A frieza do amor

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Assim que Marinette saiu correndo, Adrien tentou desesperadamente alcança-la. Ele tentou correr atrás, mas ela havia sido muito mais rápida. Resolvendo então que seria melhor ir de carro, correu de volta até sua casa para poder pegar as chaves e assim ir atrás dela.

Não importava como, iria encontrá-la, nem que tivesse que vasculhar Paris por todos os cantos, daquela vez, não a deixaria mergulhar no maremoto de confusões que voltavam a assolar seu coração.

Enquanto dirigia aflito, olhando pelas ruas, tentando ligar para o celular dela que dava na caixa postal, afirmava para si mesmo que assim que a encontrasse, iria lhe dizer tudo.

Iria abrir por fim seu coração para que ela entendesse de uma vez por todas, que não queria ser padre nunca mais, e que não queria se devotar a mais ninguém a não ser ela.

Por favor, não se confunda mais meu amor. Entenda que eu te amo. Eu não me importo com eles, não me importo com o teu passado, não importo com mais ninguém a não ser, você.

- Volta pra mim. - murmurou com os olhos fechados debruçando sobre o volante enquanto aguardava o sinal abrir.

Para onde tinha ido, céus, para onde seu medo a tinha levado?

Procurou pela sua casa, por todos os lugares que poderia estar, mas sem sinal, era como se tivesse sumido junto ao vento.

Seu coração era pura aflição, contrastando com o dia que estava tão lindo, o mesmo dia que mais cedo estavam curtindo o primeiro encontro. Era muito injusto.

Logo quando havia se preparado tanto, esperando apenas o momento ideal para lhe dizer tudo o que sentia!

- Droga!

Não conseguia, não a achava. Dentre tantas pessoas indo e vindo, almas que não conhecia, onde estaria o seu foco de luz? Onde estava o seu amor?

Foi então que não deu mais para continuar. Sentindo-se totalmente desolado, e destruído por dentro, tentando ainda ligar para ela, mandando mensagens desesperadas que não eram vistas, se quer chegavam ao número de Marinette, deu-se por vencido, indo para o único lugar no mundo inteiro que talvez, fosse encontrar alguma paz.

Ao adentrar a igreja, esta, estava vazia. Foi caminhando atrás das pilastras, olhando aquele lugar tão querido, tão bem iluminado, o local onde havia conhecido o amor em suas diversas formas que o fizeram se apaixonar cada vez mais pela vida.

O amor de Deus...

O amor da amizade...

O amor, desinteressado...

O amor, por outro ser humano, por outra alma...por uma única mulher.

Aquela mesma, que em uma noite de um sábado atrás, aparecia diante de seus olhos, encolhida, recuada, machucada por tantas coisas.

Sua doce feição, seu lindo olhar azul, perolado como a lua, a pele tão clara como tal, tão frágil, mas ao mesmo tempo, tão forte.

Naquele mesmo instante quando a viu, o Senhor lhe disse: Esse é o meu presente a você.

E ele a acolheu, ele a abraçou, ele a beijou, por Deus, ele a amou.

Mas nada disso, foi forte o suficiente para impedir que os demônios que ainda assolavam o passado tão triste de sua amada, conseguissem levá-la para longe de novo.

Para um lugar pelo qual, não iria conseguir protegê-la, e por isso, sentia medo, dor, a frieza de um sentimento que outrora, só lhe trouxera alegria.

Nunca soube o quanto, amar, poderia fazer sofrer tanto.

Sentado em um dos banco, olhava para a cruz representando toda a paixão de Cristo. Aquele mesmo que havia sangrado e sofrido todo o martírio por amar demais seus filhos. Pregado por pregos abriam a sua carne, olhou para o céu, e fez o mesmo questionamento, que se atrevia a fazer ao altíssimo.

Next time I'll fall in love with youOnde histórias criam vida. Descubra agora