Capítulo| 15 •

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Zerath Aszkher

— Uma mensagem de Klaystaros acabou de chegar em nome do rei.

Me viro quando Hylos entra na tenda, carregando a mensagem em questão nas mãos. Deixo de lado minhas anotações e marcações dos próximos campos próximos às linhas do sul que iríamos invadir, dominado por desertores do reino e criminosos que estavam sendo procurados. Suas sentenças eram apenas uma.

Morte.

O macho se aproxima, seus cabelos firmemente presos, e noto uma trança a mais circulando sua barba grisalha. Sinal de que o encontro no vale Ezir com os guerreiros de Askalos fora uma grande vitória para nós. Hoje, estive a maior parte do dia ocupado. Já faz alguns dias que chegamos, quase um ciclo lunar completo, para ser exato, e Yalak não será nosso lar para sempre. Uma hora, precisarei voltar para Klaystaros e encarar meus deveres. Algo que venho evitando há muito tempo.

— Do que se trata? — indago, recolhendo a mensagem de suas mãos calejadas pelas batalhas passadas.

— Não tenho ideia, meu senhor. Como fora ordenado, a mensagem não fora inspecionada sem a sua permissão.

— Tudo bem. Ao menos, alguém aqui entende a diferença de seu lugar e deveres. Obrigado, Hylos.

Ele assente, se curvando enquanto me reverencia, pronto para sair. Já com a mensagem em mãos, antes que permita sua saída, Hylos se vira mais uma vez.

— E, meu senhor... sobre a fêmea que pedira que eu estivesse de olho.

Uma sobrancelha ficou suspensa em minha testa. De repente, meu interesse se tornou mútuo.

— Algo que eu deva saber?

— Estive perguntando por aí sobre ela. Dizem que ela é uma espécie diferente, run... ruman?

Rumanon. — completo.

— Isso! — Hylos demonstra uma expressão de surpresa, mas não questiona. — Algo assim.

— Por que tenho a impressão que você esconde algo?

Ele desvia o olhar, parecendo constrangido. Nunca o vira dessa forma. Hylos é o tipo sério que mantém sua atenção apenas em seus deveres como guerreiro no exército real de Klaystaros. Vê-lo agir dessa maneira é curioso.

— Meu senhor... algumas línguas disseram coisas que... — ele se afasta da saída da tenda de serviços, passando a língua pelos dentes pontudos enquanto se aproximava de mim, como se quisesse evitar que a conversa saia daqui. — É difícil compreender.

— Como?

— Disseram que havia mais parecidos com ela.

A informação me deixa desconcertado. Mais como ela?

— E onde estão os outros?

— Estão mortos. A fêmea fora a única que sobreviveu.

Meu olhar se perde pela tenda, enquanto tento processar a informação.

— O que mais me deixa aflito, é que alguns dizem que eles vieram das estrelas.

— Bobagem. — interrompo. — É impossível que qualquer ser viva além das estrelas.

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