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— Vittório!
A voz urgente de Giovanni enfim o arrancou daquele pesadelo. Vittório sentia suas mãos tremerem, um gosto amargo estava por toda sua boca, e o medo correndo por todas as veias rapidamente.
— Ele, ele não...
Ele se recusava a completar aquela frase.
— Não! Por Deus não, merda eu fiquei assustado como um inferno, como isso aconteceu, com ele aqui!?
Giovanni passou as mãos pelos cabelos.
— O levaram para o hospital, os minutos sem oxigênio podem ter causado algum problema...
Ele encarou Vittório novamente.
— Você está bem agora?
— Isso não importa, ela deve tá assustada e eu a deixei sozinha, como um grande covarde!
— Antes de ir até ela agora, se controle, você apenas precisa explicar para Safira o que aconteceu, sabe que não fez isso por vontade própria!
Ele concordou.
— Gizo vai levar você até ela!
A caminho do hospital Vittório estava ainda repassando aqueles instantes, memórias antigas agora misturadas com as recentes, como ele colocaria em palavras o que sentiu ao vê-la naquela situação, isso batia em sua mente o deixando ainda mais ansioso.
...
Agora Vittório podia enfim olhar para Safira se sentiu um peso em seu coração, agora ela sabia de tudo, e mesmo que para ele fosse difícil por em palavras aquelas sensações descontroladas do passado, Vittório sabia que era o certo a se fazer, contar a verdade, nada além disso.
— Safira Bernardi!
O médico enfim saiu da sala de atendimento, olhando atentamente para os papéis em sua mão. Safira rapidamente se levantou, o olhar amedrontado antes olhou para Vittório buscando conforto, ele logo ficou ao seu lado novamente segurando sua mão firmemente.
— Como meu filho está, você pode ser direto, não precisa amenizar eu aguento!
— Felizmente seu filho está bem, não há nenhum dano, fizemos uma bateria de exames específicos pra tentar detectar algo, mas não houve nada de preocupante. O que é um milagre, geralmente e principalmente nessa idade, o cérebro por falta de oxigênio pode sofrer danos irreversíveis!
As palavras do médico tiraram enfim o aperto no peito de Safira que buscou conforto no braço de Vittório, era como voltar a respirar novamente.
— Quero ver meu filho, quero levá-lo para casa!
— Ele está sendo trazido para cá, e então pode levá-lo para casa...
O choro dela agora era de total alívio, Matteo sempre desde que nasceu esteve sob as asas de sua mãe é a sua força assim como sua maior fraqueza.
