Não me abandone
Eu preciso de um salvador para curar a minha dor
Quando eu me tornar o meu pior inimigo
(...)
Leve-me para o alto e eu cantarei
Você faz tudo ficar bem
Nós somos iguais
Você faz toda a dor ir embora
Me salve, se eu me tornar
Meus demôniosMy demons - Starset
Aquela noite foi uma das melhores da minha vida.
As luzes coloridas do bar iluminaram seus olhos e cobriam seu corpo dançando junto ao meu, seus braços jogados para cima e sua cabeça movendo de um lado para o outro bagunçando o seu penteado, a puxei para perto e inventamos uma dança apenas nossa, cada vez que a girava em meus braços o seu cheiro de pêssego me cercava.
Rimos e nos divertimos como adolescentes. Uma música atrás da outra: Take on me; Sweet Child O'mine; Hey ya; Take my breath away; Billie Jean etc. Nós alternávamos entre dançar e beber, tendo apenas conversas banais em curtos intervalos para descansar. Nunca tinha rido tanto e me deliciado com a companhia de alguém há tempos.
Ellie tirou seus saltos e já exibia um sorriso bêbado ao me puxar novamente para pista, dessa vez dançamos lentamente ao som de Earth Angel, coloquei as minhas mãos na sua cintura e guiei as dela para os meus ombros, aproximando os nossos corpos o máximo que podia, mas ainda não era suficiente.
Aproximei o rosto do seu e olhei em seus olhos procurando algum indício de hesitação, mas suas mãos apenas subiram para minha nuca e tomei como uma permissão para beijá-la, primeiro devagar testando a sua reação, depois aprofundei o beijo e a puxei para ainda mais perto enquanto o desejo me queimava por dentro, colocando uma mão no seu pescoço e outra abraçando seu corpo.
Fui tomado por sensações difíceis de descrever, apenas sabia que queria mais dela e do seu toque, queria que todas as minhas noites fossem semelhantes àquela, não mais sozinho em um apartamento sufocante e silencioso, mas com a companhia de uma mulher que me encantava mais a cada minuto ao seu lado.
Nós beijamos, bebemos e dançamos juntos enquanto perdíamos a noção do tempo. O bar fechava às duas horas da manhã, assim que tivemos de sair. Peguei um táxi e a acompanhei até em casa, por sorte Ellie não estava tão bêbada, apenas um pouco tonta e enjoada. Fiquei um pouco preocupado quando a deixei na porta sabendo que ela estaria sozinha, mas sabia que seria melhor não entrar. Despedi-me com um último beijo e peguei outro carro para casa.
Minha cabeça também estava um pouco zonza, cheguei e tomei um banho para em seguida cair na cama em um sono profundo e sem sonhos.
Passamos o resto da semana apenas trocando mensagens de texto e provocações, não pude encontrá-la no domingo pois ainda tinha que terminar o trabalho que adiei, assim como ela tinha seus próprios deveres da faculdade, mas combinamos de nós encontrarmos novamente no próximo sábado pela manhã, Ellie justificou o horário por mensagem:
Eu tenho que ao menos saber mais sobre você, não apenas por mensagens ou me distraindo com bebidas e beijos
Combinei de encontrá-la às 10 horas na estação para levá-la até o Lane's, ainda estava incerto sobre os próximos destinos, mas planejava passar o dia inteiro na sua companhia.
— Ei — sinto um toque nas minhas costas e me viro para encontrá-la. Sua aparência parece um pouco cansada, mas continua linda como sempre, usando uma calça azul clara e camisa amarela de mangas. Passo a mão na sua cabeça alisando os fios bagunçados e soltos do rabo de cavalo
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Terceira Chance
RomanceHeitor é um professor de História que vive atualmente em Londres, possui uma vida calma e rotineira. Não há nada de diferente, exceto um detalhe: Ele guarda as memórias das suas vidas passadas Atormentado por essas lembranças quase que diariamente e...