uma blusa grande. Desço pra cozinha para comer algo.

- Bom dia Dorota. - Dou um pequeno sorriso pra ela.

Dorota já trabalha aqui dês de quando eu era criança, não sei como ela ainda aguenta trabalhar. Porém, tem pessoas que precisa trabalhar pra sobreviver. Enfim, viva a desigualdade social.

- Bom dia Yelena, tem pão fresco, panqueca com Nutella, uva e cereal se você quiser.

- Vou ficar com o cereal, obrigada.

Coloco leite na vasilha e a metade do cereal, estou depressiva, não me julgue. Subo de volta pro meu quarto e fico assistindo um filme de terror até eu terminar de comer. Estou voltando pra cozinha quando vejo Natasha entrar e quase não conseguir ficar em pé, deixo a vasilha de lado e vou ajudar ela.

- Natasha que merda! - Exclamo brava segurando ela.

- Oii irmãzinha, saudades de você. - Nat começa a beijar meu rosto.

Sinto vontade de vomitar por sentir esse cheiro de bebida e maconha misturado.

- Para com essa merda! - Faço ela parar de me beijar.

- Tá bravinha, tá? - Nat debocha.

Dou um soco na cara dela e ela me olha sem acreditar.

- Você me bateu? - quase não consigo entender por sua fala sair toda embolada.

- Cala a porra da boca.

Com muito esforço e força, consegui levar Natasha até seu quarto. Enfio ela dentro do box e ligo na água gelada.

- Porra tá gelada! - Fala tremendo por um momento.

- Pra quem não é acostumando a tomar banho, aí fica difícil. - cruzo os braços.

Depois de um tempo ajudo ela tirar a roupa dela, saio e vou no closet dela pegar algo pra ela vestir e dormir confortável.

Fala sério, eu com 17 cuidado de uma velha dessa, só pode ser brincadeira. Eu devo te tacado pedra na cruz uai.

Volto com uma cueca preta da Calvin Klein, um short do Bob Esponja e um top pra ela vestir. Ajudo a morte lenta da Natasha se vestir e deito ela na cama.

Paixão por um contrato.Onde histórias criam vida. Descubra agora