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Boa leitura 🖤💙-💜

Narradora

Pete se sentia exausto e faminto. 

Ele tinha chegado ao complexo, mas sequer uma pessoa tinha se dirigido a ele ainda. Até aquele momento.

— Oi garoto. — Pete ergueu a cabeça e levantou do chão. — Sou Arm. 

— Me chamo Pete. 

— Olha, não me leve a mal...— Arm coçou a própria testa. — mas não espere que sejamos gentis com você. Os mais de boa desse lugar sou eu e Ken. Enquanto estiver aqui, saiba que deve fugir desses alfas. É um conselho, você usa se quiser. 

— Obrigado. — A garriga de Pete roncou alto, tão alto que o alfa ouviu.

— O jantar logo vai ser servido. Arm vai te mostrar onde vai ficar, enquanto conseguir sobreviver a eles. — O peito de Pete se apertou, e o medo fez real morada no ômega. — Só vim te avisar que você é quem vai servir o Nop. 

Pete piscou curioso.

— Nop? — Perguntou a Arm.

— Uma dica, não tente se aproximar. O último ajudante morreu na cela dele. Ninguém é louco o suficiente para se aproximar dele, pois conhecemos a peça.

Pete engoliu em seco.

— Por que manteem ele aqui? se é tão perigoso.

— Porque ele já foi um dos grandes. Ele ajudou a construir isso tudo. O chefe manda cuidar dele, nós obedecemos. Agora pare de fazer perguntas.

Arm saiu de perto de Pete.

Algum tempo depois, Ken apareceu.

— Anda. E não precisa ter tanto medo assim. Posso senti-lo até no seu cheiro. 

— Desculpe.

— Temos algumas regras aqui, e a maioria os segue. Os que seguem, não vão te estuprar ou te espancar. Mas alguns eu não garanto, então esteja atento sempre.

— Certo. Obrigada. — Respondeu, seguindo Ken pelo corredor.

— Não me agradeça. Não sou seu amigo. Só gosto de ser humano, mesmo com os que são temporários aqui. — Ken parou de andar. — Aqui é o refeitório. — Se virou para Pete. — Pegue uma bandeja e me siga. Vou te mostrar o quarto de Nop.

Pete o fez. 

Os dois andaram novamente, em direção a uma parte mais afastada do complexo.

— Última porta do corredor. Essa é a chave. — Ken entregou a chave a ele. — Entre e deixe a comida no chão de lado da porta. Não fale, não faça contato visual, não respire alto, não entre na cela. Ficará bem se fizer isso.  

— E se alguma coisa acontecer? 

— Boa sorte. — Ken se virou para sair. — A propósito, depois você come no refeitório. — Disse se virando um pouco, e saiu de vez. 

Pete olhou para a bandeja e para a chave em suas mãos, respirou fundo e fechou os olhos.

— Eu consigo. — Disse a si mesmo antes de começar a andar. 

Pete chegou até o quarto e o destrancou. 

Ele entrou lentamente no quarto escuro, e como recomendado por Ken, pôs a bandeja no chão, ao lado da porta. 

Seu coração estava prestes a sair pela boca. 

Pete travou no lugar quando viu sangue no chão. 

Seu coração quase parou quando Pete ouviu alguém gemer. Era quase como um choro. 

Coincidências da Vida - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora