CAP 15 - Festa no inferno - parte 02

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GABRIEL RAMSÉS NARRANDO*

Após o breve encontro com Esaú na cozinha, decidi que era hora de cumprir a ordem de Thalles e voltar à sala principal da festa. Com passos rápidos , dirigi-me até a área onde Thalles e seus amigos estavam reunidos, tentando ignorar os olhares curiosos que me seguiam pelo caminho.

Quando finalmente cheguei perto o suficiente, Thalles virou-se para mim com um sorriso debochado nos lábios.

- Aqui estão as bebidas que você pediu - disse num tom seco segurando uma garrafa de vodka e três copos, tentando manter minha voz firme apesar da tensão no ambiente.

Thalles pegou a garrafa e os copos com um sorriso satisfeito, seus olhos estavam brilhando com malícia.

- Ótimo trabalho, garçom. Agora, sirva-nos como um bom serviçal que você é - ordenou com um tom autoritário e desdenhoso com seus amigos rindo ao redor.

Engoli em seco, sentindo o peso da humilhação enquanto despejava a vodka nos copos. Eu estava determinado a não deixar que Thalles me derrubasse, mas era difícil manter a compostura diante de tanta hostilidade. Com as mãos trêmulas, entreguei os copos a Thalles e seus amigos, tentando ignorar o olhar de desprezo que me acompanhava enquanto eles pegavam as bebidas. Thalles levantou seu copo em um brinde, seu sorriso debochado deixando claro que ele estava se divertindo com minha situação.

- À nossa amizade, garçom. Que ela seja longa e próspera - disse com um tom sarcástico, seus amigos rindo em concordância.

Engoli mais seco ainda, tentando manter minha dignidade enquanto observava Thalles e seus amigos brindarem à minha custa. Eu sabia que a noite ainda reservava muitas provações, mas sabia que passaria por elas de um jeito ou de outro, afinal, eu não seria derrotado tão facilmente. Após servir as bebidas, dei um passo para trás, estava buscando um breve momento de alívio da pressão que estava sentindo. Porém, antes que eu pudesse me afastar com um segundo passo , ouvi a voz de Thalles cortando o ar com rudeza.

- Ei, aonde você pensa que vai? - perguntou Thalles com sua voz carregada de desdém e autoritarismo.

Engoli em seco, estava sentindo-me como se estivesse sob o olhar atento de um predador. Sabia que não podia me dar ao luxo de desafiar Thalles abertamente, então respirei fundo e tentei manter a calma ao responder.

- Eu só estava indo... me retirar por um momento, preciso... respirar um pouco de ar fresco - murmurei, lutando para manter a voz firme diante da pressão.

Thalles franziu o cenho, seus olhos perfurando-me com intensidade enquanto avaliava minha resposta.

- Você acha que está de férias ou o quê? Se está aqui, é para trabalhar, não para passear! - disse ele com um tom rude e autoritário, deixando claro que não aceitaria desculpas ou desvios.

Engoli em seco novamente, sentindo o peso da humilhação enquanto me mantinha parado sob o olhar penetrante de Thalles, sabia que estava em uma situação delicada, e que precisava encontrar uma maneira de sair dela sem atrair mais atenção para mim.

Logo depois desse momento tenso, a porta da frente se abriu e Cátia entrou na sala com um sorriso radiante no rosto. Ela usava um vestido vermelho justo que realçava suas curvas, e seus cabelos que tinham a mesma coloração estavam impecavelmente arrumados. Ela parecia completamente alheia ao clima pesado que pairava no ar, e isso só aumentava minha angústia.

André foi ao seu encontro imediatamente dando só alguns passos já que ela já estava bem próximo, ela o abraçou calorosamente, e André retribuiu o gesto parecendo sem muito entusiasmo, talvez fosse só impressão minha.

O babaca do Irmão da minha amiga (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora