Next time I'll fall in love with you

Como se fosse a primeira vez

Okay.

O sábado tinha chegado rápido e ali havia uma ÓTIMA notícia, carregada com uma péssima notícia também:

Iria com a Marinette no cinema, e essa era a ótima notícia, mas também era a péssima.

Não pelo fato de acompanha-la em uma tarde inteira ao shopping, porque meu Deus, isso sim seria maravilhoso... mas pelo fato de SIMPLESMENTE, ter passado a semana inteira cometendo uma gafe atrás da outra.

Falando coisas sem pensar, parando de responder quando ela se aproximava demais, ficando tão embriagado com seu perfume, com a cor dos seus lábios, com a curva de seus seios que nem seus pensamentos mais puros poderiam esconder sua vontade de homem apaixonado, que queimava seu corpo de desejo por beijá-la e tomá-la para si.

Isso chegava a ser uma comédia trágica.

Como é que iria fazer qualquer coisa com aquela mulher, se mal sabia falar com ela direito tal como um verdadeiro homem deveria fazer?! Quanto mais, envolvê-la...!

Fazê-la entender que no mundo, não existia mais ninguém para seu coração, para seus olhos, para seu corpo amar e ser amado.

Era uma vergonha. Por essas e outras pensava se estava indo pelo caminho certo, e se na verdade, não era melhor deixar isso tudo de lado e voltar a focar em ser um padre.

A pergunta era: como?

Como esquecer, quando não passava uma noite se quer, sem pensar e sonhar com Marinette.

Com a face dela ao seu lado, dizendo que o amava e que nenhum outro homem no mundo  havia satisfeito os seus prazeres como a si mesmo, porque ele sim sabia fazer...uma mulher gozar.

Quanto pecado contido nesses sonhos, em desejos desenfreados...em luxúria que aliada ao amor, se tornava perversa quando esses amores não eram correspondidos...

Era justamente aí que morava a resposta para sua pergunta anterior - como poderia voltar a se focar no objetivo santo em ser padre, quando sua mente e seu corpo mesmo que não tivessem transado, já haviam feito amor inúmeras vezes com Marinette sem ao menos que ela soubesse.

Não dava mais para voltar, não tinha como, não enquanto estivesse se sentido assim.

Então, era melhor manter o seu plano de ir conquistando a mestiça aos poucos.

E para o cinema dos dois já havia até feito meio que uma lista. Sim em um PLA-NE-JA-MEN-TO editado de acordo com as normas editoriais no word:

- Primeiro: iria tomar um belíssimo de um banho caprichado. Iria jogar seus cabelos para trás porque uma vez, a Alya disse que daquele jeito ficava bonito, e essa era a única opinião feminina que veio na sua cabeça com relação à sua aparência.

- Segundo: iria por um terno.

Não, um terno não. Isso já era exagerado demais.

- Segundo: iria colocar uma camiseta polo azul escuro, uma calça jeans e um tênis branco nos pés. Certo.

- Terceiro: iria colocar o seu melhor perfume, escovar bem os dentes porque poderia precisar da sua boca bem perfumada e com um bom gosto.

Era isso! Findaria os preparos indo para seu carro, passando em uma floricultura para comprar uma rosa, e na farmácia, para comprar umas camisinhas.

Quem sabe umas dez?

Não não não. Esqueça essa ultima parte! Seria somente a flor mesmo! SÓ A FLOR!

Enfim, quando chegou onde Marinette morava para buscá-la, estacionou o carro, dando uma ultima checada no espelho do retrovisor depois de ter mandado uma mensagem.