26. A paixão dos amantes é para morte, ele disse...

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AVISO - ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS COM TEOR ERÓTICO. SE VOCÊ NÃO SE SENTE A VONTADE COM ESTE TIPO DE LEITURA, VOCÊ PODE SEGUIR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO.


Gabriel caminhava às pressas, praguejando mentalmente por ter caído na armadilha do inimigo. Reconheceu que ele tinha se preparado, e sabe-se lá por quanto tempo capturou e transformou pessoas inocentes em criaturas tão horrendas como Vanessa. O que o deixava alarmado, no entanto, era o fato de que de alguma maneira, aquele policial o conhecia.

— Por aqui! — Ouviu uma voz o chamar. A pessoa que sussurrava sabia que ele era capaz de lhe escutar. — Rápido! — Gabriel reconheceu quem o chamava. Era Ana.

O rapaz seguiu a voz da companheira, que parecia guiá-lo para além da praça onde encontrava-se. Para sua sorte, estava bem escuro e aparentemente ninguém gostava de circular por ali. Com facilidade compreendeu o porquê. A praça tinha um aspecto exuberante, era cheia de árvores altíssimas, com tapete natural feito de grama e folhas mortas que caíam da copa das árvores. Com toda certeza, durante o dia, deveria ser tomada por muitas pessoas, que achariam aquele lugar muito aconchegante. Entretanto, a iluminação ou a falta dela, era o principal motivo pelo qual não se encontrava tantas pessoas por ali, principalmente naquele horário.

Enquanto embrenhava-se no coração daquele lugar, pôde perceber que mais viaturas estacionavam em frente aos muros da escola. Vanessa, ele e muito que provável, Ana e Miguel tinham causado muitos problemas, chamando atenção das autoridades. Talvez fizesse parte do plano dele? Só não conseguia compreender o porquê.

O cheiro de Ana, que antes parecia oculto de seu excelente olfato, agora lhe guiava para além da rua em que estivera. Quase próximo a uma rodovia de bastante movimento, mesmo naquele horário.

Gabriel finalmente encontrou-se com a companheira, que estava encostada no tronco grosso de uma árvore. Ela também não aparentava estar em sua melhor forma. Sua camisa de manga comprida preta, estava rasgada, entretanto, não havia indícios de ferimento. A garota deveria ter empregado do dom natural a eles, durante sua luta. O rapaz só não conseguiu decifrar o semblante da garota. Ela parecia incomodada e até mesmo preocupada.

— Precisamos voltar p'ra casa e nos reagrupar — disse sem seu tom usual amigável.

— Cadê o Miguel? 

— De alguma forma perdi contato com ele durante o confronto.

— Como isso é possível? Miguel é um vampiro forte e experiente — disse o rapaz confuso perante aquela revelação perturbadora.

— Eu não sei. Talvez se você tivesse nos dado mais informações, quem sabe, tivéssemos vindo mais preparados! — Ana vociferou avançando contra o jovem companheiro. A garota revelava seus olhos vermelhos, e suas presas estavam à mostra.

— Você acha que sou culpado? — Gabriel gritou, acendendo seus olhos também. — De alguma forma ele já esperava que voltaríamos. Não acho que foi por coincidência que ele levou Vanessa. Não foi também por coincidência que a encontrei ela no corredor.

Aquela última informação deixou Ana ainda mais perplexa. O garoto estava certo, o maldito tinha preparado o terreno e por algum motivo conseguiu até mesmo fazer algo contra alguém tão experiente quanto Miguel.

— O que faremos? — Gabriel perguntou confuso.

— Reagrupamos com os outros vampiros em nosso esconderijo e pedimos reforços. — contou Ana virando-se de costas para o rapaz.

A jovem vampira dos cabelos coloridos socou o tronco da árvore mais próxima. Fazendo parte da casca dela cair, revelando um fundo oco.

— Tinha um policial na escola e ele pareceu me conhecer — Gabriel compartilhou da situação que ainda lhe parecia martelar na cabeça.

O Outro Lado do AnoitecerOnde histórias criam vida. Descubra agora