Como primogênita da Família Laskaris, Zephyra nasceu com seu destino já traçado, crescer sendo ensinada sobre seu papel de futura esposa, de um dos aliados da Organização. Porém, anos após um sequestro que resultou em sua destruição, Zephyra, agora...
“Eles me chamam de gângster do amor E me amar pode ser perigoso”
Gangster Of Love — Aiyana-Lee.
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O azul de seus olhos era rapidamente ofuscado pelo crescimento das pupilas, ao se postarem sobre aquele homem magro, com o liso cabelo preto bem penteado com auxílio de gel e o terno de cor cinza perfeitamente alinhado, sem um fiapo solto sequer ou uma costura fora do lugar.
Sorriu e balançou a cabeça ao perceber que alguém levaria trabalho para o seu horário de almoço, nem tanto uma surpresa, já que aquela pasta preta em sua mão direita era praticamente como uma extensão dele.
Desceu a atenção rapidamente para o próprio colo e passou o lenço branco que assim como o anel em seu dedo mínimo, tinha o brasão da Família bordado, pelo vidro do relógio prateado, para limpar todo o sangue que havia respingado antes que se secasse.
Quando o brilho translúcido se restaurou, enrolou o lenço de forma que a mancha não aparecesse e o colocou no porta-luvas, atrás de uma caixa de óculos e uma caixa com cartuchos.
Por alguns segundos, encostou o cotovelo sobre a porta e se permitiu admirar como o rosto de Hansol adotava uma expressão de confusão ainda mais profunda, suas sobrancelhas franzidas e mandíbula apertada, enquanto seus olhos de meia-lua corriam por todos os lados da rua, para o relógio e então novamente para os lados, o óculos de leitura escorregando pela ponte do nariz, a procura do carro que já estava à uma distância de alguns passos.
Esperou pacientemente até que estivesse olhando para o celular e batendo um dedo contra a tela, a ponto de lhe mandar uma mensagem com três pontos de exclamação e dois de interrogação, para descer do carro. Ajustando o terno ao corpo, os olhos percorrendo cada pessoa ao redor enquanto abotoava os dois botões do terno, se aproximou do greco-coreano por suas costas, bem a tempo de seu celular começar a vibrar contra seu peito, emitindo um som agudo.
Hansol quase deu um pulo, mas ao invés disso, se virou empertigado com uma careta assustada, desligou o celular e o enfiou no bolso de sua calça cinza, umedecendo os lábios e exalando pesado pelas narinas.
Não recebeu o beijo rápido e casto de quando se reencontravam, apenas uma carranca.
Decepcionante.
— Quarenta e cinco minutos de atraso e nenhum aviso, Iason. Quarenta. E cinco. Minutos! — Os olhos de meia lua se semi-cerraram. Era ainda mais lindo, tão bravo daquela forma. Tanto que precisava se segurar para não sorrir de canto e umedecer os lábios de forma sugestiva. — Espero que tenha uma boa desculpa, meu senhor, ou irei até a prova, sozinho.
— Realmente quer saber?
Não gostava da ideia de fazer seu noivo perder o apetite, ainda mais em um momento tão importante, mas se Hansol queria, não seria ele a lhe negar.