🌙9: Segundo:pegue seu paciente

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Hoje eu percebi que já fudeu.

Sua fala ainda na mesma ponta me faz travar um pouco. A maior confusão da sua revelação, não é por este rapaz querer beijar alguém como eu, mas sim na falta de necessidade que tenho de negar sua vontade.
Não tenho, como não teria a qualquer outro que se mostrasse disposto e saciado de atitude como Park Jimin está agora. Inclino a cabeça.

— Como assim parece certo?

Rio nasalado, o olhando de cima a baixo tentando ver algum gracejo na afirmação.

— Gosto de você, te acho bonito e gentil, então se for pra fazer isso quero que seja certo, com você parece certo.

Explica, retirando a cabeça de meu ombro para me olhar nos olhos. É como abrir as asas do passarinho pra que ele voe. Me afasto de si pra mirar as tequilas, virando as duas, chupando o limão que pedi em seguida. Seguro a mão direita de Park ao avaliar o lugar, vejo um corredor de cortinas vermelhas seguindo a direita, deve ter gente se pegando lá, imagino que fique perto dos banheiros.

— Eu tenho meus requisitos.

O puxo comigo sem pressa, não o deixando tão atrás.

— Requisitos? — ponta dos pés parece pensativo, as sobrancelhas se curvam e os lábios se entreabrem. — Tá, pode dizer eles...

— Há, eu falei alto, era pra minha cabeça, mas posso dizer. Primeiro: não acho legal te beijar em um lugar que o povo pode esbarrar, que agonia. E segundo: melhor que seja escondidinho mesmo, não quero apanhar do Yoongi.

— O único lugar escondido é atrás do palco, aqui e o banheiro... — ele analisa o lugar que estamos. — Vamos dar beijo aqui então?

— O jeito que você disse, caramba, pontinha dos pés... — paro recostado em uma parede pra pegar seus braços e o virar pra que agora as suas costas toquem no concreto. Atrás tem as cortinas, do outro lado os banheiros, se qualquer conhecido passar não verá nada mais e nada menos que minhas costas já que o rapaz é pequeno. Toco seu queixo, o elevando mínimo pra mim, e me aproximo de si. — Tá com medo, bebê? — admiro seu rosto vermelho, é tão perfeito com os lumes de pouca opacidade aqui.

— Não sei oque fazer. — Jimin apoia as palmas abertas em meu peito, consigo sentir o frio das mãos. — Mas me sinto meio ansioso.

— Não há muito o que fazer além do que lhe é gostoso. — desço os polegares pra seu maxilar que parece tão delicado, umedeço os lábios compartilhando da sua ansiedade, faz um puta tempo que não beijo. Não custa-me nada afinal.

O dou um selinho pra ver se vou infartar. Ok. Coração só acelerou, tamo bem, que a maconha não faça meu sistema nervoso ir por água a baixo. Chego mais junto a si, o sentindo reter-se então novamente o dou outro selar, subindo o polegar ao seu inferior pra que ele o abra. Deixe de nervosismo bobo. Desço novamente ao queixo pequeno, o elevando ainda mais pra sugar seu superior, chupando leve e o dando espaço pra fazer o mesmo comigo caso queira.

Inspiro sutil, fazendo novamente, partindo pro inferior um pouco mais ávido e Jimin ofega causando um revirar no meu estômago. Oh borboletas filhas da puta. Passo meu inferior entre seus lábios, me oferecendo pra que se solte. O sinto capturar-me e tento seguir lento, com espaço pra caçar seus olhos que se mantém ocupados fitando minha boca.
Passo a canhota pra sua cintura, pressionando mínimo antes de puxar suas costas, descolando a parte de seu coccix da parede pra que fique mais junto; esfrego a língua sutilmente em seu inferior, pedindo uma passagem que ele não conhece mas ponta dos pés entende conforme sigo o beijo, chegando aos pouquinhos a cada vez que toma mais espaço pra ofegar, admito, tombando-me de certa forma.

Ponta dos pés- jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora