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Boa leitura 💜-🖤💙

Narradora

Dias se passaram, e Venice não se esqueceu.

Ele não passava um dia sequer sem perguntar de Pete. 

Vegas já não sabia mais o que fazer com a criança. Ele sequer entendia como Venice tinha aceitado Pete tão bem, já que o mais novo tinha desenvolvido uma aversão a ômegas desde que sua própria mãe tentou matá-lo quando mais novo. 

— Papai. Eu e o tio Pete brincamos de pega pega. Eu quero ver ele de novo. — Falou subindo no colo do pai. 

Vegas suspirou. 

Já era pelo menos a vigésima vez que seu filho falava sobre Pete. Venice elogiou o cheiro, o abraço quentinho, a brincadeira, e até a risada de Pete.

— Sabe que ele não vai desistir, né? — Kinn falou e Vegas o olhou torto.  Kinn se levantou. — Boa sorte. 

Vegas fitou o filho em seus braços. 

— Só mais uma vez, ok? 

— Eeeeeeh — Venice pulou e abraçou o pai, sorrindo feliz. 

______

Pete deu um murro no alfa, e ele tombou um pouco para trás. 

— Ora, vamos, REAJA!! — O alfa negou e saiu do ringue em seguida. — Fraco. — Pete falou negando. — Arm, menos três pontos em combate físico. Arm notou. — Aprendam uma coisa, se for para perder, vão até o fim pelo menos. Abandonar uma luta enquanto ainda se está de pé é humilhante. Agora, próximo!

O próximo alfa entrou no ringue. 

Pete já estava a horas treinando os novatos. Tinha lutado com pelo menos quinze alfas, e ganhado de todos eles. 

A única coisa que denunciava as horas de treino era o supercílio cortado e o suor por todo seu corpo.

Depois de alguns golpes, Pete deu uma rasteira no homem e ele caiu com tudo para trás. Logo subiu em cima dele e continuou o esmurrando. A única coisa que o fez parar foi a vozinha de um certo alfinha o chamando. 

— Tio Pete!!! — Gritou Venice. Pete saiu de cima do alfa e acenou para alguns alfas que arrastaram o homem desacordado. 

Venice não sentiu medo da cena a sua frente, ele apenas correu para Pete, que o pegou no colo no mesmo instante.

— Oi Venice. — Pete falou gentilmente, mas evitou sorrir por ter que manter uma certa postura principalmente na frente dos alfas novos. Pete então olhou em volta, e muitos abaixaram a cabeça sob seu olhar. — Continuaremos o treinamento depois. Agora, saiam. 

— Sim senhor. — Responderam em uníssono e saíram.

Pete quis sorrir, mas então viu Vegas. 

— Eu o entendo, é claro. — Falou se aproximando. — Mas não precisa parecer durão por minha causa. Eu dou minha palavra de que não vou dizer a ninguém sobre seu comportamento gentil. Venice já me falou o bastante sobre ele, não tem nada para esconder. 

Pete olhou para Venice.

— Me dedurou? — O mais novo cobriu a boca com as duas mãos e negou. Pete sorriu com o quão fofo ele parecia. 

— Titio. 

— Sim?

— O que houve com seu rosto? — Perguntou Venice, tocando o supercílio cortado de Pete, que franziu um pouco o cenho quando Venice o tocou. — Fez dodói?

— Acho que sim. 

— Titio, por que o senhor estava brigando?

— Porque o titio tem que treinar para ser forte. 

— Por que o senhor tem que ser forte?

Pete abriu a boca mas a fechou. Ele poderia dizer que era para sobreviver, para ganhar algo, ou então para se defender. Mas no fundo, Pete só queria poder voltar para casa. Então ele foi sincero. 

— Para proteger quem amo. 

— Então eu também quero ser forte, tio!! — Pete sorriu. — O senhor pode me treinar também?

— É claro que posso. —Pete colocou Venice no chão. — Acho que terei que lutar abaixado. 

— O papai me levanta!! Né papai? 

Vegas pensou em negar, mas já estava ali de qualquer forma.

— Sim filho, o papai te levanta.

Vegas entrou no ringue e Pegou o pequeno Venice nos braços.

Agora, mais perto de Pete, ele podia sentir seu cheiro, mesmo que mesclado ao de outros alfas. E por todos os deuses, agora entendia o porquê de Venice falar tanto do ômega. 

Pete tinha uma belo sorriso, um bom cheiro e era gentil com Venice. É claro que seu filho se encantaria. 

Os três entraram em um lutinha de boxe. Onde cada soquinho de Venice afetava Pete imensamente ao ponto dele bambear.

Para a surpresa de 0 pessoas, Venice foi o campeão com um nocaute. 

— Pro chão pai. —Venice pediu e Vegas o soltou. O rosto do alfa mais velho tinha um pequeno sorriso.

Venice foi até Pete, que estava no chão, deitado. 

Venice se deitou ao lado de Pete, demonstrando também estar cansado. 

— O que acha almoçar com o tio Pete?

— Tem sorvete depois? — Pete riu. 

— Eu posso consegui-lo

— Então eu quero. Vamos papai!! — Venice se levantou e puxou a mão de Vegas.

— O titio só precisa tomar um banho antes. — Falou se sentando no chão. — Vou pedir a Nop para fazer companhia a vocês por enquanto. 

______  

Depois do banho, Pete foi até Venice e Vegas, e os guiou para o refeitório, onde já estavam os outros agentes. 

Alguns dos alfa solhavam com estranheza para a cena a sua frente. Até porque não era todo dia que o chefe da máfia rival estava andando em meio a eles com uma criança. 

Aquilo estava muito longe do normal. 

— Depois que comer vão trazer seu sorvete. — Pete falou e Venice sorriu comemorando. A criança estava prestes a comer quando Vegas o impediu. Pete suspirou. — Não está envenenada.  — Disse e em seguida pegou um pouco da comida de Venice e comeu. Depois, fez o mesmo com a de Vegas. — Se eu quisesse matá-los, já teria afeito isso, e você sabe. 

Vegas estreitou os olhos para pete.

— Estamos de saída. Obrigado por seu tempo. 

— Mas papai, meu sorvete!! — Venice reclamou quando Vegas o tirou da mesa. Mas o alfa o ignorou e continuou andando, com um pensamento em sua cabeça sobre se encontrar com Pete...

Essa foi a última vez. 

Coincidências da Vida - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora