SHINEE- Minho [By: Leeh]

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Era sábado e não havia nada para que você fizesse, então o sentimento de tédio se instalava em todo o seu ser. Afinal, depois de semanas puxadas no trabalho, era estranho finalmente estar em casa sem nada para fazer.

Jogada em seu sofá, podia ver seu carro todo empoeirado do lado de fora da casa. Pobrezinho, nesses dias nem tivera tempo para lavá-lo ou aspirá-lo. Vendo-o assim teve a idéia pela qual ansiava.

Lavaria-o agora antes que o sol começasse a se pôr. Preguiçosamente você se levanta e vai até o seu quarto para poder analisar seu celular e constata que ninguém sentia sua falta, retorna à sala, pega as chaves e vai para o lado de fora onde seu bebê descansava sozinho, perto do jardim.

Abre o carro e de porta em porta, começa a pegar todos os carpetes e à batê-los, e os deixa no chão. Segue para a garagem e retorna com um aspirador de pó portátil e faz o seu trabalho dentro do veículo.

Em vinte minutos, todo o interior do automóvel estava limpo e agora só faltava a parte mais legal.

Volta para a garagem, guarda o aspirador e pega dois baldes. Dentro de um, coloca água e sabão misturando-os, junto com uma esponja. No outro põe apenas água. Volta para lá com as coisas e pensa por onde começar.

Acha melhor pela parte do teto, mas havia um pequeno problema, sua altura não era suficiente para alcançá-lo, então mais uma vez procura pela garagem algo em que pudesse subir. Encontra uma velha cadeira, era alta e com certeza daria uma bela ajuda.

Leva o objeto até o seu carro e o coloca ao lado da porta do motorista. Deixa os baldes próximos e finalmente sobe, levando consigo a esponja encharcada, que pinga várias vezes em seu apoio, deixando tudo escorregadio. Você apenas ignora e começa a esfregar o teto.

No entanto, mesmo com a cadeira era difícil alcançar a parte central então você vai indo cada vez mais para a frente. A cadeira acaba bambeando por conta do seu peso mal disposto sobre ela, e para reequilibra-la, uma de suas pernas vai, espontaneamente, para trás, e seu pé procura apoio justo na parte toda molhada e escorregadia.

Assim você acaba caindo sentada e batendo as costas no encosto da cadeira.

- Nossa! Essa doeu em mim hein! - uma voz conhecida se pronuncia junto com uma longa e divertida risada.

- Se não for me ajudar, saia daqui! - bufa enquanto massageava as costas doloridas.

- Anyo! Rir de você é muito mais legal!

- Aish oppa! Está doendo, seu sem coração! Devia estar me socorrendo, não rindo da minha cara! - começa com o seu drama.

- Eu primeiro do risada, depois me preocupo com o seu bem estar! - ele ainda ria, e você estava com o rosto rubro tentando esconde-lo entre as mãos.

O rapaz percebe e agora assume uma expressão de preocupação. Ele caminha até você e te abraça.

- Vai embora Choi Minho! - fala. Batendo no peito do maior:

- Anyo! - ele passa uma mão por suas costas a massageando.

Minho era um rapaz muito inteligente e legal, mesmo que na frente de muitas pessoas permanecesse sério, ele vivia sorrindo para você. Era seu vizinho e melhor amigo. Perto de você ele parecia um belo de um poste.

- Está melhor? - ele pergunta se referindo a dor.

- Está sim, oppa. Obrigada. - sorri para ele e se solta de seus braços.

- Não precisa agradecer. Agora da licença que eu lavo o teto pra você.

- Anyo oppa! Não precisa! - protesta batendo o pé.

- Mas você é uma verdadeira tampinha! Não alcança lá!

- Aish! Cretino! - fecha a cara e cruza os braços saindo da frente do absurdamente maior.

O rapaz esboça um sorriso, pega a esponja, molha-a e recomeça o seu trabalho. Você corre até a garagem para pegar uma outra esponja e volta para ensaboar as portas. Ajeita-se ao lado do mais velho e começa fazendo movimentos circulares em toda a lataria.

Minho estava muito quieto, o que não era de seu costume, pelo menos não quando perto de você. Assim, você estranha e o encara. Ele permanecia concentrado em sua tarefa, então volta a fazer o mesmo.

É então que você sente algo gelado escorrer por sua cabeça. Passa a mão e tem a sua confirmação. Choi Minho acabara de te molhar com sabão.

- Aish! Oppa! - em um pensamento rápido, você finge que a mistura caíra dentro de seus olhos, esfregando-os compulsivamente com apenas uma das mãos, enquanto a outra segurava sua esponja ainda muito encharcada.

- O que foi pequena? - ele se aproxima de você e puxa a mão que estava em seus olhos.

Com um pulo, consegue alcançar a cabeça do mesmo e apertar a esponja sobre ela, já que ele havia se inclinado um pouco.

- Há! Idiota! - exclama com ares de vencedora e um sorriso trapaceiro nos lábios.

- Não devia ter feito isso... - sua voz era ameaçadora e estava acompanhada de um olhar que você conhecia muito bem.

- Anyo oppa! Dongsaeng precisa de muito amor e carinho! - anda de costas com o jovem te seguindo de perto com um balde nas mãos.

- Você vai sentir meu amor logo logo... - ele se aproximava mais.

Sua respiração já estava alterada e seu coração já estava como se tivesse recebido uma injeção de adrenalina.

Com um simples movimento do rapaz, você se assusta e dispara para longe do mesmo. É uma tentativa falha, já que ele te alcança e despeja todo o líquido contido no balde em você.

- Oppa! Você é muito malvado! - faz bencinho e aproveita que estava próxima a mangueira para pega-la e começar a ameaçar seu vizinho.

- Nem pense nisso, sou seu oppa, você me deve respeito!

- Desculpe oppa, - abre a torneira e esguicha a água sobre ele - o que disse?

Minho bufa e te fita ainda mais ameaçador.

- Que vou acabar com você...

Assim começa uma grande guerra de água. Vocês dois corriam de um lado para o outro, tentando molhar um ao outro com baldes ou com a mangueira.

Com toda certeza, quem os visse naquele estado, pensaria, que vocês não passavam de duas crianças que cresceram exageradamente, ou não... Caiam e se levantavam, para então começar tudo de novo.

Mas enfim, em pouco tempo, já estavam completamente encharcados e tremiam com o vento frio. Depois de alguns minutos de pura brincadeira, decidem parar para descansar e se sentam a varanda.

Incomodada com seus arrepios, vai para dentro de casa e segue para a lavanderia pegar algumas toalhas. Volta, entrega duas ao maior e se senta novamente.

Minho começa a secar-se pelos cabelos castanhos, com movimentos rápidos que por algum motivo te deixa hipnotizada. Seus olhos vagueiam pelo corpo alheio, os músculos definidos deixavam-se mostrar através das roupas molhadas que insistiam em grudar naquela pele. Os lábios do maior estavam entreabertos e sua respiração lenta fazia seu peito subir e descer lentamente. Não conseguia parar de analisa-lo.

- Desculpe pela sua conta de água... - ele fala sorrindo.

- Hã? - fica confusa ao sair de seus devaneios - Tudo bem, oppa! Não se preocupe, afinal foi divertido... Se não tivesse sido eu te mataria, mas como foi, vamos apenas nos lembrar desse momento divertido, e esquecer os outros detalhes...

De alguma forma, falar com ele sempre de deixava nervosa e você começava a falar coisas aleatórias rapidamente, que nem mesmo você via sentido.

O maior solta um riso e se vira para você, que corava. Logo ele sobe sua mão até uma mexa do seu cabelo e a retira da frente dos seus olhos e a encaixava atrás da sua orelha.

- Obrigada oppa... - sorri tímida.

Ele retribui o sorriso, mas logo sua expressão se torna séria. Lentamente ele se aproxima mais de você, mantendo um intenso contato visual. Suas respirações começam a se mesclar e a proximidade era grande, no entanto, você estava paralisada.

Logo ele segura firme em sua nuca e seus lábios se tocam, você arregala seus olhos e espera, sem conseguir mexer nada ainda. O rapaz insiste e começa a entreabrir seus lábios e a pedir passagem. Era como se o seu corpo não respondesse mais aos seus comandos, e assim cede a passagem, e logo a língua do maior estava sobre a sua.

Seu coração totalmente disparado tentava comandar os sentimentos que cresciam em você, mas de nada adiantou, chegava tudo em um grande turbilhão que te faz corresponder ao beijo. Seus olhos se fecham e sua língua aceita os estímulos. Pouco depois já perdiam o fôlego, mas não se largavam. Era um beijo meigo e delicado, mas que simplesmente não podia terminar.

Sobe as mãos até os ombros do maior e ajeita o rosto, encontrando uma posição ainda melhor para o que faziam. Enquanto isso, seu corpo tentava lidar com arrepios involuntários e correntes elétricas correndo por seu ser.

Quando o beijo cessa, a paralisia retorna e a única coisa que consegue fazer é abrir lentamente suas orbes. Minho sorria de uma maneira discreta e sonhadora.

- Oppa... O que... - estava confusa demais e o mais velho parece notar.

- ________, já tem algum tempo que percebi que meus sentimentos por você não são só de amizade... - ele inicia - Sou apaixonado por você... E não podia ficar mais um momento sequer sem demonstrar isso...

- Oppa... Eu não sei o que dizer...

- Não precisa... - sua voz era um tanto melancólica - Só quero que quando estiver pronta... Tente ser feliz ao meu lado...

E assim ele vai embora para sua própria casa, te deixando ali, sozinha e confusa, com sentimentos conflitantes alojados em seu interior. Apenas o observa, estática....


Sonho OFF:

Lentamente seus olhos se abrem, procurando por um mísero feixe de luz para conseguir olhar para aquele quarto. Encontrou-o em uma pequena fresta entre as grossas cortinas. O que foi suficiente para encontrar o que queria....

Sentia-se ainda exausta da noite anterior, mas estava feliz, muito feliz. Satisfação, o sentimento de ser amada e de poder amar eram as coisas mais importantes que constituíam sua felicidade.

- Oppa... - sussurra envolvendo a cintura de seu marido e depositando-lhe um beijo em seu pescoço.

- Humm... O que foi jagi-ya? - ele pergunta manhoso.

- Nada, só quero abraçá-lo, oppa... - aninha a cabeça a curva do pescoço do seu poste particular.

- Dormiu bem? - ele se vira e retribui o abraço, depositando um leve beijo na ponta de seu nariz.

- Maravilhosamente... - sorri.

- Nossa e por que foi tanto assim?

- Porque sonhei com o dia em que você me beijou pela primeira vez e se declarou para mim.

- Lembro-me direitinho daquele dia... - ele sorri e aperta mais o abraço.

- Eu também.... - pisca preguiçosamente e volta a encara-lo - Eu te amo Choi Minho.

- Eu também te amo Choi ________.

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