+18| " Enquanto essa bocetinha faminta continuar pingando por mim, a gente não acabou."
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||Hange solta uma exalação profunda cruzando a perna sobre a outra.
" Vou lhe oferecer um acordo. Seis meses, 5 mi...
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— Hangeeeeeeeeeeeeee — Aquela voz estridente totalmente familiar ecoa alto pelo telefone.
— Para de gritar, Pieck. — Reclamo deixando o celular no viva voz o repousando na mesa do escritório continuando minhas anotações no computador.
— Nossa, podia ser mais gentil tipo, " oiii minha prima gostosamente linda"
— Podre, passo. — Falo revirando os olhos.
— Você não mudou nada nesses últimos 4 anos que estive fora. — Sua risada escandalosa ecoa pela linha.
— Te digo o mesmo, a mesma chata de sempre. — Dou um sorriso mesmo sem a outra ver. — Já está no aeroporto?
— Ah! Liguei para falar exatamente disso, vem me buscar de carro.
— Quantas vezes tenho que te dizer que não dirijo mais? — Bato os dedos impaciente na mesa.
— Merda, eu sempre esqueço desse detalhe, mas olha, não posso ir de táxi está um absurdo os preços, pagar 75 dólares para ir no centro da cidade, só se eu estiver me vendendo, e eu não faço mais isso.
Agora me vem na memória um dos fatores que ela saiu daqui mais resumindo: Expulsa de casa por meu tio, chapadona em um bar sem ter onde ir, proposta sobre trabalho fora do país, trabalho em uma casa noturna no Brasil por um ano e meio, beng, chave de sucesso para criar uma marca grife de lingeries e brinquedos eróticos.
— Vou pedir para um funcionário meu te buscar, tchau.
— Tá bom, te encontro aí!
Desligo logo ligando para o setor do marketing, só tem uma pessoa que faria isso para mim.
— Garlhard, tem como fazer um favor?
— Depende do qual, chefinha.
— Preciso que busque uma prima minha, o nome dela é Pieck.
— Ah, sabe não sei nã-
— Ela é bem gostosa, solteira e desesperada por um partido.
— Onde tenho que ir? — Meu sorriso elargueceu.
— Aeroporto, te mando uma foto dela para você reconhece lá quando chegar, obrigada.
Desligo e volto a digitar e olho bem contente ao redor, finalmente minha sala está habitável novamente e não preciso poupar minha bagunça por conta do Levi.
Andei pensando demais na S/n já fazia uma semana desde daquela noite e desde então nós vimos somente nos corredores e sem manter um contato visual seguro, as vezes passeio no setor só para olha- lá trabalhar, cada dia mais linda e atraente. Essa mulher mexe com cada centímetro meu.
— Hangezinha. — Essa não, essa voz totalmente aguda me dá arrepios.
— Você não pode simplesmente antrar na minha sala sem falar com a secretária. — Encaro feio a mulher que está escorada na porta me olhando como se eu fosse uma presa, hoje com uma uma saia de couro com toda certeza cinético e camisa de botão estampada com couro de algum animal, tigre, onça algo disso.
