Monumental miserável

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Do destino grotesco isso era obra,
Pela terra profetizada em sofrimento,
Tu, miserável, és de se jogar fora
Inútil, embora erguido em monumento

Teus escrúpulos, não há nada demais
Desprezível, montante de estrume
Não aguento, vai-te, não voltes jamais
Ninguém suporta-te, teu indelével chorume

Há quem diga que és ouro, venerável
Só se fores dos tolos, apaixonados por pirita,
Limitados, em tua existência descartável
Para suportar-te, mente restrita

Não importa, nem a morte, então
Está decidida tua vida, no prefácio
Tu, impuro, sem direito a redenção
Assim como se dirá, no epitáfio

A Poesia E A Vida De Jonas S. di Santo Onde histórias criam vida. Descubra agora