+18| " Enquanto essa bocetinha faminta continuar pingando por mim, a gente não acabou."
_🥀_
||Hange solta uma exalação profunda cruzando a perna sobre a outra.
" Vou lhe oferecer um acordo. Seis meses, 5 mi...
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Estou parada em um acostamento qualquer batendo meus dedos frenéticamente no estofado do carro, meu coração está apertado, e sinto um bolo enorme na garganta que faz meus olhos marejarem.
Ela não fez questão de me ver, e quando se tem sentimento por alguém, isso dói e dói muito.
Abro as janelas do carro por que estou me sentindo sufocada.
Preciso beber.
Mas não quero ficar sozinha, na verdade, eu queria estar com ela.
Fecho os olhos pendando a cabeça para trás em um suspiro e logo meu telefone toca.
— Oi Armin! — A ligação me tirou um sorriso sincero desde que desliguei a ligação com a Hange.
— Como você tá S/a? — Ele pergunta com uma doçura na voz.
— Tenho que admitir, nada bem. — Passo as mãos no cabelo.
— Então acho que senti que algum amigo meu não estava passando bem, como eu estava com o resto do pessoal só me veio você nada mente. Onde você tá? Poderíamos sair e você me contar o que está acontecendo, eu adoraria te ouvir. — Se eu fosse hetero com toda certeza sentaria pra esse homem.
— Eu adoraria, Armin. Estou na rodovia, me diz aonde está que te pego de carro.
Ele me passou o endereço da casa dele e eu fui até lá, o rapaz estava lindo, agora com uma camisa branca com a estampa da noite estrelada e uma calça bege que combinava com seu vans preto, a franja do cabelo estava um pouquinho comprida cobrindo suas sombrancelhas. Ele entrou no carro e seu cheiro exalou, como consegue ser tão cheiroso? E fomos até um barzinho calmo que tinha do outro lado da cidade, proposta dele que disse que é ótimo, conversamos o caminho todo mas ainda não tocamos no meu assunto, e também pude perceber que ele não aparentava estar bem, e eu juraria que estava chorando algum tempo por conta de seus olhos meio vermelhados.
Chegamos no lugar e minha nossa, muito lindo, o bar era ao ar livre, com algumas luminárias amarelas que davam um ar aconchegante, a decoração era basicamente arranjos de lírios e algumas plantas trepadeiras enroladas na estrutura de madeira do local, escolhemos uma mesa que dava vista a um lago que tinha alguns patos nadando tranquilamente.
Sentamos e logo uma atendente veio até nos com tablet na mão, assim que encostou vejo ela fitando Armin com um olhar curioso. E ela é muito linda, baixinha com um cabelo Black totalmente hipnotizador, o preconceito é algo muito enraizado e é muito raro alguém com tanta identidade assim.
— O que vão querer? Boa noite.
— Bom, eu aceito um drink de pinã colada e uma porção de torresmo pra gente. — Respondi, apesar desse torresminho ser uma delícia é tão calorico mas eu amo.
— Eu aceito uma cerveja artesanal.
A atendente tecla rapidamente e logo sai para preparar nosso pedido.
