Capítulo 9|10

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Capítulo duplo. 



Amaro recebeu a ligação do hospital e minutos depois, ele estava passando pela 5th avenida a 80km por hora. Ele sabia que Verity estava em Long Island com Rollins, então esperaria até que ela voltasse para contar. Ele também sabia que não poderia fazer nada, apenas acalmar a garotinha.

Ele entrou pelo par de portas de vidro do leito e foi instantâneo quando os gritos desesperados da menininha atingiram seus ouvidos e ele a encontrou, se encolhendo no chão, bem ao fundo do lugar. Ele se apressou, mas os olhos de Zara o encontraram e ela foi mais rápida em se levantar e desviar do par de braços do assistente social. Seu pequeno corpo colidiu em Amaro assim que ele se abaixou.

-Ei, corazon. Eu estou aqui, tudo bem! - ele falou, se esforçando para transmitir alguma calma a Zara. Seus pequenos ombros tremiam e seus soluços ecoavam pela silenciosa sala.

-Não deixa me levarem, Nick. Eles querem me levar, eu não quero ir! - sua voz era abafada, ela tinha o rosto enterrado no peito do detetive enquanto suas pequenas mãos seguraram com força o blazer dele. Nicolas sabia que aquilo iria acontecer, mesmo assim, não estava pronto. Droga, ele havia se apegado demais a garotinha e sabia quem mais também havia. Verity ficaria arrasada.

-Eu sei que não e eu também não quero deixar você ir, Zara, Mas agora, eu preciso que você vá com essas pessoas e prometa que irá se comportar. - ele pediu, tentando convence-la, mesmo que ele mesmo não estivesse convencido. Ela negou, seus olhos arregalados e vermelhos, seus lábios tremiam e ele quase podia ouvir seus dentes colidindo.

-Não, não, não. Por que eu não posso ficar aqui? Eu quero ficar aqui. Você e Very podem me ver aqui, tudo está bom aqui, por favor, não deixa, Nick! - ela implorou, soluçando e engasgando com seu próprio choro.

-Eu prometo que tudo ficará bem, pequenina. Very e eu ainda vamos ver você e podemos levar alguns daqueles bolinhos de morango, eu prometo! E você pode me ligar sempre, okay? - ele pediu, sendo rápido em pegar um de seus cartões de contato e entregá-lo a garotinha que quase o amassou com tanta força que o segurou, Ela gritou quando o outro homem, que ela nem mesmo sabia o nome, a segurou. Ele pegou sua mão contra sua vontade e quase a arrastou para fora.

Amaro podia sentir seu coração batendo forte, doía. Deus, ele queria pegar aquela garotinha e dizer que estava tudo bem e que ele a levaria para casa. Era isso, ele estava definitivamente pronto para ser pai, e ele queria ser pai daquela menininha. Ele fechou os próprios olhos, se impedindo de ver todo o sofrimento de Zara, mesmo que seus gritos ainda ecoassem pelo lugar. Então de repente, silêncio absoluto. Ele abriu os olhos e viu que o elevador havia se fechado e Zara havia partido. Ele se levantou e respirou fundo, procurando qualquer força para continuar aquele caso e, definitivamente, dizer a detetive Castille que Zara havia sido levada para um orfanato. Deus, ele nem mesmo sabia para qual.

Ele sentiu que precisava de um lugar seguro para desabar por alguns minutos e, em toda a sua vida, ele só conheceu uma pessoa que o fizesse sentir realmente seguro para para desabar. Ele andou até as escadas e pensou que seria melhor do que pegar um elevador naquele momento. Amaro subiu cinco lances de escada sem se incomodar com o cansaço que lhe surgiu, então ele andou por alguns corredores até parar em frente ao quarto que queria.

-Ei, estranho! - Liv o comprimentou, mas logo seu sorriso morreu. Ela viu os olhos dele, estavam tão sem vida. Ele andava como se nem estivesse realmente ali. Ela esperou, sem dizer uma só palavra, até que ele tinha arrastando a poltrona para mais perto da cama, se sentado e se inclinado para frente. Sua cabeça descansava no colo de Liv no segundo em que ele começava a chorar. Ela levou as mãos ao cabelo dele e o acalentou. Deus, ela nem conseguia imaginar o que deixou o rapaz daquela forma.

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