CARTA

599 120 8
                                    


"Nós amamos com tanta intensidade que destruímos o coração um do outro. O amor sempre deixa vítimas

   — Pedro Miranda"





O canto dos pássaros os agraciando, os aromas das flores oscilam devidamente com a fragrância de Visenya.

Rhaenyra observa sua querida filha brincando e dançando loucamente pelo jardim com seus primos e sobrinhos.

Eram belas crianças criadas a partir da paz que reinava sobre a família, olhando para o passado, Rhaenyra segue feliz por ter impedido uma guerra mortal de acontecer, o casamento de Aegon e Jace evitou deveras acontecimentos brutais.

Quando seu pai resolveu juntá-los com a promessa de que as intrigas entre eles iriam parar, ele não poderia estar mais certo, os times que seriam formados por cobras gananciosas depois de sua morte vieram a cair tão brutalmente que poderia ser divertido vê-los sorrir tão desconfortáveis, obviamente não foi-se tão fácil, os lordes queriam Aegon no trono, mas este se revelou ômega.

um gênero no reino tão desprezado que os fez preferirem um alfa mulher para governar do que um ômega homem.

Seu irmão pareceu particularmente aliviado, mesmo recebendo ondas e ondas de comentários fúteis sobre.

O casamento entre seu irmão e filho trouxeram belos frutos e herdeiros futuros, Rhaenyra não poderia estar mais orgulhosa.

Ela estava em seus devaneios quando um guarda se aproximou pedindo por sua atenção com uma carta a mostra com o selo da família, era Daemon. Com graça, se virou para Alicent, que veio acompanhar seus netos junto a ela, pediu para que esta olhasse as crianças enquanto se retirava por alguns momentos.

Com isso se virou e seguiu o guarda até um local longe de olhos traiçoeiros, abriu a carta recebendo suas palavras.

Para minha rainha maravilhosa.

Primeiro, como está? Espero ansiosamente que a nossa pequena conquistadora não esteja lhe causando problemas sérios. Essa menina parece ter nascido com fogo nas veias, obviamente puxou para o pai.

Recebi informações valiosas de um de meus espiões.
Nosso pequeno ômega fujão está estabelecido em Vilavelha, pasmem, não sobre a tutelar da cobra verde.

Sinceramente esperei que estivesse pois assim teria um motivo plausível para dar um fim naquele desgraçado, esconder um membro da família real pode ser considerado crime? Se não, iríamos por essa conduta o mais rápido possível.

Mas infelizmente não foi o caso, Aemond se esconde em uma vila esquecida pelos deuses, talvez até mesmo seu avô não saiba sobre isso, o desgraçado superou minhas expectativas e conseguiu me enganar por vários malditos anos.

Deveria existir um prêmio por tal feito, pois me fez perseguir aquela estúpida fera como um cão em busca do gato.

Enfim, espero seu retorno sobre o que devo fazer com essas informações.

Com amor
seu maravilhoso cônjuge.

Rhaenyra segurou forte a carta, seus olhos se arregalaram com tamanha surpresa, faziam tantos anos sem sequer uma notícia sobre o paradeiro do ômega, ele foi considerado morto por quase todo o reino, certamente seria uma notícia que iria abalar os ares da fortaleza quanto o próprio Reino.

Ela buscou seus aposentos e escreveu uma resposta rapidamente para o marido, pediu sigilo para que seus filhos não soubessem e garantiu que o recompensaria com seu ato.

A ansiedade era tanto que quase perdeu seus modos. Ela recuperou a postura e voltou agora ao jardim, Alicent a olhava de longe parecendo perceber sua angústia.

–está tudo bem, sua graça? – ela perguntou quando Rhaenyra se aproximou, a rainha balançou a cabeça e sorriu.

–não há nada para temer, sinto grandes mudanças vindo e estou feliz… – obviamente Alicent a olhou confusa, buscando por mais informações.

Rhaenyra lhe deu um olhar “conversamos mais tarde, tem muitos olhos” a antiga rainha entendeu e desviou sua atenção para os meninos brincando.

Isso bastaria por enquanto.

                                                       .

Aemond observava o mar, seu olho se concentrava no movimento das águas, mas realmente não prestava atenção.

Os acontecimentos que vieram em uma semana que prendiam sua atenção.

Não muito tempo depois, o bordel foi invadido por capangas de Daemon, como ele sabia? Eles encurralaram todas as saídas, e aprenderam todos que estavam dentro, não importando se eram clientes ou prostitutas. Um por um, foram amarrados e interrogados.

No Início ele não sabia pois estava trancado em seu escritório fazendo a contação, mas quando os gritos soaram em demandas de desespero e sua porta foi aberta por Samwell em lágrimas quentes explicando em meios a elas a situação, quase por se atrapalhar nas palavras com o quão assustado estava.

Aemond se recordou que o ômega era um das prostitutas de Eliz que ela mais confiava. Aemond tentou agarrá-lo para entender melhor, mas foi empurrado pelo mesmo que gritou que ele deveria ir o mais rápido possível pois eram as ordens de Eliz.

Samwell saiu o puxando para uma saída secreta mas esta estava bloqueada por um dos ratos de Daemon, que rapidamente o reconheceu e avança derrubando Samwell, Aemond foi para trás apenas para pegar impulso e alcançar sua lâmina escondida debaixo das vestes. Assim que o alfa tenta alcançá-lo usando sua força e peso como vantagem, Aemond se abaixou usando sua velocidade para rasgar sua perna, a lâmina atravessou cortando a pele com facilidade.

O sangue subiu deliberando seus sentidos. O alfa gritou de dor e tentou de novo, mas dessa vez Aemond foca em acertá-lo no rosto cortando a carne da bochecha, quase tão perto do olho. Os olhos do alfa brilhavam em vermelho vivo, e o olho de Aemond seguiu o fluxo brilhando amarelo fervente, Eles lutaram com Aemond estando em vantagem sobre ele, ele não treinou a vida toda para ser vencido por um mero alfa de quinta, sor Criston fez mais dele, de repente uma espada atravessou o peito do alfa, sangue jorrou e quando o corpo caiu, Dália surgiu respirando pesado, a puta riu loucamente fazendo-o rir também.

Mas eles estavam sem tempo, Dália o guiou pelo caminho, ele queria ficar e lutar com os outros, mas a puta o lembrou que ele tinha um filho e não valia a pena se arriscar e correr o risco de ser capturado ou pior, morto.

A discussão acabou ali e ele voltou para casa. Mas desde aquele dia, ele não parava de pensar que poderia acontecer de novo, ele conhecia Daemon, aquele viado não iria parar até conseguir o que quer.

Então ele temeu por sua matilha, a ideia de que mais deles viessem e tentassem destruí-los, aumentava seu instinto protetor, ele não poderia permitir que acontecesse.

Ele pediu para que Eliz o enviasse uns dos que sobraram, ela não ficou nada feliz com sua decisão, mas decidiu por apoiá-lo depois de muita insistência da parte dele. Ele ouviu o cãozinho e escreveu uma carta para a rainha, o vira-lata correu da vila com a cauda entre as pernas.

Poucos dias depois Rhaenyra lhe enviou um mensageiro.

Rhaenyra Targaryen.

Irmão, venho através desta carta convidá-lo a voltar para
Castelo vermelho.
Por muitos anos ficamos sem seu paradeiro, não sabíamos se estava bem ou até mesmo o motivo de sua fuga, muitas teorias foram criadas para justificá-lo. Alguns de nós pensamos que estivesse morto.
Pelos deuses não foi o que aconteceu, recentemente meu marido me notificou sobre onde estava e pensei que já era a hora de todos nós nos encontrarmos e nos unirmos como uma verdadeira família.
Desejo que volte o mais rápido possível.

Sua irmã.


                                  .

N/t

Próximo parte logo!

O FILHO DO BASTARDO Onde histórias criam vida. Descubra agora