O FILHO DO BASTARDO

A MUDANÇA ENTRE NÓS

"Nada como sentimentos ruins para produzir alguma literatura minimamente decente.
Charlie Barkley"

O ar estava denso, era perceptível o cheiro de sangue e carnificina. Por onde olhasse não faltaria um lado sem o odor de morte e decomposição. Daemon caminha sobre os mortos em caminho a cabana, ao entrar teve a visão dos seus leais soldados envoltos de uma mesa no centro junto a seus filhos, ele deduz que seja uma forma de encontrar uma estratégia para pôr um fim nesses malditos rebeldes.

Ele sorriu malicioso, a verdade era que, havia um fascínio de sua parte, uma pequena admiração pela resistência dos tolos da triamarca em tentar se reerguer e proclamar guerra contra a coroa onde sua bela mulher estava sentada, e como um bom marido, não poderia deixar essa afronta passar. ele levou seus três filhos para ganharem experiência em combate e habilidades aprimoradas para futuros próximos, o que? Ele poderia ter ido sozinho mas viu uma oportunidade e a agarrou como um filho agarra o seio da mãe.

Ele também não aceitou um não como resposta, aliás, o único que protestou foi Jace que havia se casado recentemente, mas Daemon pouco se importou afinal não era ele. Vendo suas escolhas ele pode ter certeza que fez o certo, tendo os herdeiros de Driftmark e da Coroa batalhando juntos fizeram os soldados virem como formigas no doce.

Seus olhos foram atraído para Jacaerys que estava no meio como a voz da liderança, o que de fato era verdade, desde que vieram o alfa assumiu rapidamente começando a liderar como se tivesse nascido para isso, Daemon apenas observou orgulhoso, aquele menino era um alfa diferente, com uma postura intimidadora e rosto endurecido com o tempo de guerra e tragédia.

–e se usarmos os dragões como distração? Será fácil para nós nos locomovemos com seus olhos longe dos nossos. – Joffrey quem diz, o menino se aproximou da mesa apontando para o papel algo que Daemon não conseguia ver pela distância, mas foi o suficiente para chamar sua atenção para o garoto.

Joffrey era jovem, talvez o mais jovem. Mas demonstrou grande sabedoria em suas opiniões sobre o movimento zagueiro dos oponentes. Além disso, ele foi capaz de conseguir o coração dos soldados com seu jeito meio brincalhão e sagaz. Era de fato divertido vê-lo agir feito um palhaço entre eles mas no campo agir como um verdadeiro soldado, no momento em que seus dedos alcançavam a bainha da espada o menino se tornava um guerreiro sanguinário. 

Ele olha pelo canto do olho esquerdo tendo a visão de Lucerys recostado em silêncio, isso o intrigou e chamou sua atenção. A verdadeira mudança entre seus filhos era Lucerys, este era um menino completamente diferente do que uma vez foi, não era difícil ver as diferenças, Lucerys era um menino de ouro, tão doce até mesmo depois receber sua classificação como alfa, o que obviamente pegou todos de surpresa, haviam apostas em seu nome, uma enorme disputa entre beta e omega com o último ganhando em maioria, Daemon não nega que pensava o mesmo. Mesmo sendo um alfa, este nunca perdeu sua bondade e doçura, não, sempre era paparicado pela mãe e vivia para alegrar seus sobrinhos e irmãos.

A mudança aconteceu de fato há oito anos atrás, foi tão repentina e inesperada, Lucerys não sorria e era agressivo com quem o tocasse, não importava se fosse sem querer. Por agir assim, quase ninguém queria se aproximar do alfa, ninguém além da própria família e com algumas exceções.

O mais engraçado para Daemon era que, se não lhe falha a memória, Lucerys perdeu o lindo encanto no momento em que soube sobre a fuga de Aemond. Aquele ômega decidiu ir embora sem data prevista de volta e ainda levou o bom humor de Lucerys.

Era divertido e frustrante, quase como um impasse, criar teorias do por que que ele mudou e o por que o ômega fugiu e se escondeu embaixo da terra por tanto tempo.