Penúltimo capítulo...

Boa leitura 💜-🖤💙

Narradora

Pete ficou entre a vida e a morte por dias, até finalmente estabilizar e voltar para o complexo. 

Ele não falou com Vegas em nenhum momento. Tudo ainda era muito confuso. 

Big foi considerado um traidor. Foi descoberto que era ele quem passava as informações para Pol, e por isso os caveira sabiam da boate e do porto, além de outras coisas. Ele só não tinha conseguido avisar da invasão a tempo. 

Mas mesmo assim, ele ainda era o líder dos agentes. Ainda assim, um membro da máfia negra tinha atirado no próximo chefe da máfia vermelha. 

As duas máfias estavam mais rivais do que nunca antes. 

Eles só não se metralharam no complexo dos caveira porque Pete precisava de atendimento imediato e Nop ordenou que recuassem. 

Os agentes, principalmente os mais fiéis a Pete, odiavam com todas as forças a máfia negra. Enquanto a máfia negra estava liando com ela própria, depois de ter perdido seu principal comandante. Tendo também que passar por inspeções, já que ninguém consegue confiar totalmente em ninguém depois do falecido Big. 

Então, tudo estava um caos. Até a mente de Pete. 

Quando ele disse todas aquelas palavras a Vegas, que o olhava sorrindo, seu coração se encheu de uma sensação boa. Mas ao se virar e ver quem tinha atirado em si, seu coração se estilhaçou com a possibilidade de Vegas ter armado aquele momento apenas para o matar. 

Pete se sentiu traído. De um jeito que nunca se sentira antes. E mesmo que Nop tivesse o contado sobre Big ter sido considerado um traidor em meio aos seus, a sensação ruim ainda estava ali. 

______

Pete se sentou na cama e tirou a camisa com cuidado para não machucar o ferimento da bala. 

— Precisa de ajuda? — Nop perguntou já se aproximando. Quando Pete abriu a boca para negar, ele se adiantou. — Não aceito não como resposta.

Pete sorriu. 

— Obrigado. — Disse enquanto Nop tirava as bandagens de seu torso. 

— A próxima vez que ficar sem colete durante uma operação, eu mesmo atiro em você. — Pete sorriu silenciosamente. 

— Eu não vou. É uma promessa. 

Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, até que Nop terminou de trocar o curativo de Pete. 

— Ele ligou. —Nop disse enquanto Pete terminava de recolocar sua camisa. 

O ômega diminuiu a velocidade dos movimentos e permaneceu em silêncio.

— Ele ligou todos os dias. — Nop falou novamente. 

— Ele vai superar. — Disse levantando o olhar para Nop. 

O alfa suspirou. 

— Sabe que provavelmente não foi ele quem ordenou que atirassem, não sabe?

Provavelmente, você disse. — Pontuou. —  E sim, eu sei. Mas eu pensei muito enquanto estava hospitalizado. E... nós nunca daríamos certo de qualquer forma. 

— Se quer um conselho, eu tenho dois. O primeiro, é do meu eu que ainda está lidando com o fato de que você tomou um tiro, e poderia ter morrido por ter se distraído com ele. Esse eu, dia para você correr desse alfa, o mais longe que conseguir. Mas...— Nop colocou as mãos para trás das costas. — Tem o meu segundo eu, aquele que viu de longe você sorrindo enquanto falava com ele, mesmo que todos a sua volta estivesse se matando. Esse segundo eu, diz que quer te ver sorrindo mais vezes, e que você poderia dar uma segunda chance para ele explicar. 

Pete o ouviu atentamente. Ele pensou um pouco, e então, o respondeu. 

— Estou prestes a assumir a máfia vermelha, Nop. É pelo que venho lutando a anos da minha vida. Não posso... simplesmente decidir que quero viver um amor. Não tenho tempo para isso. Ainda mais quando estou falando do meu principal rival. Rival este pelo qual eu tomei um tiro. Imagine o que meus homens dirão e pensarão sobre isso. — Ele passou a mão pelo cabelo e suspirou. — Não posso esquecer do meu real objetivo. 

Nop apenas assentiu com a cabeça. 

— Não se esqueça também que seu objetivo nunca foi assumir a máfia vermelha. — Pete o olhou confuso. — Lembre-se que acima de tudo, você fez tudo que fez para poder voltar para casa quando bem quisesse.  Que tudo que fez até hoje foi para poder abraçar seus pais, sua avó e Porsche. Implicitamente, você fez tudo que fez por amor. Seja feliz, Pete.

Pete estava com lágrimas nos olhos. 

Ele pretendia falar um milhão de coisas, mas foi interrompido quando alguém bateu em sua porta. 

— Entre. — Disse enxugando uma lágrima que escorreu por seu rosto. 

Quem menos esperava, entrou. Seu chefe. 

— Chegou a hora, Pete. 





Coincidências da Vida - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora