Olá, soulmaters 🤍
Nessa att já tem uma continuação de onde parei. A partir da metade do capítulo mais ou menos. Obrigada por terem paciência! 🥹
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– Dessa vez, eu tinha por quem lutar, Alexandre! - Ela fala e sua voz embarga novamente. – O medo de que algo pudesse acontecer com você me... de alguma forma… me deu… coragem… eu não queria machucar ninguém…
Ela fala nervosa. Sinto sua respiração aos poucos pesar e seu peito subir e descer em busca de oxigênio. Eu reconheço esse comportamento.
– Ei! Ou! Calma! Já passou! – tento tranquilizá-la segurando suas mãos.
– Não passou! – Ela limpa algumas lágrimas. – Ele ainda tá lá fora, ele ainda tá solto. E deve estar por aí à espreita, Alexandre. Ele disse que ia ficar à espreita. Ele disse… E se…
Ela começa a falar atropelando as palavras.
– Não vai acontecer nada. Não vai! Confie em mim! A polícia está procurando ele. Os seguranças que meu pai contratou vão monitorar onde nós estamos a todo momento, Giovanna. Nós vamos ficar bem... – Falo tentando acalmá-la de alguma forma.
– Não… não… – ela parece não acreditar que isso seja possível.
Seguro o rosto dela para que ela me olhe nos olhos.
– Giovanna?! Me escuta, olha pra mim! Nunca mais, você me ouviu?! Nunca mais eu vou permitir que ele encoste um dedo em você. Nunca mais!
– Eu tô com medo! Eu tenho medo de que aconteça algo com você!
Sorrio para ela.
– Giovanna, olha pra mim! Olha pra nós dois! Nós estamos aqui, estamos juntos. Nós nascemos de novo!
"Nós nascemos de novo!"
Falo essas palavras sem perceber o quanto são poderosas. Não havia me dado conta de como nossas vidas foram resgatadas de algo que poderia ter terminado de forma trágica.
Olho para nós dois e me dou conta de onde nós estamos, do que vivemos, e de que poderíamos estar vivendo em circunstâncias totalmente diferentes hoje. É a primeira vez após o tiro que nos damos conta de como nossas vidas mudaram.
– Nós não somos mais os mesmos! Eu nasci de novo, a vida me deu outra oportunidade, Giovanna. Eu nunca quis tanto viver como no dia que eu estava jogado naquele chão, olhando pra você...
Ela me abraça e começa a chorar em silêncio enquanto acaricia minhas costas.
– Você também, Giovanna?! E você também nasceu de novo. Agora você tem a oportunidade de ser livre. Você precisa correr atrás da liberdade que tanto desejava e se livrar de todas aquelas amarras que sempre me falava. Lembra do que você me disse?! Agora tudo faz sentido para mim. E não há nada que me deixaria mais feliz do que te ver sendo livre!
Com cuidado, movo minha mão que estava segurando sua cintura e coloco-a em sua lombar, puxando-a para mim.
Eu a amo.
Apesar de não sermos mais os mesmos, meu amor continua sendo.
Eu a amo de uma forma que nunca amei alguém antes.
Eu sei disso.
Eu a amo tanto que abriria mão dela, deixaria ela ir, soltaria sua mão para que ela encontrasse a si mesma.
