capítulo 11

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- Eu sinto muito,  fizemos tudo o que podíamos.

A médica veio até min naquela manhã me  pedindo pra entrar em contato com a família.

- eu sou a família dela doutora.

E isso era verdade,  eu era o mais próximo de família que ela tinha.

Faziam doze horas desde que uma equipe da swat me encontrou vagando pelas escadas de incêndio carregando Amélia  com um total desespero .

Eles não falaram muito comigo na ambulância o que me fez entender que ela estava realmente mal .

- Ela perdeu muito sangue,  uma artéria foi comprometida e fizemos o que podimos , agora só depende dela . A paciente  está realmente muito fraca.

A médica parecia cética demais .

- Posso vê-la?

- Ela está na semi intensiva então não vai poder demorar muito .

- Tudo bem...

Fui conduzido por uma enfermeira a um quarto mais frio que aquela manhã de outono.

- Droga...

Olhei  pra ela envolta de fios e bips.

- Amélia , não entregue tudo agora...

Meus olhos estavam marejados , eu não pretendia chorar mas vê-la assim me deixou muito mal .

- Por favor , ainda não é hora de se despedir... eu não  vou deixar você se despedir!

Eu não sei o que deu na minha cabeça pra estar falando com uma mulher claramente desfalecida.

Meu monólogo foi interrompido pelo barulho do Celular tocando.

- O que houve Cavander?

- Senhor , estávamos todos preocupados.

- Quem são todos?

- Eu e o pessoal do escritório. Onde o senhor está?

- No hospital,  Amélia foi atingida.

- Não....

Ele ficou mudo do outro lado .

- Não é  bom Cavander...

- Eu posso fazer algo? Podemos fazer algo?

- Sim, não deixa que a transição desse processo se perca por conta do que aconteceu ... Devemos isso a Amélia.

- Você acha que a invasão foi propósito?

- Eu não posso falar do que não tenho provas...

- Tudo bem, por favor nos deixe informados.

parceria improvavélOnde histórias criam vida. Descubra agora